#PósParto – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br Transformando vidas com excelência e cuidado especializado Fri, 25 Oct 2024 12:46:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://marcelascarpa.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cropped-Favicon-Marcela-Scarpa-32x32.png #PósParto – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br 32 32 Mulheres Que Já Tiveram Filhos Sentem Alívio da Dor Nas Costas e Incontinência Urinária Após Abdominoplastia https://marcelascarpa.com.br/abdominoplastia-melhora-sintomas-comuns-do-pos-parto/ Wed, 12 Dec 2018 16:24:26 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=8921 Um estudo publicado pela revista médica da Sociedade Americana de Cirurgiões (ASPS), a Plastic and Reconstructive Surgery, comprovou que a abdominoplastia, apesar de ser considerada um procedimento estético, também auxilia no combate a dores e desconfortos presentes na vida de mulheres que estão no processo de pós-parto. Segundo o cirurgião plástico australiano Dr. Alastair Taylor: “A abdominoplastia tem um benefício funcional comprovado, além do benefício cosmético”.

O que é abdominoplastia? Quem pode recorrer ao procedimento?

O objetivo desta cirurgia está na remoção do excesso de gordura e pele na região inferior do abdomem, além de restaurar músculos afetados por fatores como: gravidezsobrepeso e envelhecimento.

O procedimento visa proporcionar aos pacientes um abdômen com aparência esteticamente suave e firme. Saiba detalhes sobre a cirurgia no artigo: Abdominoplastia (plástica do abdome). Também falei sobre a diferença entre a abdominoplastia e miniabdominoplastia, clique para ler.

A abdominoplastia contribui na melhora de sintomas comuns no pós-parto

O estudo realizado por cirurgiões plásticos australianos e ingleses, investigou a incidência de dor lombar e incontinência urinária em mulheres no pós-parto antes e após abdominoplastia.

A partir de 09 centros cirúrgicos diferentes, o estudo acompanhou 214 mulheres com idade média de 42,1 anos e índice médio de massa corporal de 26,3 kg/m2. Elas responderam a um questionário antes e depois de realizar a cirurgia.

De acordo com as estatísticas cirúrgicas médias, as pacientes tiveram: 1.222 g de peso removido; 795 ml de volume de lipoaspiração; 4,5 cm de diástase de músculo corrigida.

A principal motivação apontada pelas pacientes era de restaurar a forma e a aparência abdominal prejudicada pela gravidez.

Para apurar a melhora dos sintomas após a cirurgia, os pesquisadores aplicaram um questionário após 6 semanas e, novamente, 6 meses depois da realização do procedimento.

Com resultados estatisticamente significativos, o estudo obteve os seguintes dados:

  • O índice médio de incapacidade e dor lombar foi de 21,6% no pré-operatório (8,8% não apresentaram dor nas costas), reduzindo para 8% com 06 semanas e para 3,2% aos 06 meses de pós operatório.
  • O índice médio do questionário de incontinência urinária no pré-operatório foi de 6,5 (27,5% dos pacientes avaliados não apresentaram incontinência), reduzindo para 1,6 com 06 semanas e mantendo em 1,6 aos 06 meses de pós operatório.

Dessa maneira, antes do procedimento 51% das pacientes sofriam de dores nas costas com índice de moderado a grave. Já a incontinência urinária era uma preocupação de 42.5% das entrevistadas. Durante o acompanhamento do estudo, ambos os problemas relatados mostraram melhorias positivas. Após 6 meses, somente 3,2% das mulheres submetidas ao estudo ainda possuíam dores moderadas nas costas. Enquanto que a incontinência urinária acometeu apenas 2% das pacientes.

Apenas o problema de dores nas costas levou mais tempo a ser solucionado, levando em média cerca de 6 semanas a 6 meses após a cirurgia para obter uma melhora significativa, em contraponto que, os casos de incontinência urinária levaram apenas 6 semanas.

Todas as técnicas de abdominoplastia produziram resultados semelhantes.

Os preditores pré-operatórios de dor nas costas foram índice de massa corporal superior a 25 kg/m2 e hérnia umbilical. Já os preditores de incontinência urinária foram idade superior a 40 anos e partos vaginais. Não houve preditores significativos de dor nas costas ou de incontinência urinária com 06 meses de pós-operatório.

De acordo com dados estatísticos publicados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, no Brasil foram realizadas mais de 133 mil abdominoplastias em 2016. Cerca de 30% dos procedimentos estéticos realizados no país correspondem às cirurgias de abdômen.

Um dos pesquisadores, o cirurgião Dr. Taylor ainda sugere que os planos de saúde deveriam reconhecer os benefícios funcionais do procedimento de abdominoplastia além dos ganhos cosméticos. Ele comenta que: “Ao reduzir os problemas de dor nas costas e incontinência, a abdominoplastia, com reparo do músculo reto abdominal, resulta numa melhor qualidade de vida às mulheres após a gestação”.

Esses benefícios resultam de uma reconstrução saudável e eficiente da região abdominal e pélvica.

Em entrevista para o site Plastic and Reconstructive Surgery o editor-chefe Rod J. Rohrich, MD, comenta que: “Os resultados demonstram que as abdominoplastias têm benefícios funcionais, além de cosméticos, particularmente na população pós-parto”, e em seguida adiciona: “Se você acabou de ter filhos, e ainda sofre com dores nas costas ou incontinência, a abdominoplastia pode ser considerada uma opção cirúrgica para o tratamento”.

É importante salientar, para as candidatas à cirurgia, que o estudo é pioneiro. As causas de lombalgia e incontinência urinária são múltiplas e devem sempre ser investigadas através dos respectivos especialistas. A abdominoplastia não é um tratamento consagrado para tais queixas atualmente. Ela pode ser considerada após afastadas as outras condições clínicas que não a fraqueza da musculatura abdominal e após ampla discussão multidisciplinar, tendo ciência dos objetivos e de suas limitações.

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As Mudanças do Corpo Pela Gravidez e Dicas Para Prevenção e Tratamentos https://marcelascarpa.com.br/cirurgia-plastica-e-gravidez-parte-ii/ Fri, 19 Jan 2018 10:58:26 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=7543 Já conversamos em uma matéria anterior sobre a possibilidade de engravidar após a abdominoplastia (se quiser relembrar clique aqui). Hoje falaremos sobre as mudanças no corpo resultantes da gestação e possíveis tratamentos para essas alterações!

Durante a gravidez a mulher passa por um aumento hormonal que prepara o corpo para a formação do bebê, o parto e a amamentação. Várias alterações acontecem e podem se manter depois do nascimento do filho. No período, a pele do abdome se distende, há aumento do volume dos seios e frouxidão da musculatura do quadril, tendo como principal consequência a flacidez de pele. O grau dessas mudanças, bem como a manutenção delas no período pós parto, estão diretamente relacionadas ao ganho de peso no período gestacional (sendo ideal entre 9 a 15 quilos, dependendo da altura e peso anteriores à gravidez), idade da futura mamãe, hábitos (como alimentação e prática de atividades) e genética. Vamos falar das principais regiões separadamente para melhor compreensão.

PELE

Aparecimento ou piora de manchas, que tendem a ser mais evidentes em peles mais morenas. São sensíveis ao sol e também à luz artificial.

MAMAS

Aumentam bastante até o terceiro mês e podem até dobrar de tamanho de 3 a 5 dias após o parto, como preparação para o aleitamento. Podem ocorrer assimetrias, principalmente quando um lado é mais estimulado à produção de leite. Esse aumento pode predispor a estrias e queda (ptose) das mamas, com perda de volume.

ABDOME

Ao longo da gravidez os músculos abdominais se alargam para garantir o aumento seguro da barriga. Essa alteração costuma variar durante as gestações – no primeiro filho a sustentação costuma ser um pouco melhor; já no segundo ocorre uma flacidez maior em um músculo que já foi previamente distendido. Esse alargamento da musculatura é a chamada diástase de retos abdominais e pode ser percebida após o parto (Figura 2). A alteração tende a ser pior em pacientes que não praticam atividade física e já tem uma fraqueza prévia local. Com essa fraqueza podem também surgir ou tornarem-se mais evidentes as hérnias.

fig 2

A pele sofre uma grande distensão e ação hormonal, resultando em flacidez e estrias (principalmente na parte inferior e ao redor do umbigo). Essas estrias ocorrem pelo estiramento e quebra das fibras de colágeno e elastina que sustentam a pele.

Pode ocorrer acúmulo de gordura localizada e potencial ganho de peso.

COXAS/QUADRIL

Ocorre maior retenção hídrica (de água) por ação hormonal, predispondo ao inchaço. Esse aumento de circulação dos hormônios associado ao ganho de peso favorecem o aparecimento de celulite e estrias. A diminuição do retorno venoso pode causar vasinhos e varizes. O acúmulo de gordura na região é também bastante comum.

Mas, o que fazer com essas mudanças?

Durante a gravidez algumas medidas podem ser tomadas para amenizá-las:

  • Hidratação abundante da pele (principalmente com cremes a base de uréia) e ingestão de água para prevenção de estrias;
  • Drenagem linfática podem aliviar o inchaço e causar melhor conforto;
  • Proteção solar em áreas expostas, com reaplicação após 4 ou 6 horas;
  • Evitar, na medida do possível, ganho de peso excessivo (também para saúde do bebê);
  • Realizar atividade física direcionada a gestantes (sempre com supervisão de um profissional de educação física e de seu obstetra);

Após o parto algumas mulheres recuperam facilmente a forma e o corpo prévio, já outras possuem maior dificuldade. A amamentação costuma ser grande aliada para perda de peso,  e é recomendado alternar entre as mamas para diminuir a chance de assimetria.

Para aquelas que não estão satisfeitas, a cirurgia plástica e tratamentos estéticos são opções. Porém só podem ser programados em um período aproximado de 8 meses a 1 ano após o parto e a amamentação deve estar interrompida por pelo menos 6 meses. Não se pode esquecer também o planejamento com os cuidados do bebê, já que as orientações e recuperação cirúrgica iniciais requerem algumas restrições.

As opções de tratamento para as principais alterações (lembrando que devem sempre ser individualizadas para cada caso e paciente):

Nunca é demais insistir no ponto: procure sempre um profissional capacitado e verifique se seu médico é Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (veja aqui) !!

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Cirurgia Plástica e a Gravidez (Parte I) https://marcelascarpa.com.br/cirurgia-plastica-e-a-gravidez-parte-i/ Wed, 20 Dec 2017 19:07:25 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=7364 Uma dúvida frequente é se a abdominoplastia interfere em uma gravidez posterior. Na plástica do abdome o cirurgião retira a pele da região inferior do abdome e aproxima os músculos afastados por uma gestação anterior. Mas, afinal, a abdominoplastia interfere numa próxima gestação? E quais os prejuízos esperados para o resultado da cirurgia estética?

A cirurgia plástica não interfere no crescimento do bebê, na evolução normal da gestação, nem tampouco na via de parto escolhida pela mãe, que não sofrem nenhuma influência pelo procedimento prévio. A pele, mesmo operada, tem uma elasticidade grande, e esta aumenta ainda mais sob o efeito dos hormônios gestacionais próprios. Caso a cirurgia tenha sido realizada a pouco tempo, é comum um desconforto na região em que os músculos foram aproximados ou na cicatriz da abdominoplastia (a elasticidade da cicatriz aumenta com o decorrer do tempo, atingindo um pico máximo de 80% quando comparada ao tecido não operado). Quanto mais tempo decorrer da cirurgia até a gravidez, menor as chances desses sintomas ocorrerem.

Alguns cuidados, porém, devem ser fundamentais para recuperação da forma prévia às alterações do corpo e manutenção do resultado:

como o excesso de pele já foi retirado, as chances de estrias aumentam, e o cuidado deve ser redobrado: otimize a hidratação da pele, beba bastante água e evite banhos muito quentes
outra atenção necessária no período é o uso de proteção solar, já que alteração hormonal favorece o surgimento de manchas e escurecimento da cicatriz (esses cuidados não devem ser exclusivos das pacientes operadas, devendo ser seguidos por todas as gestantes, apenas precisam ser redobrados em um pós operatório!).
controlar o ganho de peso é uma das principais medidas (mesmo às mamães que nunca operaram antes)
maior benefício quando o intervalo de tempo entre a abdominoplastia e a gestação são superiores a um ano

Os cuidados preventivos são fundamentais, e a aproximação dos músculos da barriga (feitos na cirurgia) nem sempre se rompem com a evolução da gravidez. Porém, outros fatores como predisposição individual, fatores hormonais e genética também são importantes para o resultado final.

Assim, idealmente recomenda-se realizar a cirurgia plástica após a prole constituída ou aguardar 1 ano após a cirurgia estética para programar aumentar a família. Mas, para as mamães que não conseguiram se programar com tanta precisão, o importante (fundamental) é manter o pré natal para sua saúde e do bebê e manter seguimento com seu cirurgião plástico para orientações e diminuição do prejuízo estético (que nesse caso torna-se preocupação secundária).

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