Dra. Marcela Scarpa

7 mitos sobre cirurgia plástica que você precisa parar de acreditar

7 Mitos Sobre Cirurgia Plástica Que Você Precisa Parar de Acreditar

O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).

Você tem medo ou preconceito com a cirurgia plástica? Hoje vou mostrar que muita coisa em que você acredita são apenas mitos!

Você tem medo de cirurgia plástica? Se respondeu sim,  meu objetivo de hoje é desmistificar a cirurgia plástica.

Como todo procedimento, a cirurgia plástica envolve riscos. Justamente por esse motivo, precisa de planejamento.

É justamente esse planejamento que vai fazer toda a diferença no resultado estético final. Afinal, não basta simplesmente submeter-se a um procedimento cirúrgico.

Mas antes, é preciso entender que, muito sobre o que se fala sobre cirurgia plástica são apenas mitos que devem ser identificados.

Por isso, depois de alguns anos de experiência, selecionei os mitos mais divulgados, e que deixarão você mais tranquilo para tomar a decisão de, finalmente, realizar aquele procedimento que sempre quis.

Mito #1: anestesia local é mais segura que a anestesia geral

Muitas pessoas morrem de medo de anestesia geral, uma vez que o paciente precisa ser entubado e conectado a um respirador mecânico.

Porém, isso não significa que ela seja mais perigosa, ou tenha mais risco do que outros tipos de anestesia. A tecnologia, nos dias atuais, é excepcional e faz da anestesia geral uma das mais seguras existentes.

Na verdade, a maior parte das complicações relacionadas à anestesia é causada pelo anestésico local, que é  mais tóxico que o endovenoso, quando utilizados em altas doses.

Contudo, quando a anestesia é feita por profissionais experientes e o paciente encontra-se em boas condições de saúde, as complicações são raríssimas.

Mito #2: lipoaspiração emagrece

Esse é um mito muito popular e, constantemente, os cirurgiões cumprem o papel de frustrar as expectativas de quem busca essa cirurgia para reduzir o peso.

Há outros procedimentos para esse fim, que podem ajudar na missão do emagrecimento.

A lipoaspiração é uma cirurgia que retira gordura localizada em áreas do corpo onde sua perda, por meio de dietas e exercícios físicos, é difícil.

O principal objetivo dela, portanto, é remodelar o corpo, tornando as curvas mais harmônicas.

Além de não emagrecer, a lipoaspiração não é recomendada para pacientes que estejam muito acima do peso por dois motivos: pelo risco inerente ao procedimento nesta situação, e pelo fato de existir um limite de segurança de volume aspirado (estabelecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, de 7% de peso corpóreo).

Se quiser saber mais sobre lipoaspiração, leia meu artigo com mais informações sobre o tema.

Mito #3: cirurgia estética não requer preparo prévio

Toda e qualquer intervenção eletiva – como é o caso das cirurgias plásticas – precisa avaliar o paciente como um todo.

Logo na primeira consulta, antes de aprofundar a conversa em torno das queixas que levaram à procura do cirurgião plástico, é necessário conhecer o histórico do paciente, analisando cuidadosamente a sua saúde geral.

É através de informações, exames e planejamento que os riscos envolvidos no procedimento cirúrgico caem significativamente e você pode ter uma recuperação tranquila.

Mito #4: próteses de silicone impedem a amamentação

É muito comum as mulheres pensarem que a prótese impede a amamentação e deve ser evitada por aquelas que pretendem ter filhos.

Esse é um mito que, apesar de ser baseado em um senso comum, é muito difundido entre as pacientes.

Como via de regra, a mamoplastia de aumento simples não interfere na amamentação.

Eu também já fiz um texto completinho sobre silicone e amamentação, que pode ser muito útil para você.

Mito #4.1: quero colocar próteses de mama definitivas

Um dos mitos que mais ouço no consultório é sobre a chamada prótese de mama definitiva. Algumas pacientes buscam esse tipo de informação que, muitas vezes, são confirmadas erroneamente por alguns profissionais.

A prótese de silicone sofre desgaste com o passar do tempo, tanto pela ação do atrito no organismo, a compressão natural, bem como desgaste do material, o que faz com que ela perca sua resistência gradativamente.

Além do desgaste da prótese, há a própria reação do organismo ao material externo, resultando na cápsula ao redor do implante, que pode causar a temida contratura capsular e o rippling.

Essa resposta do corpo é individual, podendo ocorrer precocemente ou nunca aparecer como queixa.

Também já fiz um texto completo, falando sobre a prótese de mama definitiva. Leia, ele pode ser útil!

Mito #5: pessoas acima dos 65 anos não devem realizar cirurgias estéticas

O avanço da idade traz, em geral, algumas alterações que demandam mais cuidados. Esses cuidados correlacionam-se mais com comorbidades associadas do que a idade por si só.

Portanto, ela não é um impeditivo para que você realize um procedimento.

Mito #6: cirurgia plástica não possui relação com transtornos mentais e autoestima

Pacientes que procuram cirurgia plástica trazem transtornos tão importantes quanto doenças orgânicas.

Já falei em um texto anterior sobre um estudo realizado no Reino Unido que correlacionou faixa etária de mulheres entre 30 e 40 anos com a satisfação com sua aparência. Veja mais sobre esse assunto aqui.

Por outro lado, existe também um estudo do professor Dr. Jürgen Margraf, docente de Psicologia Clínica e Psicoterapia do RUB e divulgado pelo jornal Clinical Psychological Science, em 2013.

Esse estudo concluiu que pacientes que realizaram cirurgia estética sentiam-se mais saudáveis, menos ansiosos, com autoestima elevada e com a aparência geral mais atraentes.

Portanto, a realização dos procedimentos cirúrgicos não proporcionou apenas bons resultados físicos aos pacientes, mas também benefícios psicológicos (você pode acessar a pesquisa completa aqui).

Além disso, a cirurgia plástica não se limita somente à estética, ajuda também pacientes com malformações congênitas (desde o nascimento) e sequelas adquiridas durante a vida, como é o caso das cirurgias para retirada de câncer, queimaduras, dentre outras.

Essas alterações podem trazer transtornos psicológicos difíceis de serem manejados sem o complemento da cirurgia reparadora.

Mito #7: é fácil identificar quem fez uma plástica no nariz

A rinoplastia, como é chamada, é famosa por causar um grande impacto na aparência, trazendo harmonia aos traços e benefícios para a saúde.

Cirurgiões qualificados são capazes de alcançar resultados muito naturais e alinhados com as demais proporções da face.

Um estudo realizado na Universidade Johns Hopkins e publicado na JAMA Facial Plastic Surgery, em Dezembro de 2017, observou que pacientes que realizaram rinoplastia foram classificados como mais atraentes, bem sucedidos e saudáveis.

Além disso, você possivelmente já esteve frente a frente com alguém que modificou cirurgicamente o nariz, e sequer notou.

Agora que você já conhece esses mitos sobre a cirurgia plástica, está pronto para encará-la com outros olhos?

A área da saúde, de forma geral, é permeada de mitos e crenças populares que, muitas vezes, não condizem com a realidade.

Por isso, é importante saber o que é verdade e o que é apenas mito ou tabu e assim não deixe de realizar um procedimento por medo ou imposições sociais.

Se você tiver dúvidas sobre a cirurgia plástica, consulte um médico especialista, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Você pode procurar diretamente no site por um profissional capacitado. Ele está preparado para respondê-las e esclarecer os mitos envolvidos.

Este texto é de autoria da Dra. Marcela Benetti Scarpa e toda e qualquer forma de reprodução e/ou veiculação somente será permitida mediante prévia autorização por escrito e com indicação de fonte, do contrário, poderá consistir em violação de direitos autorais, conforme a Lei 9.610/98, passível da adoção das medidas cíveis e criminais pertinentes. Para mais informações, acessem nossa Política de Proteção aos Direitos Autorais.

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