O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).
A cicatriz é um tecido fibroso que se forma como resposta ao reparo dos tecidos após uma lesão ou trauma. A cicatriz nunca terá o mesmo aspecto do tecido saudável, mas o objetivo ideal é que seja o mais discreta possível, fina e com uma coloração semelhante à da pele.
Uma cicatriz pode apresentar desde alterações sutis, como mudanças de coloração e pequenas irregularidades que não causam desconforto ao paciente nem prejudicam a função local, até alterações mais graves. As cicatrizes sutis podem ser reparadas cirurgicamente ou com tratamentos locais. Já cicatrizes hipertróficas, deprimidas, quelóides ou contraturas podem ser esteticamente impactantes, causar desconforto (como prurido ou dor) e até prejudicar a movimentação da área afetada. Esses tipos de alterações exigem um tratamento mais elaborado, muitas vezes cirúrgico ou combinado.
As cicatrizes passam por diferentes fases de evolução:
Depende do tipo de cicatriz. Cicatrizes inestéticas simples ou hipertróficas devem ser corrigidas após a maturação, entre 12 e 18 meses. As contraturas, no entanto, devem ser avaliadas com base na localização e gravidade, enquanto os quelóides, que pioram progressivamente, precisam de abordagem precoce e individualizada.
O tratamento de cicatrizes inestéticas envolve várias opções, como injeção de corticóide, peelings ou remoção cirúrgica da cicatriz. A remoção cirúrgica é recomendada na fase de maturação, entre 12 a 18 meses de evolução.
Cicatrizes hipertróficas podem ser tratadas com terapia compressiva (uso de malhas e placas de silicone), corticóide tópico ou intralesional (infiltração), e, em alguns casos, cirurgia. O tratamento cirúrgico só é recomendado após o período de maturação.
Quelóides são mais difíceis de tratar e têm alta taxa de recorrência após remoção simples. A combinação de cirurgia com infiltração de corticóide reduz a recorrência para menos de 50%, e a associação com radioterapia (betaterapia) diminui esse índice para 5%.
As contraturas são tratadas cirurgicamente, com técnicas que variam de acordo com sua gravidade e extensão.
A necessidade de realizar a cirurgia em ambiente hospitalar, o tempo cirúrgico, o tipo de anestesia e as recomendações pós-operatórias dependem da extensão da correção a ser realizada. O planejamento será adaptado de acordo com os critérios clínicos e as necessidades de segurança de cada paciente.
Após o procedimento a região pode ficar levemente avermelhada. Uma descamação fina tem início após 3 a 5 dias do procedimento e pode durar até uma semana. Nesse período, a pele pode ficar sensível e irritada. Por ter uma recuperação tranquila, não existe downtime, ou seja, a pessoa não precisa afastar-se de suas atividades diárias.