Dra. Marcela Scarpa

Fã Alerta Medalhista Olímpico Rio-2016 Sobre Melanoma

Fã Alerta Medalhista Olímpico Rio-2016 Sobre Melanoma

O conteúdo descrito abaixo não tem como objetivo substituir a consulta médica, tem caráter informativo destinado aos indivíduos que tenham algum interesse em Cirurgia Plástica. Procure sempre um Cirurgião Plástico habilitado e devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (http://www.cirurgiaplastica.org.br) e no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM).

Mack Horton é o nome do nadador australiano vencedor na modalidade 400m livres das Olimpíadas do Rio 2016, conquistando o cobiçado ouro olímpico.

Mesmo contando com a federação médica australiana, Mack foi surpreendido com o e-mail de um fã. Nesse contato, ele alertava o médico da Federação Australiana de Natação sobre uma mancha suspeita na região do tórax do nadador de 20 anos.

Logo em seguida, seguindo as orientações de seus médicos, Mack passou por um procedimento cirúrgico, em Melbourne, para removê-la, e aguardou a confirmação anatomopatológica para saber a natureza da pequena lesão. Para a surpresa de todos, veio o diagnóstico de Melanoma Maligno, um dos tumores com comportamento mais agressivos, com a cura diretamente dependente do seu tratamento precoce.

Na rede social, Mack Horton postou uma mensagem de agradecimento ao fã:
“Agradecimento à pessoa que mandou um e-mail ao médico da equipe de natação e disse para que eu examinasse minha verruga. Boa decisão. Muito boa decisão”, escreveu o nadador no Instagram.

Ao jornal Herald Sun, Mack contou: “Ele mandou o e-mail ao médico da equipe de natação e disse: ‘Eu observo essa verruga há um tempo, Mack provavelmente deveria ir fazer um teste’, então o médico me mandou a recomendação.”

No Facebook, o Melanoma Institute Australia deixou uma mensagem para Mack: “Ficamos felizes em saber que você foi checar a pinta. Obrigado por ajudar a divulgar a importância de sempre examinar a pele :)”.

A Austrália conta com o maior índice de melanoma do mundo: 1 em cada 24 mulheres e 1 em cada 14 homens são diagnosticados com câncer de pele em algum ponto de suas vidas.

O que é Melanoma?

É um tipo de tumor maligno originado das células que produzem melanina (melanócitos, que proporcionam a pigmentação do corpo).

O câncer de pele é muito comum em nosso país, e o diagnóstico de Melanoma Maligno está presente em 3% dos casos. Esta é a forma mais agressiva e letal, necessitando de detecção precoce e tratamento eficiente.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2016 estimou-se 5670 novos casos de melanoma no país.

Quais as Causas?

A maioria dos casos está relacionada à alta exposição solar principalmente aos raios UV, que tem efeito cumulativo durante a vida. Alguns fatores genéticos podem também contribuir para uma maior chance de desenvolver o câncer de pele. Em geral, as causas e os fatores de riscos são:

  • Exposição prolongada ao sol
    Exposição excessiva aos raios solares (principalmente sem proteção) acelera o envelhecimento da pele, além de aumentar as chances de desenvolver câncer de pele no futuro.
  • Pele clara
    Pessoas de pele clara têm maiores riscos de desenvolver a doença do que as de pele escura, no entanto, pessoas de pele negra também desenvolvem câncer de pele.
  • Queimadura grave de sol
    Prévias queimaduras solares graves aumentam as chances de desenvolvimento da doença no futuro.
  • Doença na família
    O histórico familiar de melanoma aumenta o risco em 2,2 vezes.
  • Imunidade Baixa
    Pessoas que possuem o organismo com baixa imunidade devido a leucemia, transplante de órgãos ou ao efeito da utilização de certos remédios, podem apresentar maior disposição à desenvolver o câncer de pele
  • Idade
    A maioria dos casos de melanoma é identificada em pessoas com idades a partir de 50 anos.

Quais os Sintomas?

Na maior parte dos casos, o acometimento do melanoma inicia-se com uma lesão cutânea. O envolvimento de outros órgãos, como pulmão, trato gastrointestinal, cérebro, entre outros, relaciona-se à disseminação da doença (metáteses), determinando maior gravidade do quadro.

Muitas pessoas podem ou não apresentar os sintomas listados abaixo, porém, é importante consultar um especialista em caso de dúvidas. Os principais sintomas são:

  • Surgimento de uma nova pinta ou mancha com forte pigmentação ou aparência incomum;
  • Mudanças da característica de uma pinta ou mancha pré existente;
  • Coceira, sangramento e não cicatrização de determinada área.

Para facilitar à prevenção e o auto-exame , lançou-se uma sequência ABCDE que facilita a detecção de possíveis sinais da doença:

  • Assimetria
    Ao dividir a extensão da pinta/mancha ao meio e verificar que as partes não são simétricas.
  • Bordas irregulares
    Ao analisar as bordas da pinta/mancha e perceber que são irregulares, apresentam sinais de serrilhamento.
  • Cor
    A presença de cores diferentes dentro dessa mesma pinta/mancha é um grande sinal de alerta.
  • Diâmetro
    Verificar se a dimensão da área esta se tornando maior progressivamente. Melanomas apresentam diâmetros acima de 6mm, geralmente.
  • Evolução/Elevação
    Mudança no tamanho, forma, cor ou características ao longo do tempo

Ao verificar a presença de algum desses sinais, deve-se procurar ajuda de um especialista, podendo ser um dermatologista, cirurgião plástico ou oncologista.

É extremamente importante a detecção da doença no estágio inicial, aumentando consideravelmente as chances de cura.

Quer saber mais sobre tumores de pele? Veja no nossa página de pequenas cirurgias.

Este texto é de autoria da Dra. Marcela Benetti Scarpa e toda e qualquer forma de reprodução e/ou veiculação somente será permitida mediante prévia autorização por escrito e com indicação de fonte, do contrário, poderá consistir em violação de direitos autorais, conforme a Lei 9.610/98, passível da adoção das medidas cíveis e criminais pertinentes. Para mais informações, acessem nossa Política de Proteção aos Direitos Autorais.

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