O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).
A cirurgia consiste na remoção do excesso de pele das costas, podendo ser associada ou não à lipoaspiração. Está indicada para pacientes que apresentam flacidez e excesso cutâneo após grande perda de peso ou devido a mudanças corporais relacionadas ao envelhecimento. Nesses casos, há predominância de pele sobre a quantidade de gordura na região.
Em situações onde há apenas acúmulo de gordura sem excesso de pele (lipodistrofia), pode ser indicada apenas a lipoaspiração local.
Sim, existem diferentes técnicas para essa cirurgia, dependendo da quantidade de pele a ser retirada e da flacidez local, o que resultará em cicatrizes de formatos variados. As cicatrizes são planejadas para serem o mais discretas possível, mas nem sempre ficarão totalmente ocultas sob as roupas. Os formatos e localizações variam de acordo com a técnica utilizada:
Torsoplastia alta, invertida ou toracoplastia (Figura 2): Reservada para pacientes com excesso de pele e flacidez na parte superior das costas, na altura do tórax. A cicatriz é horizontal, localizada na área coberta pelo sutiã. A extensão da cicatriz depende do excesso de pele e flacidez, podendo unir-se na linha média e estender-se lateralmente até a área das mamas.
Torsoplastia inferior ou flancoplastia (Figura 3): Envolve a remoção de pele na parte inferior das costas (região dos “pneuzinhos”). A cicatriz resultante fica logo acima dos glúteos, na linha do biquíni ou sunga. Pode se unir à cicatriz da abdominoplastia, formando a chamada dermolipectomia circunferencial. Além da remoção de pele, pode haver um efeito lifting nos glúteos.
Cirurgia trocantérica: Retira pele entre o início do quadril e o sulco glúteo, proporcionando um lifting na região dos culotes. Essa técnica é menos comum e sua indicação é mais restrita.
O tempo médio é de 3 horas, podendo aumentar caso haja lipoaspiração associada.
Nos primeiros meses, a região apresentará insensibilidade relativa e poderá ocorrer inchaço, que diminuirá com o tempo. O resultado definitivo é alcançado gradativamente, mas não deve ser considerado antes de 12 a 18 meses de pós-operatório. Tratamentos complementares com esteticistas ou fisioterapeutas, junto a uma dieta balanceada e exercícios físicos, podem melhorar o resultado final, sempre sob supervisão do cirurgião plástico.
O período de internação varia conforme a evolução do paciente e o conforto pós-operatório, sendo a média de 24 horas. Em alguns casos, esse período pode se estender.
A dor é mais intensa nos primeiros dois ou três dias, mas melhora gradativamente. O desconforto é facilmente controlado com as medicações analgésicas prescritas e o respeito às orientações de repouso.
Sim. As malhas cirúrgicas são essenciais no pós-operatório, pois ajudam a orientar a cicatrização, reduzir o edema e evitar o acúmulo de líquidos (seromas). A cinta deve ser justa, mas confortável. O tamanho adequado deve ser escolhido antes da cirurgia, para garantir conforto e cobertura da área operada. O uso é recomendado por cerca de 60 dias. Cintas muito apertadas podem causar desconforto, dor e complicações como feridas e sofrimento da pele.
O tempo de retorno varia conforme a quantidade de pele removida, a evolução pós-operatória e a tolerância individual à dor. Repouso maior é recomendado nos primeiros dias, e a maioria dos pacientes retorna ao trabalho entre o 21º e o 30º dia. Atividades físicas leves podem ser iniciadas após 30 dias, aumentando gradualmente conforme a recuperação e sempre sob supervisão do cirurgião plástico.
Retorne ao consultório para os curativos e acompanhamento pós-cirúrgico nos dias e horários estipulados pelo cirurgião.