O que é Xantelasma?
O Xantelasma é o depósito de gordura na pele das pálpebras. É o quadro mais comum do xantoma – o depósito de lipídeos que ocorre no corpo, principalmente em áreas de atrito, como mãos, pés, coxas, glúteos, tendões, articulações, entre outros.
Não se trata de uma doença propriamente dita, mas da manifestação de um distúrbio metabólico.
Sintomas
As lesões iniciais são pequenas e crescem gradativamente ao longo de meses, até formarem as placas características da condição. Além do incômodo estético, não causam qualquer sintoma local como dor ou ardência.
Têm geralmente aparência de uma pápula plana levemente amarelada ou acastanhada, sendo comum sua evolução para placas sobrelevadas que causam ondulações na pele.
Possuem forma relativamente simétrica, limites bem definidos, com consistência mais firme que a pele ao redor.
Normalmente são encontradas nas pálpebras superiores bilaterais, e na região central da face, próximas ao nariz. São mais frequentes em pacientes do sexo feminino (numa proporção de 4:1) e aumentam com a idade.
Se não tratadas, podem crescer de forma progressiva.
O que causa o surgimento do Xantelasma?
Cerca de metade dos pacientes com Xantelasma apresentam algum distúrbio dislipidêmico, ou seja, possuem níveis elevados de triglicérides e colesterol.
Algumas condições como o diabetes, cirrose, alguns tipos de câncer, entre outras, podem provocar alterações no metabolismo de gorduras. Como resultado, há o seu acúmulo no interior das células de defesa do organismo (os macrófagos) que são incapazes de destruí-la e eliminá-la. Quando esse acúmulo ocorre nas pálpebras, temos os xantelasmas.
Como diagnosticar?
O diagnóstico é clinico, ou seja, não necessita de nenhum exame complementar. É realizado através da inspeção das lesões.
O histórico do paciente é importante para identificar alguma doença associada que possa favorecer o surgimento do Xantelasma.
No caso de novas lesões sem o conhecimento de antecedentes médicos, devem ser feitos exames para verificar os níveis sanguíneos de glicose, lipídios e de substâncias relacionadas com o funcionamento do fígado.
O diagnóstico de confirmação também pode ser feito através de uma biópsia.
Qual o tratamento adequado?
O tratamento do Xantelasma tem o objetivo de destruir ou remover cirurgicamente as lesões. Pode ser feito através da cauterização direta com ácidos, lasers ou eletrocoagulação. Outra possibilidade é remoção cirúrgica, realizada através da ressecção direta da lesão ou pela Blefaroplastia – a escolha do tipo de abordagem depende da extensão e da localização das lesões e a indicação deve sempre ser feita pelo especialista.
Nos casos de distúrbios metabólicos associados, estes devem ser acompanhados e controlados previamente ao tratamento das lesões propriamente ditas.
Terei cicatrizes? Como prevenir?
O tamanho e a localização do xantelasma determinam a extensão das cicatrizes pós procedimentos. Portanto, o diagnóstico e tratamento precoce são fundamentais.
Não há como de prevenir o aparecimento dos Xantelasmas e as taxas de recidiva após o tratamento são frequentes. No entanto, é importante manter o controle de doenças metabólicas e outras enfermidades que favoreçam sua formação.
Diversas outras condições de pele podem assemelhar-se ao Xantelasma, portanto, uma consulta com o médico especialista é necessária para o seu correto diagnóstico e tratamento.