O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).
A mastopexia é uma cirurgia com o objetivo de tratar a flacidez e a queda (ptose) das mamas. Durante o procedimento, é removido o excesso de pele e o tecido mamário é reposicionado.
Não. No entanto, quando a paciente apresenta flacidez de pele e pouco tecido mamário (após emagrecimento ou amamentação, quando pode ocorrer atrofia glandular), é possível utilizar uma prótese mamária para complementar o volume insuficiente. Nesses casos, o uso de implantes proporciona uma consistência mais firme e um colo (polo superior) mais harmonioso.
Geralmente, não. O pós-operatório costuma ser bastante confortável, desde que sejam seguidas as instruções médicas. Eventualmente, pode haver alguma manifestação dolorosa, mas que geralmente cede facilmente com os analgésicos receitados. Evite a automedicação.
A cirurgia é geralmente realizada sob anestesia geral, administrada pelo médico anestesiologista, de acordo com critérios clínicos de segurança para a paciente.
Em média, a cirurgia dura de 2 a 4 horas, dependendo do grau de flacidez das mamas e da necessidade ou não de inclusão de prótese.
O período de internação varia conforme a evolução e o conforto da paciente no pós-operatório, sendo a média de 12 horas, podendo se estender conforme o caso de cada paciente e/ou procedimentos associados.
O uso de um sutiã específico para o pós-operatório é altamente recomendado, pois evita a movimentação das mamas e oferece maior conforto à paciente. Geralmente, é utilizado nos primeiros três meses, conforme orientação do cirurgião.
O retorno às atividades diárias é gradual e variável. Nos primeiros dias, é importante manter o repouso, com os braços ao longo do corpo e sem realizar movimentos amplos. Dirigir automóveis geralmente é permitido após o primeiro mês. Atividades físicas só devem ser retomadas após 60 dias, de maneira gradual e sempre com orientação e acompanhamento do cirurgião.
As mamas operadas passarão por várias fases de evolução. No período imediato, apesar de já apresentarem uma melhora significativa, sua forma e volume ainda não correspondem ao resultado final planejado. O resultado final será alcançado entre o 12º e o 18º mês.
Em geral, o resultado de uma mastopexia é bastante duradouro. No entanto, o processo de envelhecimento é contínuo e não é interrompido pela cirurgia. Fatores como genética, regulação hormonal, ganho ou perda de peso e a qualidade da pele (estrias podem facilitar a flacidez) também influenciam no resultado final a longo prazo.
A cirurgia pode ser realizada por meio de uma incisão periareolar, vertical, em “T” invertido, ou uma combinação dessas técnicas (Figura 1). Em geral, o tamanho e o tipo de cicatriz são proporcionais ao grau de flacidez presente.
O tecido glandular mamário responde aos estímulos hormonais da gestação de maneira variável. Nenhuma cirurgia compromete a capacidade de amamentação, mas, quanto maior a complexidade do procedimento e as alterações na anatomia local, maiores são as chances de problemas futuros no aleitamento. Quanto ao resultado estético, ele pode ou não ser preservado após a gravidez, da mesma forma que ocorre com mulheres que não possuem próteses mamárias.
Não. A presença de próteses mamárias não prejudica o diagnóstico de câncer de mama, nem a detecção de nódulos que possam surgir ao longo da vida. Atualmente, é possível realizar mamografia em pacientes com próteses. É importante informar sobre a presença do implante antes do exame, para que seja utilizada a técnica adequada.
Sim. Até o momento, não existem próteses definitivas, o que significa que a paciente deve considerar a possibilidade de novas cirurgias no futuro. Não há um prazo fixo para a troca, sendo a decisão baseada em critérios clínicos e exames de imagem.
Há situações em que a troca das próteses é indicada. Com o tempo, as próteses podem sofrer desgaste, levando a pequenas rupturas, que podem causar dor e desconforto. Outra razão para a troca é a contratura capsular, situação confirmada por exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética. Além disso, fatores como ganho ou perda de peso e a flacidez natural das mamas com o envelhecimento também podem requerer uma nova intervenção cirúrgica com mastopexia e troca do implante.
Não há motivo para preocupação em caso de ruptura da prótese, pois o material é coeso (não vaza) e inerte (não prejudicial à saúde).
A contratura capsular é o espessamento de um tecido cicatricial que se forma ao redor da prótese. Esse tecido pode se tornar espesso ao longo dos anos, causando desconforto e dor, e até mesmo deformidade da mama. Quando isso ocorre, é necessária a troca da prótese e a remoção da cápsula formada. Importante destacar que nem todas as pacientes desenvolverão essa alteração, e não é possível prever a probabilidade de sua formação. A contratura capsular pode ser precoce ou nunca ocorrer.