Em 2020, uma nova tendência de body positivity surgiu. O chamado Hip Dips ou Violin Hips tomou conta das redes sociais, como forma de encorajamento de mulheres e aceitação pessoal.
Agora, a pergunta que fica, o que é o Hip Dips?
Vou explicar em detalhes tanto as causas da depressão do quadril quanto as possibilidades de tratamento. Afinal, para muitas mulheres, o Hip Dips pode ser motivo de prejuízos na auto estima.
O QUE É A DEPRESSÃO TROCANTÉRICA, CONHECIDA COMO HIP DIPS?
O Hip Dips ou, no seu termo técnico, depressão trocantérica nada mais é do que o afundamento presente na região do quadril em algumas pessoas, causando um aspecto de concavidade na lateral do glúteo, logo acima das coxas.
O aspecto quadrado e irregular da região costuma ser motivo de insegurança e acaba prejudicando o bem-estar emocional de quem possui a depressão trocantérica. É, geralmente, mais evidente em pessoas que estão acima do peso ideal ou naquelas que treinam rotineiramente, acentuando-se com a hipertrofia da musculatura de membros inferiores e glúteo. Porém, essa premissa não é uma regra.
Sua causa é multifatorial, podendo apresentar-se isoladamente ou em associações:
QUAIS AS CAUSAS DO HIP DIPS?
• Anatômica
• pela inserção da pele na aponeurose glútea
• pelo formato ósseo do quadril (bacia) e/ou da cabeça do fêmur, com proeminência maior desses ossos ou maior angulação
- Alterações posturais (como a retroversão pélvica), por exemplo
- Alterações musculares, com encurtamentos ou hiperatividade de grupamentos musculares
As causas anatômicas são constitucionais e geralmente possuem caráter familiar.
- Por atividades físicas intensas, com consequente perda de gordura local e aumento da massa muscular na região dos glúteos e coxas.
COMO CORRIGIR A DEPRESSÃO NO QUADRIL?
Existem tratamentos cirúrgicos e não-cirúrgicos para correção do Hip Dips, a depender da sua causa base:
- Não cirúrgicos:
- Alterações posturais e musculares podem ser corrigidas com fisioterapia ou condicionamento físico.
- Cirúrgico:
- O tratamento cirúrgico preconizado é a lipoescultura.
A gordura é retirada de regiões de acúmulo indesejado, como culotes, flancos, etc. A região trocantérica deve ser liberada e, após o preparo adequado da gordura, a mesma é injetada, preenchendo a depressão.
Depressões leves geralmente apresentam resultados extremamente satisfatórios com a cirurgia.
Depressões moderadas a graves podem não ser totalmente corrigidas em um único procedimento, sendo necessárias novas lipoenxertias subsequentes.
Além disso, pacientes muito magras também podem não ter a deformidade totalmente resolvida no procedimento cirúrgico. Nesses casos, geralmente não há quantidade de gordura disponível suficiente para serem retiradas de outras regiões. É possível concluir, portanto, que os casos devem ser individualizados e amplamente discutidos com um cirurgião plástico (veja se o seu médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica aqui.
Porém, independente do grau, quando bem indicado, o procedimento permite uma melhora da região.
PRÓTESE DE GLÚTEO RESOLVE O PROBLEMA DO QUADRIL ESTREITO?
Com relação aos implantes de silicone, os mesmos não resolvem o problema pois não se adaptam bem à região. São posicionadas dentro do músculo glúteo máximo e, consequentemente, respeitam seus limites anatômicos laterais. Assim, têm sua melhor indicação para aumento da projeção glútea posterior.
A BIOPLASTIA COM PMMA, É UMA ALTERNATIVA PARA SOLUCIONAR O HIPS DIPS?
Alguns profissionais indicam, nesses casos, bioplastia com PMMA.
O Polimetilmetacrilato é um produto em microesferas de acrílico (ou seja, um tipo de plástico), inserido PERMANENTEMENTE no organismo.
Alguns tipos possuem sim liberação pela Anvisa, porém, seu uso atual é extremamente restrito (ao meu ver, ausente).
É bem popular pelo seu baixo custo de mercado, mas, nesses casos, o barato pode sair muito caro!
Não realizo o procedimento e não recomendo que realizem! Já falei sobre isso em um artigo anterior, clique aqui para conferir.
Quer tirar todas as suas dúvidas sobre Hip Dips? Clique aqui e agende uma consulta com a Dra. Marcela Scarpa.