Ptose mamária é a discrepância entre o volume da mama e seu envelope cutâneo. Esse preenchimento é formado por glândula e gordura em proporções variadas, a depender do peso, idade (mais glandular em jovens) e gestações.
Com isso, é fácil compreender quais fatores podem alterar essa proporção, como oscilações de peso, amamentação, gestação, envelhecimento com perda de elasticidade cutânea e atrofia glandular, distúrbios hormonais, entre outros, podem culminar com a queda da mama.
Além de fatores genéticos, maus hábitos podem interferir negativamente no suporte da mama:
- Uso inadequado do sutiã: seu mau ajuste aumenta a tendência à flacidez e quando muito apertados comprometem a circulação local
- Tabagismo: diminuem a produção de colágeno e prejudicam a circulação, acelerando o envelhecimento
- Má alimentação: dietas restritivas promovem alteração brusca de peso, além do prejuízo pela deficiência nutricional
- Consumo de álcool em excesso: alteração da elasticidade da pele e envelhecimento precoce
- Má postura: diminuem a sustentação das mamas
- Exposição solar excessiva: envelhecimento cutâneo precoce com perda do colágeno e elastina
Mulheres com seios muito grandes também podem apresentar graus de ptose devido ao peso excessivo.
Graus de Ptose Mamária
Conforme a imagem acima, existem 3 graus de Ptoses Mamárias, além da Pseudoptose e da Ptose Parcial.
Na Ptose de Grau 1, ocorre queda mínima da mama, com o mamilo posicionado na altura do sulco mamário e acima do contorno da glândula.
Na Ptose de Grau 2, há queda da mama, com o mamilo localizado abaixo do sulco mamário, e acima do contorno da glândula.
Já na Ptose de Grau 3, o mamilo esta posicionado abaixo do sulco mamário e do contorno da glândula.
No caso de Pseudoptose, ocorre leve flacidez, com a aréola ainda acima do sulco mamário, porém, abaixo da glândula – pele frouxa por hipoplasia, por perda de peso ou pós-gestacional, por exemplo.
A Ptose Parcial consiste no posicionamento da aréola acima do sulco mamário, entretanto, ocorre flacidez e queda da porção inferior da mama, proporcionando um formato incomum aos seios.
Tratamentos
A mastopexia (lifting das mamas) e a mamoplastia redutora têm o objetivo de proporcionar um novo contorno às mamas, além de reposicionar e remodelar as aréolas.
Existe uma infinidade de técnicas descritas e essas variam de acordo com a qualidade de pele da paciente, seu preenchimento predominante (gorduroso ou glandular) e grau da ptose.
O uso ou não de prótese de mama varia, além do desejo de cada paciente, da quantidade e qualidade de sustentação da pele e seu preenchimento. Mamas com tecido glandular favorável podem lançar mão de técnicas de reposicionamento deste para preencher adequadamente seu volume, podendo dispensar o uso das próteses. Da mesma forma, mamas com conteúdo mais escasso precisam deste artifício para confecção de um formato mais harmônico. A qualidade da pele também interfere na escolha da prótese e seu volume.
As opções de tratamento acima descritas, não são uma regra e devem ser sempre analisadas por um profissional. A indicação do tratamento adequado para cada caso requer uma avaliação médica, realizada por um profissional qualificado e devidamente certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Fatores como gestações futuras, emagrecimento, cicatrização e comorbidades devem ser levados em conta durante a avaliação e interferem na indicação cirúrgica.
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