Dra. Marcela Scarpa

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Pós Operatório: Como Reconhecer a Síndrome de Mondor?

O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).

Síndrome ou Doença de Mondor é uma complicação incomum em mamoplastias. É um processo inflamatório raro das veias superficiais da mama e do tórax, podendo também acometer o sistema linfático. É benigno e autolimitado. Geralmente aparece em mulheres jovens e de meia idade, 7 a 14 dias após a cirurgia das mamas.

Síndrome de Mondor foi primeiramente descrita por Faage em 1869 como um tipo de escleroderma – uma doença crônica de pele. Contudo, só em 1939 foi reconhecida como uma doença especifica pelo cirurgião francês, Henri Mondor. Desde então, passou a ser conhecida pelo seu nome.

A principal característica da Síndrome é a presença de um cordão fibroso e espesso, resultante da formação de um trombo local e consequente obstrução do vaso acometido.

Apresenta-se com dor local, aumento do volume mamário e retração da pele ao redor do vaso ocluído. A queixa pode agravar-se com a elevação do membro do mesmo lado. Outros sinais menos comuns são febre, equimoses (“roxos”) e inflamação da pele. Pode também ser assintomático.

O diagnóstico é clínico. Podem ser realizados exames de imagens como a mamografia e ultrassonografia, evidenciando uma veia superficial obstruída.

O tratamento é realizado apenas com sintomáticos, como analgésicos, anti-inflamatórios, compressas mornas locais e repouso. Geralmente o uso de corticoesteróides, antibióticos e anticoagulantes não é necessário.

Na maioria dos casos, os sintomas aliviam de duas a oito semanas e o vaso palpável desaparece completamente dentro de seis a sete meses.

Demais causas descritas da doença são: traumas, cirurgias, câncer de mama, processo inflamatório, uso de roupas ou faixas apertadas, atividades esportivas excessivas, hepatite C, entre outras. Algumas regiões que também podem ser acometidas, mas com incidência menor, são o pênis, membros superiores, abdome e região inguinal.

Mulheres são dez vezes mais afetadas do que os homens.

O conhecimento da Doença de Mondor é importante. Apesar de rara, o acompanhamento adequado do cirurgião durante o pós-operatório pode garantir rápido diagnóstico, correto tratamento e evitar preocupações desnecessárias.

Conheça mais detalhes sobre as cirurgias nessa página (link cirurgias mamoplastia de aumento, mastopexia, mamoplastia redutora), e aproveite para sanar suas dúvidas.

Referências
http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/view/80/76
http://www.rbcp.org.br/details/1514/doenca-de-mondor-em-cirurgia-estetica-de-mama
Tijerina VN, Saenz RA. Mondor’s syndrome: a clinical finding on subfascial breast augmentation. Aesthetic Plast Surg. 2010 Aug;34(4):531-3.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842005000200013
http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/view/80

Este texto é de autoria da Dra. Marcela Benetti Scarpa e toda e qualquer forma de reprodução e/ou veiculação somente será permitida mediante prévia autorização por escrito e com indicação de fonte, do contrário, poderá consistir em violação de direitos autorais, conforme a Lei 9.610/98, passível da adoção das medidas cíveis e criminais pertinentes. Para mais informações, acessem nossa Política de Proteção aos Direitos Autorais.

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