Cirurgia nas mamas, também conhecida como mamoplastia, tornou-se bastante comum e procurada nos consultórios médicos. A mais realizada é o aumento das mamas com próteses de silicone.
Como toda cirurgia, esse procedimento também envolve riscos e alguns fatores podem levar ao comprometimento dos resultados, entre eles o Rippling.
O que é Rippling? Por que acontece?
O rippling é o aspecto de enrugamento e ondulações da pele da mama acima da prótese, tornando-a visível ou palpável. No geral, esse efeito compromete o resultado estético da cirurgia, mas não oferece riscos à saúde da paciente.
Quando a mamoplastia de aumento é realizada, o organismo cria um envoltório ao redor do implante, a chamada cápsula. A cápsula pode causar deformidades no implante e a sua aderência ou proximidade à pele suprajacente resulta na alteração estética local. Essa situação pode ocorrer precocemente ou com o passar do tempo.
Ocorre em próteses colocadas abaixo da glândula (subglandulares) e as pacientes mais suscetíveis para sua formação são: mais magras, com pouco tecido mamário, pele flácida ou atrófica e implantes mais antigos. Esses implantes, até pouco tempo, não eram totalmente preenchidos, predispondo a depressões e ondulações na sua superfície mesmo sem cápsula espessa. As cadeias de polímero de próteses atuais possuem gel mais coesivo e estável, sem grandes alterações de conformação.
Como evitar?
Como dito acima, atualmente as próteses estão sendo produzidas com maior tecnologia e material de alta aderência, que permite maior uniformidade e estabilidade na mama. Modelos de próteses com menores índices de enrugamento, como as de poliuretano, quando bem indicadas, podem ser opções na hora da escolha da prótese ideal, pois possuem maior aderência na parede torácica dificultando a migração do gel para a parte inferior da prótese, além do menor índice de contratura capsular.
Outra opção é a colocação do implante em um plano submuscular. Dessa forma a prótese e a pele ficam interpostas pela musculatura. Normalmente, essa técnica é utilizada em casos de pacientes muito magras e com grande volume de silicone à ser implantado.
No entanto, o cuidado na escolha e indicação correta não garantem o não aparecimento do Rippling, apesar de diminuir sua incidência. As possibilidades de cada caso devem ser discutidas entre o paciente e seu médico e os fatores devem ser individualizados.
Como tratar?
As opções de tratamento do efeito Rippling são:
- Troca do implante com mudança do plano subglandular para o submuscular, com ou sem mastopexia associada
- Lipoenxertia (ou lipofilling) – nesse procedimento é realizado lipoaspiração de outras regiões do corpo, tratamento da gordura e injeção da mesma nos locais de irregularidades causados pelo rippling. Esse procedimento tem como objetivo aumentar a espessura de tecido subcutâneo acometido, camuflando sua deformidade.
Os tratamentos podem ser realizados isolados ou em associação, com sua indicação individualizada pela gravidade da alteração local e biotipo da paciente.
Em todos os casos deve-se consultar um especialista. A escolha do melhor tratamento deve ser feita pelo seu cirurgião de confiança.