Conhecida por aqueles que desejam diminuir a flacidez, a radiofrequência vem tomando espaço no ramo estético.
A radiofrequência é o uso do calor com o intuito de gerar uma lesão térmica controlada, tendo como um dos efeitos o estímulo do colágeno, uma vez que ele recebe ação de contração imediata, remodelação e formação (neocolagênese) a longo prazo.
O procedimento pode ser realizado de forma Transcutânea e Invasiva, sendo este último de maior eficiência e mais indicado pelos especialistas em estética.
RADIOFREQUÊNCIA TRANSCUTÂNEA
O processo feito de forma Transcutânea ocorre de forma externa (sobre a pele). Com isso, limita-se o aumento de temperatura (em torno de 42 graus), devido ao risco de queimaduras na pele, tendo como consequência menor efeito no resultado esperado.
RADIOFREQUÊNCIA INVASIVA
A Radiofrequência Invasiva trabalha o aquecimento abaixo da pele, com otimização de resultados.
Suas principais indicações são:
- Diminuição de gordura
- Quebra de fibrose
- Contração de pele para tratamento de flacidez
Ao iniciar o procedimento, realiza-se uma infiltração com anestesia local. Através de uma microcânula, insere-se sob a pele (com uma pequena incisão) uma sonda térmica, que fará a aplicação controlada do calor aos tecidos subcutâneos. Durante o procedimento, as temperaturas internas são monitoradas e controladas através de um sistema de computador, além do controle por monitor da temperatura da pele, evitando seu superaquecimento. Nesta técnica, permite-se um aquecimento maior abaixo da pele, com menor transmissão na superfície cutânea e maior segurança.
Esse método possui a vantagem de poder ser realizado em consultório, com recuperação mais rápida para pacientes que não desejam submeter-se a uma cirurgia.
A Radiofrequência Invasiva não substitui o procedimento cirúrgico, quando o mesmo for indicado para se obter resultados superiores.
O procedimento pode ser realizado para tratamento de flacidez de pele (pescoço, braços, coxas), fibrose, celulite, rugas finas, flacidez vaginal. Pode ser associado a cirurgias (como lipoaspiração), em um mesmo tempo ou após, para otimização de resultado.
O Resultado inicial pode ser visto (com a melhora do edema mais intenso) em torno de uma semana, mas o resultado final ocorre entre 3 a 6 meses, até que esteja completa a neoformação do colágeno. Não há contra-indicações para fototipos mais altos (pele morena) e, não causa hiperpigmentação pós inflamatória.
Os pacientes podem ter um desconforto nos primeiros dias após o procedimento, mas são facilmente controlados com analgésicos simples. Há edema (inchaço) no local e pode ocorrer hematoma.
O tempo de recuperação (Downtime) para atividades menos intensas são de 2 a 5 dias, dependendo da extensão do tratamento.
As contraindicações são as mesmas de outros procedimentos invasivos:
Gestação, alteração de coagulação, problemas de cicatrização, cardiopatias, diabetes, hipertensão, uso de isotretinoína nos últimos 6 meses, lesões infecciosas ativas, tratamento com imunossupressores, pacientes em uso de dispositivos cardíacos (como marcapasso, desfibriladores internos, válvulas mecânicas)
A radiofrequência invasiva é de uso exclusivamente médico (dermatologistas e cirurgiões plásticos). O uso sem conhecimento anatômico e fisiológico pode causar danos locais de difícil resolução, porém com profissionais capacitados é extremamente seguro.
É uma nova tecnologia no Brasil que pode ser usada como mais uma opção no arsenal de tratamentos.