O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).
A lipoaspiração a laser, conhecida como Lipolaser, é um tipo de lipoaspiração realizada através da introdução de uma ótica semiflexível que emite laser diodo em comprimentos de onda específicos, com o objetivo de destruir as células de gordura. O aparelho facilita a quebra da gordura antes da aspiração, estimulando a contração da pele e a produção de colágeno local, melhorando tanto a silhueta quanto a flacidez. Para a função de “skin tightening”, o aparelho permite alterar o comprimento de onda para provocar uma retração da pele.
Esse procedimento é indicado para remodelar áreas específicas do corpo com acúmulo de gordura localizada (lipodistrofia), realçando o contorno e a silhueta e redefinindo as proporções corporais. Não é um tratamento para obesidade; o melhor candidato é aquele que já está em seu peso ideal.
Uma avaliação detalhada de três fatores — elasticidade da pele, quantidade de gordura e localização — permite otimizar os resultados.
Não. Essa tecnologia está disponível no Brasil desde 2002. No entanto, os aparelhos utilizados naquela época eram considerados inseguros e apresentavam risco quanto aos resultados. Apenas a partir de 2008 surgiram estudos para a nova tecnologia de laser diodo, que atua em um comprimento de onda específico para atingir as células de gordura.
O laser é direcionado para a região a ser tratada através de uma cânula com fibra óptica semiflexível e descartável (Figura 2). Pequenas incisões são realizadas (as mesmas utilizadas para a lipoaspiração posterior), e a fibra é posicionada e ativada na gordura mais profunda, provocando sua destruição (lipólise). Em seguida, uma cânula de lipoaspiração comum é introduzida para aspirar a gordura liquefeita. O laser é aplicado novamente, dessa vez na camada mais superficial, logo abaixo da pele, promovendo o aquecimento local e estimulando o colágeno e a elastina, melhorando o aspecto e a textura da pele. Esse processo causa menos trauma local e menor sangramento, já que o aquecimento coagula os vasos profundos, resultando em menos hematomas no pós-operatório.
Em casos de menor acúmulo de gordura, mas com flacidez cutânea, o procedimento pode ser realizado sem a subsequente aspiração, visando promover maior firmeza local.
A principal diferença está no estímulo à produção de colágeno e elastina nas camadas profundas da pele, promovendo a contração e melhorando a textura da superfície tratada. Isso permite que a Lipolaser seja aplicada em áreas mais propensas à flacidez.
De acordo com as normas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o volume máximo a ser aspirado é de até 7% do peso corporal. No entanto, esse valor pode variar dependendo de fatores como idade, resultados de exames laboratoriais, perda sanguínea durante a cirurgia e tempo cirúrgico, entre outros.
As principais vantagens são:
A lipoaspiração a laser tem as mesmas indicações da lipoaspiração tradicional, mas é mais recomendada para áreas com tendência à flacidez ou sobra de pele após o procedimento convencional, como braços, coxas e pescoço. Também é indicada para a correção de ginecomastia em homens e para melhorar o aspecto de fibrose após lipoaspirações anteriores.
Não. Uma quantidade de gordura deve ser mantida. A retirada total da gordura pode causar aderência da pele à musculatura, resultando em um aspecto insatisfatório e difícil de corrigir.
O pós-operatório passa por várias fases evolutivas. Edema (inchaço), manchas de sangue infiltrado, hipersensibilidade em algumas áreas e insensibilidade em outras são comuns. Cada paciente pode apresentar esses sintomas em graus diferentes. O edema começa ainda durante a cirurgia e pode levar meses para desaparecer completamente. Quando a lipoenxertia é realizada, parte da gordura enxertada (entre 30% e 70%) será reabsorvida, e o restante será integrado ao local tratado.
O resultado final poderá ser observado a partir do terceiro mês. É importante ter paciência, pois avaliações antes de 3 a 12 meses de pós-operatório não são conclusivas. Tratamentos complementares com esteticistas ou fisioterapeutas, além de uma dieta balanceada e exercícios físicos, podem melhorar o resultado final.
A lipoaspiração pode ser realizada com três tipos de anestesia: peridural com sedação, anestesia geral ou raquianestesia. A escolha será feita pelo médico anestesiologista após um exame pré-anestésico, visando o maior conforto e segurança para o paciente.
A duração depende do volume de gordura e da área corporal tratada, variando geralmente de 2 a 4 horas.
O tempo de internação depende da extensão da área tratada e do volume aspirado. O paciente pode receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte, dependendo da evolução do pós-operatório.
A lipoaspiração geralmente causa algum grau de dor e desconforto, especialmente nos primeiros três dias. No entanto, esses sintomas são bem controlados com o uso de medicações analgésicas e o cumprimento das orientações de repouso.
Sim. O uso de cintas modeladoras no pós-operatório é recomendado, pois elas oferecem pressão constante e consistente, auxiliando na cicatrização, reduzindo o edema e prevenindo a formação de seromas (acúmulo de líquido). As cintas devem ser justas, mas confortáveis, e cobrir toda a área operada. Devem ser usadas por cerca de 60 dias. Cintas excessivamente apertadas podem causar complicações, como feridas na pele.
O tempo de retorno varia conforme as atividades do paciente, a quantidade de gordura retirada e a extensão da área tratada. Em geral, é recomendado um repouso maior nos três primeiros dias. A maior parte dos pacientes retorna às atividades laborais entre o 5º e o 7º dia. Atividades físicas leves podem ser iniciadas a partir da segunda semana, com evolução gradativa e sempre sob supervisão médica.
Não. A lipoaspiração remove células adiposas. Se a paciente mantiver uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas regulares, ela poderá manter ou até melhorar os resultados. Em casos de ganho de peso, a maioria dos pacientes mantém as proporções corporais mais harmoniosas após o procedimento.
Em casos de flacidez discreta, recomenda-se realizar a lipoaspiração e aguardar de 4 a 6 meses. Em peles mais jovens e espessas, pode haver retração adequada. Se a flacidez for maior, pode ser necessário realizar uma cirurgia complementar para remover o excesso de pele (abdominoplastia ou mini-abdominoplastia). O uso do laser, nesses casos, pode reduzir a necessidade de remover pele.
Não. A Lipolaser inviabiliza a lipoenxertia ou lipoescultura posterior, pois o laser destrói as células de gordura antes de sua retirada.