O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).
A mamoplastia redutora é uma cirurgia com o objetivo de diminuir o tamanho e melhorar o formato das mamas. Durante o procedimento, parte da glândula mamária, excesso de gordura e pele são removidos, reduzindo o volume e alterando a consistência e a forma das mamas. A cirurgia deve ser realizada preferencialmente após o completo desenvolvimento das mamas, o que geralmente ocorre ao final da puberdade.
Não é possível escolher exatamente o tamanho das mamas (ou o número do sutiã que a paciente usará). Dentro das possibilidades que a mama original nos permite e sem comprometer o futuro delas, podemos optar por deixá-las um pouco maiores ou menores. Buscamos conciliar a vontade da paciente com as proporções entre o volume das novas mamas e o tamanho do tórax.
As novas mamas passam por vários períodos de evolução em relação à sua forma:
Geralmente, a cirurgia é realizada sob anestesia geral, administrada pelo médico anestesiologista, de acordo com os critérios clínicos de segurança para o paciente.
A duração da cirurgia pode variar de 3 a 5 horas, dependendo do tamanho e da flacidez das mamas.
O período de internação depende da evolução e do conforto da paciente no pós-operatório, sendo a média de 24 horas. Esse tempo pode ser prolongado, dependendo do caso e de procedimentos associados.
O uso de um sutiã específico para o pós-operatório é altamente recomendado, pois evita a movimentação das mamas e proporciona maior conforto. Geralmente, o sutiã é utilizado nos três primeiros meses, conforme orientação do cirurgião.
O retorno às atividades diárias é gradual e variável. Nos primeiros dias, deve-se dar prioridade ao repouso, mantendo os braços ao longo do corpo e evitando movimentos amplos. Dirigir geralmente é permitido após o primeiro mês. Atividades físicas só devem ser iniciadas após 60 dias de pós-operatório, de maneira gradual e sempre sob orientação e acompanhamento do cirurgião.
Em geral, o resultado de uma mamoplastia é bastante duradouro, mas o processo de envelhecimento é contínuo e não é interrompido pela cirurgia. Fatores como genética, regulação hormonal, ganho ou perda de peso e a qualidade da pele (estrias facilitam a flacidez) também influenciam no resultado final a longo prazo.
A cirurgia é realizada por meio de uma incisão periareolar, geralmente associada a uma incisão em “T” invertido (Figura 1). O tamanho da cicatriz é variável e proporcional ao tamanho e à flacidez das mamas.
Durante o procedimento, além da gordura, também é retirado um volume variável de tecido glandular (responsável pela produção de leite). O tecido mamário responde de maneira variável aos estímulos hormonais da gestação. Nenhuma cirurgia impede a amamentação, mas quanto maior a complexidade do procedimento e as alterações na arquitetura local, maiores são as chances de problemas no aleitamento futuro. Quanto ao resultado estético, ele pode ou não ser preservado após a gravidez, assim como em mulheres que não passaram por cirurgia.
Em geral, não se utilizam próteses quando o objetivo é reduzir o volume da mama. No entanto, em alguns casos específicos, o implante pode ser benéfico do ponto de vista estético, preenchendo o polo superior da mama e proporcionando um colo mais harmonioso. O uso de próteses nesses casos é uma decisão que deve ser tomada em conjunto pela paciente e o cirurgião.