A toxina botulínica é o procedimento estético não cirúrgico mais realizado em consultórios de cirurgia plástica, segundo dados da SBCP. Nos últimos anos, sua aplicação teve um aumento de 360%.
Sempre lemos a respeito de suas principais indicações mas, quando devemos evitá-la?
Não é incomum em minha prática contraindicar algum procedimento em meu consultório. Vou explicar as circunstâncias em que isso ocorre com a toxina.
As linhas frontais estendem-se horizontalmente na região da “testa”, e são resultados da contração dos músculos frontais que, além de levantar as sobrancelhas, ajudam na abertura das pálpebras superiores.
Essa contração é também responsável pela formação de rugas dinâmicas (ao movimento) e estáticas (que permanecem mesmo ao repouso muscular).
Pacientes com sobrancelhas baixas ou pesadas (ptose de supercílio), que possuem pequeno excesso de pele na pálpebra superior podem beneficiar-se do tratamento com a toxina botulínica. Isso porque o efeito resultante, com discreto arqueamento do supercílio, pode melhorar a região palpebral e suavizar o olhar.
No entanto, pacientes com sobrancelhas muito altas (simétricas ou assimétricas), rugas frontais muito aparentes, excesso de pele moderado a severo nas pálpebras ou pálpebras caídas, podem ser prejudicados com o tratamento isolado com a toxina.
Esses pacientes geralmente utilizam a musculatura frontal para compensar ou otimizar a abertura dos olhos. A aplicação da medicação, com a paralização da região, resulta no reposicionamento do supercílio e pode descompensar esse equilíbrio, com consequente queda das pálpebras e prejuízo da visão.
Nesses casos, a melhor opção é primeiro a correção da causa base, e pode envolver:
- Blefaroplastia: indicada para os casos com excesso de pele predominante.
- Correção de ptose palpebral: quando o principal problema é na abertura palpebral e nos músculos intrínsecos envolvidos na ação.
- Cirurgias combinadas: quando a causa envolve ambos os fatores.
Após a correção da causa base, a toxina é bem-vinda para melhora do aspecto da região frontal (testa) e pés-de-galinha!
Se também quiser saber mais sobre suspensão cirúrgica de supercílio, acesse o link: https://marcelascarpa.com.br/elevacao-do-supercilio/