#SaúdeDaPele – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br Transformando vidas com excelência e cuidado especializado Mon, 25 Nov 2024 19:21:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://marcelascarpa.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cropped-Favicon-Marcela-Scarpa-32x32.png #SaúdeDaPele – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br 32 32 O que são essas bolinhas que tenho no pescoço, axila e virilha? https://marcelascarpa.com.br/acrocordons-ou-polipos-fibroepiteliais/ Mon, 12 Apr 2021 14:28:57 +0000 https://finalizando.com.br/?p=12462 Acrocórdons ou pólipos fibroepiteliais são lesões de pele benignas, mais comuns no pescoço, virilha, axilas e pálpebras.

Geralmente confundidas com verrugas ou pintas, aparecem como protuberâncias pedunculadas na pele, da mesma cor que esta, amarronzadas ou pretas. Diferentes das verrugas, não tem relação com infecção viral.

São benignas (sem chance de transformação maligna) e assintomáticas.

Por que aparecem?

Mais frequentes em pessoas acima dos 30 anos, sua causa ainda não é bem estabelecida.

Porém, acredita-se que seu surgimento esteja relacionado com:

  • predisposição genética
  •  resistência à insulina (diabéticos, obesos)
  •  fatores hormonais (gravidez, acromegálicos).

Acomete homens e mulheres na mesma proporção.

Tendem a aumentar de tamanho com o passar do tempo, de acordo com as suas causas: evolução natural em hereditárias, com a descompensação glicêmica ou desequilíbrio hormonal.

Apesar de não terem transformação maligna, é causa frequente de traumas locais (pela roupa, uso de correntes, unhas, etc.), algumas vezes seguidos por infecção.

Sua retirada ocorre pelos motivos explicados acima, ou mesmo por queixa estética do paciente.

E como tratar?

O tratamento é simples e pode ser realizado em consultório, com anestesia local. Pode ser através da ressecção simples ou cauterização, dependendo do tamanho da lesão.

 Geralmente esse tratamento é bem tolerado e não deixa cicatrizes evidentes.

Posso usar receitas caseiras para retirar as lesões?

Não! Receitas caseiras para remoção não são recomendadas. O tratamento tanto em ambiente inadequado ou por pessoas não capacitadas podem causar complicações que podem ser reversíveis (como dermatites, retirada parcial com dor local e/ou infecção local) ou resultar em sequelas permanentes (como cicatrizes inestéticas locais).

Tem uma seção direcionada a pequenos procedimentos aqui no site, se quiser ler mais sobre o assunto, clique aqui.

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Uso Diário de Protetor Solar Reduz Em 40% o Risco de Melanoma Em Jovens https://marcelascarpa.com.br/protetor-solar-diario-reduz-em-40-risco-de-melanoma/ Sat, 08 Dec 2018 17:38:55 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=8906 Uma das mais renomadas instituições de ensino da Austrália, a University of Sydneyvem desenvolvendo pesquisas ao longo dos anos sobre os benefícios do uso do protetor solar desde a infância.

Este estudo foi realizado através de análises comparativas entre australianos que usavam protetor solar diariamente desde a infância e os que raramente usavam, ou não usavam. Como resultado, constatou-se que os cidadãos australianos em idades entre 18 e 40 anos, que aplicavam o protetor solar desde a infância, reduziram em 40% o risco de desenvolver melanoma.

O que é melanoma?

De acordo com o site da organização americana Melanoma Research FoundationMelanoma é geralmente, mas nem sempre, um câncer da pele. Se origina dos melanócitos – as células que produzem o pigmento melanina que colore a pele, o cabelo e os olhos. Os melanócitos também formam pintas na pele, onde o melanoma geralmente se desenvolve. A presença desses sinais pode ser um fator de risco para melanoma, mas é importante frisar que a maioria deles não oferece risco de malignização”.

Esse tipo de câncer é o mais recorrente em cidadãos australianos, sendo diagnosticado como principal causa de câncer entre homens de 25 a 49 anos. Entre mulheres nesta mesma faixa etária, o melanoma encontra-se em segundo lugar, atrás apenas do câncer de mama.

Quais são as causas de melanoma?

Pesquisas sugerem que aproximadamente 90% dos casos de melanoma podem ter conexão com à exposição a raios UV (ultravioleta) – que são emitidos na maioria das vezes pelo sol, ou menos frequentemente, por fontes artificiais, como as câmaras de bronzeamento artificial.

Porém, sua origem pode ser em qualquer melanócito presente no corpo, até mesmo naqueles não expostos ao sol. Os raios ultravioletas nem sempre são os responsáveis pelo seu desenvolvimento, a exemplo do melanoma mucoso e ocular.

histórico familiar, a genética e fatores ambientais, podem ser apontados como predisponentes ao aparecimento do melanoma (também abordei esse tema em outro artigo, no qual detalho melhor as causas e os sintomas do Melanoma, se quiser relembrar acesse: Alerta Medalhista Olímpico Rio-2016 sobre Melanoma).

Existe tratamento para melanoma?

De acordo com a American Cancer Societytratamento de melanoma é variável de acordo com o estadiamento (nível) da doença no paciente. A melhor chance de cura ocorre quando é diagnosticado em seu estágio inicial, sendo tratado cirurgicamente pela ressecção da lesão. Nesses casos não há necessidade de tratamentos adjuvantes. No entanto, para os níveis avançados outros tratamentos podem ser necessários como:

  1. Cirurgias ampliadas
  2. Imunoterapia
  3. Terapia alvo
  4. Quimioterapia
  5. Radioterapia

Segundo a revista acadêmica de medicina JAMA Dermatology, esse estudo realizado pela University of Sydney e divulgado em 2018, é pioneiro na realização de pesquisas que relaciona o uso de filtro solar e o perigo eminente de melanoma entre jovens com menos de 40 anos de idade. Cerca de 1700 pessoas que participaram do Australian Family Melanoma Study tiveram dados coletados e analisados pelos pesquisadores.

O trabalho científico apontou que os usuários que mais utilizavam o protetor solar eram do sexo feminino, jovens, de origem européia, pigmentação mais clara da pele e com um forte histórico de queimaduras solares.

Ainda que existam no mercado diversos tipos de protetores solares e também uma gama variada de preços, o uso deste produto ainda é restrito a apenas a uma pequena parcela da população. E conclui: “Este estudo confirma que o protetor solar é uma forma eficaz de proteção solar e reduz o risco de desenvolver melanoma quando adulto. Este deve ser aplicado regularmente durante a infância e na idade adulta, sempre que o índice UV for igual ou superior a 3, para reduzir o risco de desenvolver melanoma”.

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Devo Suplementar Colágeno? https://marcelascarpa.com.br/devo-suplementar-colageno/ Tue, 24 Jul 2018 22:01:17 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=8552 O colágeno é a proteína mais abundante do nosso corpo, representando um terço de sua composição. Tem função estrutural nos tecidos e órgãos. Atua na sustentação e tônus na pele, deixando-a mais resistente e elástica (corresponde a 75% da composição natural da pele). Mantém os cabelos e unhas mais firmes, reforça tendões e ligamentos musculares, ossos e cartilagens. É responsável também pela coesão, elasticidade e regeneração de todos os tecidos.

Segundo um artigo publicado na revista científica Advanced Drug Delivery Reviews, em 2003, há mais de 20 tipos de colágeno. Sua função e tipo variam de acordo com sua estrutura.

A produção do colágeno acontece naturalmente em nosso corpo, porém, com o envelhecimento, há uma diminuição exponencial na sua formação. Após os 30 anos, essa produção diminui em torno de 1% ao ano, sendo que, aos 50 anos ela é de aproximadamente 35%. Outros fatores como o estresse, má alimentação, tabagismo, exposição solar, poluição, consumo de bebidas alcoólicas e drogas podem diminuir ainda mais sua síntese.  Falamos antes sobre o assunto nesse artigo, relembre neste link:

Os efeitos de sua baixa  produção podem ser percebidos com fragilidade capilar (cabelos quebradiços e finos), flacidez cutânea e perda da elasticidade, rugas finas e linhas de expressão, estrias, entre outros.

Mitos a parte, é possível a reposição do colágeno? Não é difícil encontrarmos diversos tratamentos e produtos alimentícios que prometem tal função.

A alimentação saudável.

Fator crucial para melhora na síntese do colágeno – alimentos ricos em proteínas. Além disso, ela depende de Vitamina C, que deve ser balanceada na dieta, já que não é produzida pelo organismo. Outros fatores que facilitam sua produção e absorção são Vitamina A, E, silício e zinco. Priorize carnes vermelhas magras, frangos, peixes, ovos, legumes e verduras, frutas e castanhas.

Além disso, hábitos saudáveis como ingesta adequada de água, prática de atividade física e proteção solar são essenciais. Recomenda-se evitar tabaco, cigarro, carboidratos de má qualidade, gorduras, açucares, adoçantes (sucralose e aspartame) e refrigerantes.

Procedimentos Estéticos.

Peelings, lasers, microagulhamento, bioestimuladores injetáveis, fios de sustentação (COLOCAR LINKS) são exemplos de tratamentos estéticos que ajudam na produção do colágeno e evitam sua degradação nas áreas tratadas.  Esses tratamentos também auxiliam no combate a: acne, oleosidade, rugas, estrias, manchas e celulite, entre outros benefícios.

Para que os tratamentos sejam corretamente indicados e os riscos a sua saúde sejam minimizados, é muito importante que tais procedimentos sejam realizados por um médico especialista.

Suplementos e Injeções.

A suplementação oral de colágeno é controversa atualmente, apesar de reconhecido pelo Ministério da Saúde no Brasil e pelo FDA nos Estados Unidos.

Alguns estudos publicados em revistas científicas demonstraram efeitos positivos do consumo diário, de 5 a 10 gramas de colágeno hidrolisado, na qualidade da pele e sistema osteoarticular.

Exemplos são artigos científicos publicados em revistas como o Journal of Cosmetic Dermatology, que em 2015 avaliou a qualidade da pele em mulheres japonesas, percebidas após 8 semanas de suplementação.

Outro estudo publicado na revista Skin Pharmacology and Physiology em 2014, percebeu uma melhora na elasticidade cutânea em mulheres de 35-55 anos que receberam 2,5 a 5,0 gramas de colágeno hidrolisado diariamente. Esse estudo, porém, não teve uma significância estatística.

O colágeno hidrolisado é composto por 84 a 90% de proteína, 1 a 2% de sais minerais e 8 a 15% de água. Nesse formato tem aprovação pela ANVISA e pode ser comprado facilmente sem prescrição médica. Pode ser tomado diariamente, juntamente com uma fonte de vitamina C (caso não contenha na sua formulação). É isento de gorduras, colesterol e carboidratos.

Seu formato mais consumido é em cápsula ou sachê/pó, mas existem as versões em balinhas de goma, águas aromatizadas e até mesmo bombons.

Geralmente indicado a partir dos 30 anos, pode ser prescrito mais precocemente em tabagistas, pessoas com exposição solar excessiva, atletas ou outros pacientes com fatores de risco para envelhecimento precoce e lesão osteoarticular.

Como escolher o melhor suplemento? Aqui vão algumas dicas:

  • para a pele, priorize o colágeno tipo 1, e sempre no formato hidrolisado, que facilita sua absorção
  • preferencialmente devem ter os principais nutrientes para sua produção, como a Vitamina C, E, A, silício e zinco
  • evite componentes como maltodrextina, açucares ou adoçantes
  • aminoácidos com glicina e prolina são necessários em maiores concentrações para sua formação
  • evite corantes artificiais

Porém, a questão controversa é: sua suplementação não garante que, quando ingeridos, transformem-se, efetivamente e exclusivamente em colágeno. Nada impede que, após sua absorção e quebra em aminoácidos, transforme-se em outras substâncias e proteínas para o organismo. Para melhora da sua produção, uma alternativa é melhorar o aporte de Vitamina C e outros elementos que auxiliam sua formação, como licopeno e minerais.

Além disso, essa ingesta não substitui uma alimentação balanceada, a qual ainda permanece como a melhor fonte de nutrientes e substâncias necessárias para sua produção.

Não se esqueça: o acompanhamento de um especialista é fundamental, já que é necessário cautela principalmente em pacientes com alteração da função renal (o excesso de aminoácido na suplementação pode sobrecarregar o rim).

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O Estresse e o Envelhecimento https://marcelascarpa.com.br/o-estresse-e-o-envelhecimento/ Tue, 22 May 2018 23:22:22 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=8289 Após um longo dia de trabalho é comum imaginarmos que estamos envelhecendo rapidamente. Os ânimos costumam ser revigorados após uma boa noite de sono mas, infelizmente, embora o cansaço físico tenha sido resolvido, o desgaste emocional e fisiológico causado pelo estresse crônico pode resultar sérios prejuízos.

O fato é que, quando somos expostos a altos níveis de estresse, esse desencadeia uma série de alterações no organismo que têm, como uma de suas consequências, o indesejado envelhecimento. Veja a seguir!

Como o estresse afeta nosso corpo?

Como resposta ao estresse, a glândula pituitária estimula a glândula supra-renal a produzir dois hormônios: adrenalina e cortisol. A adrenalina aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea. Já o cortisol (conhecido como hormônio do estresse) em sua ação normal, serve para auxiliar o organismo a reduzir as inflamações, contribuir para o bom funcionamento do sistema imune e manter constantes os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial.

Porém, em casos de exaustão prolongada, os níveis hormonais ficam constantemente elevados, resultando no aumento da frequência cardíaca e do nível de açúcar no sangue, diminuição da produção de insulina e constrição dos vasos sanguíneos. Como resultado final dessa cascata podemos ter a obesidade, diabetes, hipertensão, infarto, alteração do sono, queda de cabelo, dores musculares, imunossupressão, entre outros.

Mas por que isso acontece?

Um estudo de 2012 publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”, realizado na Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh, e liderado por Sheldon Cohen, identificou que a condição psicológica altera a capacidade do hormônio cortisol de regular a resposta inflamatória. Isso acontece porque o estresse prolongado diminui a sensibilidade do tecido ao hormônio. A inflamação fora de controle resulta no surgimento de inúmeras doenças.

Cohen descobriu que passar por um evento estressante por tempo prolongado está associado com a incapacidade das células do sistema imunológico de responder aos sinais hormonais que normalmente regulam a inflamação. O resultado são infecções frequentes, como resfriados e herpes labial.

Na pele, essa inflamação constante diminui a produção de colágeno, ocasionando rugas finas, manchas e flacidez. Além disso, também resulta no aumento de radicais livres, que atacam as células saudáveis da pele,  causando o envelhecimento.  

O envelhecimento precoce

Outro estudo, também publicado na revista especializada “Proceedings of the National Academy of Sciences”, em 2004, por cientistas da Universidade da Califórnia, já alertava sobre a interferência do estresse no envelhecimento das células humanas, inclusive nos mais jovens. De acordo com o artigo, o estresse contínuo afeta os telômeros (pequenas cápsulas do DNA responsáveis por protegê-lo de possíveis danos da divisão e replicação celular).

Estes naturalmente diminuem de tamanho durante a vida, até perderem sua funcionalidade. Como resultado deste processo temos o envelhecimento celular. – Veja mais sobre isso e como o exercício físico pode evitar o envelhecimento celular nessa matéria.  A exposição frequente ao estresse faz com que os telômeros fiquem menores precocemente. Assim, a reprodução celular torna-se menos confiável e aumenta-se o risco de enfermidades ocasionadas pelo envelhecimento prematuro.

Na pesquisa, mulheres na pré menopausa foram analisadas. Algumas foram expostas a altos níveis de estresse durante a vida e apresentavam uma década a mais de envelhecimento celular quando comparadas aquelas que não foram expostas. (Saiba mais sobre o estudo aqui) .

Em 2016, um novo estudo da Universidade de Duke, nos EUA, divulgou que essa interferência no genoma ocorre devido ao hormônio da adrenalina. Ao ser liberado (quando o indivíduo está em estado de tensão), esse hormônio pode diminuir a quantidade da proteína P53, responsável por proteger o genoma, inclusive em relação ao câncer (já que funciona como um sensor de danos ao cromossomo, e como um mecanismo auxiliar de reparação do DNA). (Saiba mais sobre essa pesquisa aqui).

Profissões mais estressantes

Com tantos efeitos nocivos à saúde, não é difícil imaginar que profissões mais estressantes estejam profundamente ligadas ao envelhecimento precoce.O site americano Busines Insider em parceria com o Instituto de Pesquisas de Mercado de Trabalho Bureau Labor Statistic, divulgou uma pesquisa realizada em 2016, sobre profissões mais estressantes que expõem seus profissionais a altos níveis de pressão psicológica, e até mesmo a ambientes hostis. O ranking foi construído a partir de pontuações de 0 a 100 correspondentes ao índice de estresse avaliados pelos próprios profissionais das áreas. Com o resultado, a pesquisa enumerou as profissões cujo índice apresentava pontuação igual ou superior a 93, sendo elas:

  • Atendente de polícia, bombeiro e de ambulância – 98,5
  • Anestesista – 98,2
  • Operador de telemarketing – 98,2
  • Dançarino – 97
  • Obstetra e ginecologista – 96,5
  • Cirurgião – 96,2
  • Piloto, copiloto de avião e engenheiro de aviação – 95,2
  • Cuidador – 95
  • Flebotomista (coleta de sangue) – 95
  • Comentarista e colunista de TV ou jornal – 94,7
  • Diretor de creche e de pré-escola – 94,2
  • Conselheiro de saúde mental – 94,2
  • Supervisor de polícia e detetive – 94
  • Operador de processos industriais – 94
  • Médico clínico geral – 94
  • Especialista em recuperação de detentos e oficiais de liberdade condicional – 94
  • Diretor de empresa – 93,8
  • Assistente de figurino – 93,5
  • Técnico em enfermagem – 93,5
  • Cirurgião dentista – 93,5

Achou interessante saber como o estresse atua em nosso corpo?

Acesse os outros textos dessa série sobre o Envelhecimento Precoce:

– Conhecendo o Envelhecimento Facial

– Fotoenvelhecimento: Como prevenir

– Exercício Físico pode desacelerar o Envelhecimento

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Fã Alerta Medalhista Olímpico Rio-2016 Sobre Melanoma https://marcelascarpa.com.br/fa-alerta-medalhista-olimpico-rio-2016-sobre-melanoma/ Fri, 02 Mar 2018 16:37:21 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=7925 Mack Horton é o nome do nadador australiano vencedor na modalidade 400m livres das Olimpíadas do Rio 2016, conquistando o cobiçado ouro olímpico.

Mesmo contando com a federação médica australiana, Mack foi surpreendido com o e-mail de um fã. Nesse contato, ele alertava o médico da Federação Australiana de Natação sobre uma mancha suspeita na região do tórax do nadador de 20 anos.

Logo em seguida, seguindo as orientações de seus médicos, Mack passou por um procedimento cirúrgico, em Melbourne, para removê-la, e aguardou a confirmação anatomopatológica para saber a natureza da pequena lesão. Para a surpresa de todos, veio o diagnóstico de Melanoma Maligno, um dos tumores com comportamento mais agressivos, com a cura diretamente dependente do seu tratamento precoce.

Na rede social, Mack Horton postou uma mensagem de agradecimento ao fã:
“Agradecimento à pessoa que mandou um e-mail ao médico da equipe de natação e disse para que eu examinasse minha verruga. Boa decisão. Muito boa decisão”, escreveu o nadador no Instagram.

Ao jornal Herald Sun, Mack contou: “Ele mandou o e-mail ao médico da equipe de natação e disse: ‘Eu observo essa verruga há um tempo, Mack provavelmente deveria ir fazer um teste’, então o médico me mandou a recomendação.”

No Facebook, o Melanoma Institute Australia deixou uma mensagem para Mack: “Ficamos felizes em saber que você foi checar a pinta. Obrigado por ajudar a divulgar a importância de sempre examinar a pele :)”.

A Austrália conta com o maior índice de melanoma do mundo: 1 em cada 24 mulheres e 1 em cada 14 homens são diagnosticados com câncer de pele em algum ponto de suas vidas.

O que é Melanoma?

É um tipo de tumor maligno originado das células que produzem melanina (melanócitos, que proporcionam a pigmentação do corpo).

O câncer de pele é muito comum em nosso país, e o diagnóstico de Melanoma Maligno está presente em 3% dos casos. Esta é a forma mais agressiva e letal, necessitando de detecção precoce e tratamento eficiente.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2016 estimou-se 5670 novos casos de melanoma no país.

Quais as Causas?

A maioria dos casos está relacionada à alta exposição solar principalmente aos raios UV, que tem efeito cumulativo durante a vida. Alguns fatores genéticos podem também contribuir para uma maior chance de desenvolver o câncer de pele. Em geral, as causas e os fatores de riscos são:

  • Exposição prolongada ao sol
    Exposição excessiva aos raios solares (principalmente sem proteção) acelera o envelhecimento da pele, além de aumentar as chances de desenvolver câncer de pele no futuro.
  • Pele clara
    Pessoas de pele clara têm maiores riscos de desenvolver a doença do que as de pele escura, no entanto, pessoas de pele negra também desenvolvem câncer de pele.
  • Queimadura grave de sol
    Prévias queimaduras solares graves aumentam as chances de desenvolvimento da doença no futuro.
  • Doença na família
    O histórico familiar de melanoma aumenta o risco em 2,2 vezes.
  • Imunidade Baixa
    Pessoas que possuem o organismo com baixa imunidade devido a leucemia, transplante de órgãos ou ao efeito da utilização de certos remédios, podem apresentar maior disposição à desenvolver o câncer de pele
  • Idade
    A maioria dos casos de melanoma é identificada em pessoas com idades a partir de 50 anos.

Quais os Sintomas?

Na maior parte dos casos, o acometimento do melanoma inicia-se com uma lesão cutânea. O envolvimento de outros órgãos, como pulmão, trato gastrointestinal, cérebro, entre outros, relaciona-se à disseminação da doença (metáteses), determinando maior gravidade do quadro.

Muitas pessoas podem ou não apresentar os sintomas listados abaixo, porém, é importante consultar um especialista em caso de dúvidas. Os principais sintomas são:

  • Surgimento de uma nova pinta ou mancha com forte pigmentação ou aparência incomum;
  • Mudanças da característica de uma pinta ou mancha pré existente;
  • Coceira, sangramento e não cicatrização de determinada área.

Para facilitar à prevenção e o auto-exame , lançou-se uma sequência ABCDE que facilita a detecção de possíveis sinais da doença:

  • Assimetria
    Ao dividir a extensão da pinta/mancha ao meio e verificar que as partes não são simétricas.
  • Bordas irregulares
    Ao analisar as bordas da pinta/mancha e perceber que são irregulares, apresentam sinais de serrilhamento.
  • Cor
    A presença de cores diferentes dentro dessa mesma pinta/mancha é um grande sinal de alerta.
  • Diâmetro
    Verificar se a dimensão da área esta se tornando maior progressivamente. Melanomas apresentam diâmetros acima de 6mm, geralmente.
  • Evolução/Elevação
    Mudança no tamanho, forma, cor ou características ao longo do tempo

Ao verificar a presença de algum desses sinais, deve-se procurar ajuda de um especialista, podendo ser um dermatologista, cirurgião plástico ou oncologista.

É extremamente importante a detecção da doença no estágio inicial, aumentando consideravelmente as chances de cura.

Quer saber mais sobre tumores de pele? Veja no nossa página de pequenas cirurgias.

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Fumar Cigarro Faz Mal Para a Pele? https://marcelascarpa.com.br/fumar-cigarro-faz-mal-para-pele/ Wed, 13 Dec 2017 17:53:18 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=7316 SIM! O CIGARRO PODE CAUSAR CERCA DE 50 DOENÇAS CONHECIDAS, principalmente ligadas à circulação, cânceres diversos e doenças respiratórias (e não apenas em quem consome, também naqueles que convivem com um fumante). A fumaça é absorvida por combustão, o que piora seu dano ao organismo. Em cada tragada são inaladas cerca de 4700 substâncias tóxicas.

Além dos riscos à saúde, há os efeitos na pele, com diminuição da produção de colágeno, obstrução da passagem de sangue e diminuição da sua espessura. Com isso, temos a redução da elasticidade cutânea e o envelhecimento precoce.

Um estudo realizado no departamento de Cirurgia Plástica da Case Western Universityem Ohio, nos Estados Unidos, comparou gêmeos idênticos entre 18 e 78 anos. Estes foram  fotografados por um profissional e foram avaliados.

Além do cigarro foram analisados fatores como exposição solar (veja nosso post sobre –FOTOENVELHECIMENTO), consumo de álcool e stress. Na maioria dos casos o gêmeo fumante possuía os piores hábitos. Não foi percebido diferença no ambiente ou dieta.

As fotos foram divididas em 2 grupos. O primeiro era composto de 45 pares de irmãos, em que um deles era tabagista e o outro não. O segundo grupo, ambos haviam consumido cigarro, mas um deles havia fumado pelo menos 5 anos a mais do que outro.

Dois médicos e um estudante de medicina estudaram as fotos, e tais foram as conclusões:

  • no primeiro grupo o irmão tabagista pareceu mais velho em 57% dos casos
  • no segundo grupo, o que era fumante há mais tempo aparentava ser mais velho em 63% dos casos

O artigo foi publicado na revista científica Plastic and Reconstructive Surgery.

Veja você mesmo as fotos desse estudo nas imagens e tire suas próprias conclusões, (perceba aspectos como bolsas e excesso de pele das pálpebras, rugas em geral e ao redor da boca, manchas na pele, flacidez cutânea, afinamento dos lábios).

A gêmea à direita fumou por 29 anos, em contrapartida a outra nunca fumou.
A gêmea da direita fumou por 16 anos e teve exposição solar não protegida, ao contrário da irmã que nunca fumou e sempre fez uso de proteção ao sol.
Ambos tabagistas, mas o irmão à direita fumou 14 anos a mais do que o primeiro.
Ambas tabagistas, mas a gêmea da esquerda fumou 12 anos a mais.
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