O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).
É a cirurgia plástica do nariz. Pode envolver aspectos estéticos e funcionais (de origem genética ou traumática). É realizada a remodelação das estruturas ósseas e cartilaginosas (Fig.2) , promovendo mudanças de formato, correção de deformidades no dorso, na ponta e/ou largura do nariz. Podemos, com isso, melhorar assimetrias, desvios e alterações respiratórias.
O conhecimento anatômico, o planejamento pré-operatório e o detalhado estudo da face do paciente são fundamentais para um resultado satisfatório.
Podem ser realizadas duas técnicas cirúrgicas; sua indicação é individualizada caso a caso. A primeira, técnica fechada, apresenta incisão somente na parte interna do nariz. É reservada para correção de pequenas deformidades e narizes nunca operados. Na técnica aberta, é realizada uma pequena incisão que fica camuflada abaixo da ponta nasal. Esta é indicada para alterações mais complexas e narizes já operados. Permite um maior controle sobre a anatomia e maior facilidade de modelagem das estruturas.
Não. Existe um equilíbrio estético entre o nariz e a face, equilíbrio este que o cirurgião deverá observar a fim de preservar a naturalidade pós operatória. A qualidade da pele do nariz também poderá interferir no prognóstico do resultado almejado. Pacientes com peles muito grossas e pesadas deixam menos visíveis a modelagem realizada durante a cirurgia, e podem apresentar alguma limitação de resultado cirúrgico. A pele fina, por sua vez, permitirá que pequenas imperfeições sejam mais facilmente notadas, limitando também o aspecto final desejado. Cada caso é estudado a fim de que se possa dar ao nariz a melhor forma possível, dentro das exigências da face. Se a sua escolha coincidir com aquele tipo de nariz planejado, sem dúvida seu desejo será atendido. Cirurgião e paciente deverão estar de acordo com o resultado possível de se obter. Ressalta-se também que a parte funcional deverá ser respeitada (como a respiração e olfação).
Várias fases são características do pós-operatório do nariz. Assim, numa 1ª fase (logo após a retirada do curativo imobilizante, em torno o 7º dia), apesar de corrigidos vários defeitos estéticos do nariz original, notamos um edema (inchaço) considerável, que vai diminuindo com o passar dos dias. Um resultado inicial já pode ser notado ao redor do 2º ao 3º mês. O resultado definitivo, entretanto, só poderá ser percebido em torno do 12º ao 18º mês de pós operatório. Portanto, não é possível avaliar o aspecto final da cirurgia antes deste período.
A rinoplastia visa melhorar as condições estéticas e funcionais. Poderá, devido ao edema, haver pequena dificuldade respiratória em certos períodos do dia no pós-operatório imediato que, com o decorrer do tempo, tende a normalizar-se. Em alguns casos, a correção do septo se faz necessária, tanto para tratamento funcional, bem como parte da própria cirurgia estética. É realizado no mesmo tempo cirúrgico. A correção da hipertrofia de cornetos também pode ser realizada conjuntamente.
O resultado de uma rinoplastia persiste por longo tempo. Após alguns anos, como em qualquer parte do organismo, poderão ocorrer algumas alterações morfológicas na região nasal, decorrentes do processo natural de envelhecimento.
Geralmente realizada sob anestesia geral. Em poucos casos selecionados, há a possibilidade de realização do procedimento sob anestesia local com sedação, sempre de acordo com critérios clínicos de segurança para o paciente e sob supervisão do médico anestesiologista.
O tempo de internação varia de acordo com a evolução e conforto pós-operatório, geralmente entre 12 a 24 horas. Pode estender-se de acordo com cada paciente e/ou realização de cirurgia funcional associada.
Caso haja fratura, o nariz é mantido imobilizado com um material sintético (aquaplast), que o recobre totalmente. O mesmo permanecerá por sete dias, até que haja consolidação das modificações ósseas realizadas. Após a retirada desta imobilização deixaremos um curativo com micropore por mais 7 dias. Caso a fratura nasal não seja realizada, o curativo rígido, apesar de ser uma possibilidade, não é obrigatório, podendo ser realizada apenas a microporagem por um período de 14 dias (com troca em consultório durante o acompanhamento). O tamponamento nasal também poderá ser necessário e será deixado por 24 horas aproximadamente. Quando há associação com a septoplastia, o tempo de permanência dos tampões poderá ser ampliado.
A rinoplastia apresenta pós-operatório geralmente confortável. Eventuais desconfortos são facilmente combatidas com analgésicos receitados no pós operatório. Evite a automedicação.
Recomenda-se com a cabeceira elevada (três travesseiros em dorso) e a face voltada para cima, preferencialmente no primeiro mês de pós operatório.
Enquanto houver manchas roxas (equimoses), deve-se evitar a exposição solar.
Até que se atinja o resultado almejado, diversas fases evolutivas são características deste tipo de cirurgia. Assim, edemas (inchaço), “manchas” de infiltrado sanguíneo, dificuldade respiratória nos primeiros dias são comuns e alguns apresentam estes fenômenos com menor intensidade que outros. Toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu cirurgião plástico.
O retorno ao trabalho pode ocorrer após a retirada do curativo, entre 7 a 14 dias (variando de acordo com a função exercida pelo paciente). O retorno às atividades físicas é liberado com 8 semanas.
• Evite esforços, principalmente na 1ª semana.
• Não use óculos durante 60 dias (incluindo óculos de leitura e de sol).
• Durma com a barriga para cima e cabeceira elevada
• Evite alimentos excessivamente quentes nos primeiros 3 dias. Não ingerir alimentos “duros”, em que seja necessário fazer força para mastigar nos primeiros 7 dias. Recomendamos alimentação hiperprotéica (carnes, ovos, leite), verduras (principalmente as verde-escuras, como espinafre, couve, brócolis, etc.), legumes e frutas. É importante alimentar-se de forma correta e equilibrada!
• Não se exponha ao sol ou iluminação fluorescente (bronzeamento artificial) enquanto apresentar equimoses (manchas roxas), pois elas podem levar longos períodos para desaparecerem. Os roxos geralmente somem em torno de 3 a 4 semanas, porém este período é variável para cada pessoa.
• O retorno às atividades habituais e ao trabalho varia de acordo com a resistência de cada indivíduo, em média entre 7 a 14 dias. Exercícios físicos mais leves podem ser iniciados com 30 dias, de forma gradativa.
• Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.
Retorne ao consultório para os curativos subseqüentes e acompanhamento pós-cirúrgico, nos dias e horários estipulados.