É uma depressão inestética que ocorre na região da pálpebra inferior. Essa região confere um aspecto cansado ao olhar, e pode ocorrer em jovens.

Um dos itens mais importantes que conferem a beleza ao olhar é a transição suave entre a pálpebra e a bochecha.

Entretanto, seu tratamento é desafiador.

Como surgiu esse termo?

O termo “tear trough” (ou “goteira lacrimal”, em tradução livre) foi primeiramente descrito para se referir ao desenvolvimento dessa depressão visível ao longo do terço médio da pálpebra inferior.

Porém, o uso contemporâneo do termo refere-se à uma gama variável de deformidades na junção pálpebromalar, resultado de mudanças complexas relacionadas à idade.

Quais as causas do tear trough?

As causas podem ser constitucionais (ou seja, pela anatomia facial da própria pessoa) ou pelo envelhecimento.

As causas constitucionais incluem adesões da musculatura e outras estruturas palpebrais ao osso da órbita, causando essa depressão aparente sem a frouxidão tecidual.

Já durante o envelhecimento, ocorre uma frouxidão das estruturas faciais como um todo, com descenso da gordura da pálpebra. Visualmente, isso cria um aumento aparente na profundidade da “olheira”. O descenso inferior é limitado pela forte e direta adesão do músculo palpebral à parte óssea da sua região medial – essa queda das estruturas ocorre progressivamente, criando um aumento na profundidade, bem como no comprimento do tear trough. Com o aumento da magnitude do descenso, um sulco se desenvolve lateral e inferiormente ao inchaço da gordura central da pálpebra — o sulco palpebromalar. Este último cria uma demarcação visível e divisão da junção pálpebra-bochecha lateralmente.

– Tríade do sulco nasojugal: associação de várias características anatômicas que dão origem à deformidade tear trough (figura 2):

Figura 2. Tríade do sulco nasojugal.

1. Herniação de gordura orbital

2. Ligamento de sustentação do orbicular fortemente aderido ao longo do arcus marginalis (ou rebordo da órbita)

3. Ptose malar (queda malar)

Quais os possíveis tratamentos?

A correção dessa deformidade é desafiadora. Pode incluir procedimentos direcionados ao rejuvenescimento tanto da pálpebra inferior quanto da área média da bochecha, dependendo de sua gravidade. Em pacientes mais jovens (que possuem sulco nasojugal causado apenas por variações anatômicas) o tratamento consiste, geralmente, em preenchimento da goteira com ácido hialurônico ou lipoenxertia.

Em pacientes que apresentam a deformidade causada pelo envelhecimento, o tratamento depende do seu grau (figura 3). 

Porém, além do envelhecimento orbitário, toda a face média deve ser avaliada a fim de indicar a melhor forma.

Figura 3

– Classe I: “Deformidade do sulco nasojugal” ou “tear trough”: sulco nasojugal proeminente (pode ser constitucional).

– Classe III: Sulco nasojugal confluente com o sulco palpebromalar (depressão proeminente na região entre a pálpebra e a bochecha), na parte lateral da órbita inferior).

Classificação do envelhecimento da pálpebra e face média

Figura 3. Envelhecimento da face média e órbita

Deformidade

Grau 0

Sem linhas mediais ou laterais. O contorno é liso e jovem; nenhuma transição na junção palpebromalar.

Grau I

A linha medial ou sombra é leve ou sutil. A junção palpebromalar tem uma transição lateral suave.

Grau II

A junção palpebromalar mostra uma proeminência moderada, estendendo-se de medial a lateral.

Grau III

A junção palpebromalar mostra uma proeminência severa, com um degrau óbvio entre órbita e bochecha.

Grau IV

Deformidades mais graves são caracterizadas por mudanças que não se limitam à pálpebra.

OK, já entedi que depende do envelhecimento, mas enfim, qual o melhor tratamento para cada fase?

Casos mais leves e moderados (graus I e II) podem ser tratados com procedimentos menos invasivos com injetáveis: preenchimentos faciais, bioestimuladores de colágeno para melhora da firmeza de pele e tecnologias.

Pacientes que claramente se beneficiariam da cirurgia são aqueles com herniação de gordura orbital e significativa flacidez da pele (casos de envelhecimento mais avançados). As opções a serem avaliadas são: blefaroplastias com ressecção ou reposicionamento de bolsas de gordura, suspensão de SOOF ou lifting facial. 

Os tratamentos minimamente invasivos e cirúrgicos podem ser combinados, variando caso a caso.

Assim, a indicação do melhor tratamento deve sempre ser individualizada, após uma avaliação e exame físico completo realizado por um médico especialista.

Se quiser saber se seu cirurgião plástico é credenciado na SBCP clique aqui ou veja se ele possui o RQE (registro de qualificação de especialidade) em cirurgia plástica no CFM — clique aqui.

Para finalizar, eu já falei sobre as olheiras pigmentares em um blog anterior, se quiser relembrar, clique aqui.

O que é a toxina botulínica?

São toxinas purificadas derivadas de uma bactéria chamada Clostridium botulinum. Existem sete tipos da toxina: A, B, C, D, E, F e G, porém para uso estético, a tipo A é a mais segura e estável.

Como funciona?

A toxina inibe a contração muscular causando uma paralisia temporária e, com isso, atenua rugas e confere uma expressão mais suave.

Para que pode ser usada?

A toxina botulínica tem no tratamento estético sua mais conhecida e, talvez, principal atuação. Age de forma a atenuar rugas e aliviar traços faciais (“afinar o rosto”). Há, no entanto, excelente uso em diferentes áreas clínicas, como atenuação de enxaqueca e diminuição suas crises; melhora do aspecto na paralisia facial, com simetrização em casos tardios e/ou melhora da mímica em casos específicos; tratamento de espasmos faciais e palpebrais; alívio do bruxismo, além da resolução de hiperidrose (sudorese excessiva) e sialorréia (salivação excessiva).

A aplicação dói?

A aplicação é realizada com uma agulha muito fina e, para a maioria das pessoas, o desconforto é perfeitamente aceitável, porém, há a possibilidade do uso de cremes anestésicos tópicos (30 minutos antes) ou resfriamento local com gelo.

O efeito é imediato?

Não. O efeito tem início com 42 a 72 horas e seu pico de ação ocorre entre 7 e 14 dias.

Quanto tempo dura?

A perda de ação, vista com o início da movimentação dos músculos, é gradual e ocorre por volta dos 3 a 4 meses da aplicação.

Quando posso reaplicar?

A reaplicação pode ser feita a partir de 4 a 6 meses. O melhor momento para o novo tratamento ocorrerá após uma decisão conjunta entre o paciente e seu cirurgião plástico ou dermatologista. Aplicações mais precoces não são recomendadas, pois tendem a criar progressiva resistência à substância, com diminuição ou perda do efeito.

Qual a idade mínima para aplicação?

Não existe idade mínima, mas sim indicação correta. Ela deve ser feita pelo seu médico de confiança.

Posso ter efeitos colaterais?

Não são conhecidas reações alérgicas à toxina. Pode ocorrer cefaléia leve após o procedimento (facilmente tratada com analgésicos simples) ou pequenas manchas roxas nos locais de aplicação.

Posso aumentar o volume dos meus lábios com o produto?

Não. Para volumizar os lábios a indicação é de preenchimento com ácido hialurônico ou lipoenxertia de face. A toxina botulínica tem o efeito de bloquear o movimento muscular e não é indicada para essa finalidade.

RECOMENDAÇÕES APÓS O PROCEDIMENTO

– Não se deitar por 4 horas após o procedimento
– Não tomar sol (durante o primeiro dia ou enquanto houver equimoses – manchas roxas)
– Não realizar esforços físicos durante o primeiro dia
– Não massagear a região
– Usar protetor solar FPS 30
– Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.
– Retorne ao consultório para consultas agendadas

Sculptra® é um polímero biodegradável sintético composta de ácido poli-L-láctico (PLLA). Trata-se de um produto seguro, absorvível e biocompatível (não prejudica o organismo).

PARA QUE SERVE O SCULPTRA®? COMO ELE AGE?

Sculptra® é um dos mais potentes bioestimuladores existentes no mundo atualmente. A medida que é reabsorvido, gera uma resposta inflamatória controlada que, ao longo dos meses, estimula os fibroblastos a produzirem colégeno e elastina, preenchendo o tecido tratado. Estudos científicos comprovam o aumento da espessura da derme, com melhora da flacidez, restauração da firmeza e sustentação da pele. Melhora também o contorno facial e corporal, além de suavizar os sinais de envelhecimento.

OS RESULTADOS DE SCULPTRA® SÃO IMEDIATOS?

Não. Como sua resposta depende do estímulo local e produção natural de colágeno, seu resultado é mais lento, gradual e natural. Sua ação inicial pode ser percebida a partir do segundo mês, com resultados progressivamente melhores até um ano da aplicação.
Dentre as fases evolutivas, temos inicialmente a formação de um edema (inchaço). Em um a dois dias este líquido é reabsorvido, devolvendo ao paciente o aspecto anterior à administração do produto. O início da produção de colágeno começa 10 dias após, corrigindo gradualmente a flacidez e melhorando a volumização local.

QUANTO TEMPO DURA SEU EFEITO?

O efeito do PLLA é gradual e duradouro por até 25 meses.

QUE ÁREAS PODEM SER TRATADAS COM PLLA? QUAIS AS INDICAÇÕES?

Pode ser usado tanto para tratamento facial quanto corporal.
– Facial: melhora de rugas finas, flacidez e reposição do volume perdido com envelhecimento, após perda de peso maciça ou atletas. Nessa região o produto permite tratar os 3 planos: ósseo, partes moles e pele. Esse caráter global de tratamento é obtido através de diferentes técnicas de aplicação, que podem ser realizadas em uma mesma sessão. Permite, com isso, um resultado mais satisfatório e harmônico.
– Corporal: indicado para flacidez de pele e do tecido celular subcutâneo. Também é utilizado no tratamento da celulite, permitindo uma reposição volumétrica nas regiões deprimidas e uma restruturação local. Pode ser aplicado em regiões como pescoço, abdome, braços, coxas, glúteos, entre outras.

SCULPTRA® PODE SER REALIZADO EM QUALQUER REGIÃO DO ROSTO?

Não. O produto deve ser evitado em regiões palpebrais, no tratamento de olheiras, nos lábios e dorso nasal. Nessas regiões o mais indicado é o ácido hialurônico.

COMO É FEITO O PROCEDIMENTO?

Para um resultado otimizado e satisfatório, o produto (com apresentação de um pó liofilizado) precisa ser diluído e preparado entre 48 a 72 horas prévias à aplicação. É realizado em consultório e, caso utilizado na face, um creme anestésico na região ou mesmo um bloqueio local poderá trazer mais conforto ao procedimento. Dura em média 40 minutos, seguida de uma massagem local que deverá ser mantida pelos próximos 5 dias.

O PROCEDIMENTO É DOLOROSO?

O procedimento em consultório pode ser realizado com anestesia tópica (creme anestésico) ou bloqueio local, dependendo da sensibilidade individual de cada paciente.
Nos primeiros dias após a aplicação é comum um leve desconforto local (referente à resposta inflamatória) facilmente tratado com analgésicos simples.

QUAL A IDADE MÍNIMA PARA APLICAÇÃO?

Não há idade mínima para aplicação. Sua indicação formal é a partir dos 30 anos, mas esta sempre deverá ser associada a uma avaliação criteriosa do seu médico de confiança.

QUANTAS SESSÕES SÃO NECESSÁRIAS PARA OBTENÇÃO DE UM RESULTADO SATISFATÓRIO?

Como via de regra, para tratamento do envelhecimento facial, indica-se um frasco do produto por década de vida, a partir dos 30 anos. Entretanto, antes de qualquer generalização de sua indicação, é preferível uma avaliação pelo especialista e individualização do tratamento.
Após o término período de duração do efeito podem ser necessárias novas aplicações.

RECOMENDAÇÕES APÓS O PROCEDIMENTO

– Realizar a massagem da região, conforme orientado, 5 vezes ao dia, por 5 minutos, nos primeiros 5 dias (regra dos 5)
– Não tomar sol (durante o primeiro dia ou enquanto houver equimoses – manchas roxas)
– Não realizar esforços físicos durante o primeiro dia
– Usar protetor solar FPS 30
– Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.
Retorne ao consultório para consultas agendadas

O que é ultrassom micro e macrofocado? Com funcionam?

O ultrassom micro e macrofocado são tecnologias inovadoras e não invasivas utilizadas em tratamentos estéticos para promover a firmeza da pele, reduzir a flacidez, tratar gordura localizada e melhorar a aparência geral do rosto e do corpo. 

Apesar de utilizarem uma mesma plataforma, através de ajustes de ponteiras e profundidades, podemos atingir diferentes camadas da pele, gordura e músculos, com resultados distintos. Essa diferença de camadas é o que determina o tipo de aplicação.

O Ultrassom macrofocado é um técnica indicada para o tratamento da gordura localizada, flacidez e celulite. Ele age aquecendo as camadas mais profundas, causando coagulação e destruição das células de gordura, além de promover a remodelação do colágeno. Sua energia é concentrada em pontos específicos, o que torna o tratamento ainda mais efetivo. Atua através de ondas de calor emitidas de forma focada, causando pontos de coagulação na área desejada. A energia térmica aplicada estimula a produção de colágeno nos níveis mais profundos da pele. O transdutor do aparelho gera disparos contínuos na região tratada, atingindo profundidades entre 0,9 a 1,3 cm no tecido adiposo (gorduroso). Essa profundidade é ajustada pelo profissional de acordo com a espessura do tecido.

Por outro lado, o ultrassom microfocado é um tratamento não invasivo indicado para pacientes que desejam reduzir a flacidez da pele e os sinais de envelhecimento. É destinado à região da face, pescoço e colo, induzindo um processo inflamatório controlado na área de aplicação. Esse processo é feito através da destruição de micropontos em diferentes profundidades da pele. A região é, então, estimulada a produzir fibras de colágeno e a reestruturar as antigas fibras de sustentação, resultando no efeito de rejuvenescimento facial.

Quais as vantagens do ultrassom micro e macrofocado? Para quem são indicados?

O ultrassom micro e macrofocado são tratamentos inovadores e versáteis, cada um com suas próprias indicações específicas. 

O Ultrassom macrofocado é indicado para casos de gordura mais localizada, flacidez e celulite. A aplicação pode ser realizada em áreas como papada (submento), abdome, flancos, coxas, braços, prega axilar, joelhos, entre outras. É uma excelente opção para pessoas que desejam tratar áreas específicas do corpo que apresentam acúmulo de gordura e flacidez, proporcionando uma melhora significativa na aparência e contorno corporal.

Por sua vez, o ultrassom microfocado é indicado para pacientes que desejam reduzir a flacidez facial e os sinais de envelhecimento na região do rosto, pescoço e colo. É uma excelente opção para aqueles que desejam resultados eficazes sem a necessidade de recorrer a procedimentos invasivos, como cirurgia plástica.

Ambos permitem tratar qualquer fototipo de pele, seja ela branca, parda, amarela ou negra. É, portanto, uma opção segura e eficaz para uma ampla variedade de pacientes.

Outra vantagem é que podem ser aplicados em diversas épocas, sem preocupações com os efeitos do sol sobre a pele tratada, tornando-o uma escolha conveniente durante todo o ano.

Existe um preparo para o procedimento?

Geralmente, não é necessário um preparo extenso. Recomenda-se apenas que a pele esteja limpa e sem maquiagem no dia da sessão.

Quanto tempo demora?

O tempo de cada sessão pode variar mas, em geral, esses procedimentos são rápidos e podem durar entre 30 minutos a uma hora, dependendo da área tratada.

O procedimento dói?

A maioria dos pacientes relata um desconforto mínimo durante o procedimento. O médico pode aplicar um gel ou creme anestésico para tornar a experiência mais confortável.

Qual o intervalo entre cada sessão?

• Na face:

   – Para pacientes até 40 anos, é recomendada uma aplicação ao ano. Isso ajuda a manter a firmeza e a qualidade da pele, prevenindo os sinais de envelhecimento precoce.

   – Pacientes com mais de 40 anos podem se beneficiar com uma aplicação a cada 6 meses. Com o passar dos anos, a produção de colágeno diminui, podendo ser necessárias aplicações com um intervalo menor.

• Na papada (submento), pescoço e regiões corporais:

   – Em áreas como a papada, pescoço e outras regiões corporais, como braços, interno de coxas, culotes, flancos e abdômen, é possível realizar até 3 sessões ao ano, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

   Considerações importantes: as informações acima são protocolos gerais preestabelecidos, o intervalo entre as sessões pode variar de acordo com a resposta individual da pele de cada paciente e as recomendações específicas do médico especialista. É fundamental seguir as orientações deste para garantir a segurança e eficácia do tratamento.

   Manter uma rotina adequada de cuidados com a pele e hábitos saudáveis também pode potencializar os resultados e prolongar os benefícios do tratamento.

Como é a recuperação pós-procedimento?

A recuperação é geralmente rápida, com poucos efeitos colaterais. A maioria dos pacientes pode retornar às suas atividades diárias normais logo após o procedimento, sem necessidade de afastamentos.

Pode haver leve vermelhidão e inchaço temporário, que desaparecem em poucos dias. A região tratada pode ficar dolorida ao toque durante alguns dias após o procedimento. Essa sensibilidade é uma reação natural do corpo e geralmente diminui ao longo do tempo. No caso do ultrassom macrofocado, podem surgir algumas equimoses (roxos) locais.

Em quanto tempo percebo o resultado?

Muitos pacientes relatam uma melhora imediata após o tratamento. Isso ocorre pela contração das fibras de colágeno causados pela energia térmica emitida, resultando em uma aparência mais firme e tonificada da pele logo após a sessão.

No entanto, o verdadeiro impacto da tecnologia é percebido ao longo do tempo, à medida que o corpo aumenta a produção de colágeno em resposta ao tratamento. O colágeno é uma proteína fundamental na estrutura da pele, responsável por sua firmeza e elasticidade. Após o ultrassom mico e macrofocado, o corpo inicia um processo de regeneração que leva à formação de novo colágeno.

O pico de produção de colágeno geralmente ocorre entre 3 a 6 meses após o tratamento inicial. Neste período, os resultados tornam-se mais evidentes. Em alguns casos, os benefícios do tratamento podem continuar por um período mais prolongado, à medida que o processo de regeneração do colágeno continua.

É importante ter expectativas realistas e compreender que a paciência é fundamental para alcançar os resultados desejados. 

Quais as contraindicações?

Gestantes, lactentes, pessoas com feridas abertas, implantes metálicos/elétricos ou infecções na área a ser tratada, presença de doenças autoimunes, uso de anticoagulantes, queloides, e pacientes com doenças crônicas descompensadas podem não ser candidatos ideais para esses procedimentos. O médico avaliará a adequação de acordo com a condição de saúde de forma individual.

Recomendações pós-procedimento:

Os cuidados pós-procedimento incluem as rotinas habituais à pele, como higiene adequada, uso de cosméticos prescritos e filtro solar.

O Radiesse® é um preenchedor e um potente bioestimulador de colágeno. Composto por 30% de microesferas de hidroxiapatita de cálcio (uma substância naturalmente encontrada no corpo), e 70% por um gel carreador de carboximetilcelulose. Essa composição faz com que a sua fórmula seja biocompatível e segura.

Para que serve o Radiesse® e como ele age?

O Radiesse® é projetado para corrigir rugas e linhas de expressão, estimulando a produção natural de colágeno, elastina e proteoglicanas. Permite, além da melhora da elasticidade, a otimização da hidratação da pele. Além disso, possui um efeito regenerador tecidual, pela melhora que promove na matriz extracelular.

Atualmente, há no mercado duas apresentações: Radiesse Duo® e Radiesse Plus® – a única diferença entre elas é que a segunda possui, além da composição citada acima, anestésico lidocaína em pó. Ambas melhoram a qualidade da pele (skinquality), a flacidez e a hidratação.

A primeira apresentação é mais utilizada na sua forma diluída, num plano mais superficial, logo abaixo da pele.

Já Radiesse Plus® é utilizado puro, em planos mais profundos – fornece pontos de fixação e sustentação. Possui um efeito volumizador inicial, que dura em média 30 a 60 dias (tempo de absorção do seu gel carreador). A longo prazo, o efeito esperado é o de bioestímulo de colágeno. Como o envelhecimento ocorre em todas as camadas da pele, permite a ação rejuvenescedora desde as camadas mais profundas.

Os resultados do Radiesse® são imediatos?

A apresentação do Radiesse Plus® permite um resultado “cinderela” inicial, às custas do gel carreador, perdido com sua absorção (após uma média de 30 a 60 dias). Porém, a partir de 30 a 45 dias têm-se o início do efeito de produção de colágeno, a melhora da hidratação e da elasticidade da pele (pela presença da hidroxiapatita de cálcio). 

No caso da apresentação Duo®, esse efeito cinderela não é percebido. Há um edema (inchaço) de aparecimento nos primeiros 3 dias, como consequência do plano de aplicação e diluição do produto. O efeito na pele, da mesma forma que ocorre no Radiesse Plus®, pode ser observado após 30 a 45 dias da aplicação. 

Quais áreas podem ser tratadas com o Radiesse®?

O Radiesse® é versátil e pode ser utilizado como tratamento facial e corporal.

No corpo, inclui regiões como mãos (único bioestimulador aprovado pelo FDA), pescoço, colo, abdome (tratamento do umbigo triste), glúteos, face interna de coxas, braços, entre outras.

Os resultados duram para sempre?

Por ser biocompatível, a hidroxiapatita é reabsorvida pelo organismo em um período médio de 18 meses. Porém, o seu efeito de bioestímulo, com produção de colágeno, possui uma duração prolongada e individual para cada paciente.

Como é feito o procedimento?

O procedimento com Radiesse® é realizado em consultório, com creme e/ou bloqueio anestésico. É relativamente rápido, com um tempo total estimado de 1 hora. Os pacientes podem retomar suas atividades normais logo após a aplicação (não possuem downtime). Algum edema (inchaço) e equimoses (roxinhos) podem ocorrer, mas não limitam atividades e não costumam ser motivos de incômodos para os pacientes. 

O procedimento é doloroso?

A maioria dos pacientes relata apenas desconforto leve durante o procedimento. O Radiesse Plus® contém um anestésico local que minimiza qualquer desconforto. Além disso, o médico pode lançar mão de recursos que garantam uma experiência o mais confortável para o paciente, como o uso de cremes anestésicos potentes, bloqueios, superfícies geladas e dispositivos vibratórios.

Qual a idade mínima para aplicação?

Em geral é utilizado a partir dos 30 anos, quando temos os primeiros sinais do envelhecimento. Porém, não há uma idade mínima estabelecida para a aplicação de Radiesse®. A decisão de realizar o procedimento dependerá das necessidades estéticas individuais do paciente. 

Quantas sessões são necessárias para um resultado satisfatório?

O número de sessões depende da avaliação individual e do grau de flacidez de cada paciente.

Pode ser indicado um tratamento inicial de 1 a 3 sessões, sendo que há a tendência de que, em tratamentos corporais, mais sessões sejam indicadas. Após essa aplicação inicial, é indicado uma manutenção anual de sessões que variam, em média, de 1 a 3.

Uma opção para pacientes que desejam um resultado mais rápido com menor número de sessões, é a aplicação de um maior número de seringas em um mesmo dia, permitindo um resultado similar com otimização de tempo. 

Lembrando que a indicação do tratamento depende de uma avaliação médica especializada e individualizada.

Recomendações pós-procedimento

Após a aplicação de Radiesse®, os pacientes são aconselhados a evitar exposição excessiva ao sol, atividades físicas intensas e maquiagem nas primeiras horas após o procedimento. 

Para o Radiesse Duo® é indicado uma massagem local durante 5 dias, 2 a 3 vezes ao dia, 5 minutos por vez.

Também é recomendado seguir as instruções específicas do profissional de saúde para garantir uma recuperação tranquila e otimizar os resultados.

Essas tecnologias são indicadas para diminuir a flacidez cutânea, causada pelo envelhecimento, gestações, perda de peso ou mesmo pela lipoaspiração.

RENUVION®

O que é o renuvion®? Como ele funciona? 

O Renuvion® é um procedimento cirúrgico estético que combina radiofrequência com gás hélio para tratar a flacidez da pele. Durante o procedimento, um dispositivo é inserido sob a pele por meio de pequenas incisões semelhantes às utilizadas em lipoaspiração. Esse dispositivo emite uma energia controlada composta por radiofrequência e gás hélio ionizado, que se transforma em plasma. Essa energia é direcionada para os septos subcutâneos, que conectam a pele à musculatura, promovendo uma retração instantânea dos tecidos.

Além da retração imediata, o calor local gerado pelo Renuvion® estimula a produção de colágeno, contribuindo para melhorias progressivas e duradouras na flacidez da pele. Os resultados imediatos podem variar de 40% a 50%, com a capacidade total de retração atingindo até 80%. Essas melhorias continuam a se desenvolver até 9 meses após o procedimento.

Assim, o tratamento visa oferecer uma alternativa eficaz para quem busca melhorias estéticas significativas, proporcionando uma pele mais firme e rejuvenescida.

Como é realizado o procedimento com Renuvion®? 

O Renuvion® é realizado em um ambiente cirúrgico sob anestesia geral. Após a indução da anestesia, o cirurgião realiza um corte semelhante ao utilizado em procedimentos de lipoaspiração. A cânula do dispositivo Renuvion® é então inserida na área a ser tratada. O tempo de cirurgia é diretamente proporcional ao número de regiões tratadas.

Tempo de internação

O tempo de permanência no hospital após o Renuvion® varia de acordo com o porte cirúrgico e cirurgias associadas. A alta pode ocorrer no mesmo dia do procedimento ou pode ser necessário que o paciente pernoite no hospital.

Quando o Renuvion® é indicado? 

O Renuvion® é indicado para qualquer paciente que apresente queixas de flacidez corporal em diversas áreas, tais como abdome, braços, coxas (incluindo região interna), costas e submento (papada). Lembrando que o candidato ao procedimento deve estar em boas condições de saúde.

O Renuvion® pode ser associado a outros procedimentos? 

Sim, pode ser associado a qualquer cirurgia estética (respeitando sempre porte e tempo cirúrgico seguros). Porém, suas associações mais comuns são com os procedimentos de contorno corporal, principalmente a lipoescultura.

Quais as complicações do Renuvion®? 

Embora complicações sejam raras, como em qualquer procedimento cirúrgico, o Renuvion® pode apresentar riscos potenciais. Possíveis complicações incluem infecções, hematomas, reações adversas à anestesia, cicatrização inadequada, queimaduras e assimetrias. O diálogo aberto com o profissional de saúde de sua confiança é fundamental para uma compreensão completa dos potenciais efeitos colaterais e complicações associadas ao procedimento.

Quais são as contraindicações do Renuvion®? 

Apesar de ser uma opção eficaz para muitos, o Renuvion® possui contraindicações importantes. Gestantes, lactantes, pessoas com histórico de quelóides, distúrbios de coagulação sanguínea, infecções ativas na área de tratamento, e pacientes com condições médicas pré-existentes específicas podem não ser candidatos ideais. A avaliação completa do histórico médico é crucial para garantir a segurança e eficácia do Renuvion® para cada paciente.

Como é o pós operatório do Renuvion®? 

O pós-operatório do Renuvion®, assim como em outros procedimentos estéticos invasivos, requer cuidados específicos para otimizar a recuperação do paciente.

• Use de Malhas de Compressão: essas malhas ajudam a minimizar o inchaço, proporcionam suporte à área tratada e auxiliam na modelagem adequada da pele durante a cicatrização.
• Realize fisioterapia especializada: a fisioterapia especializada desempenha um papel crucial na recuperação, ajudando a restaurar a mobilidade, reduzir o desconforto e garantir uma recuperação mais eficaz.
• Repouse e evite atividades intensas: é essencial que os pacientes respeitem a recomendação de repouso durante os primeiros dias após o procedimento. 
• Utilize medicamentos prescritos corretamente: seguir rigorosamente as instruções do médico em relação à medicação é fundamental para uma recuperação tranquila.
• Evite exposição ao sol: é aconselhável evitar exposição direta ao sol na área tratada durante os 6 primeiros meses de pós cirúrgico. O uso de protetor solar e roupas com fator de proteção solar são recomendadas quando a exposição solar não puder ser evitada.
• Faça o acompanhamento médico recomendado: o acompanhamento regular com o profissional de saúde é crucial. O seu médico acompanhará o progresso da recuperação, removerá os pontos de sutura conforme necessário e ajustará o plano de cuidados conforme a evolução do paciente.

É importante ressaltar que o pós-operatório pode variar de paciente para paciente, e as orientações exatas serão fornecidas pelo cirurgião plástico responsável pelo procedimento. O cumprimento rigoroso dessas orientações é essencial para uma recuperação bem-sucedida e para alcançar os melhores resultados estéticos possíveis.

MORPHEUS®

O que é o Morpheus®? Como ele funciona?

Morpheus® é um tratamento que combina microagulhamento fracionado e radiofrequência para rejuvenescer a pele, reduzir rugas e melhorar a textura cutânea. Esse procedimento não invasivo é adequado para diversas áreas do corpo, proporcionando resultados notáveis.

Pequenas agulhas fracionadas penetram na pele, entregando energia de radiofrequência controlada nas camadas profundas. Essa energia estimula a produção de colágeno e elastina, promovendo a regeneração celular e melhorando a qualidade da pele.

Como é o procedimento do Morpheus®?

• Preparo da pele: antes do procedimento, a pele na área de tratamento é limpa para remover qualquer resíduo de maquiagem, óleo ou sujeira. Em alguns casos, um creme anestésico tópico pode ser aplicado para minimizar o desconforto.
• Aplicação do dispositivo Morpheus®  propriamente dito: o dispositivo, equipado com microagulhas fracionadas e tecnologia de radiofrequência, é cuidadosamente aplicado na área-alvo. As microagulhas penetram na pele, enquanto a radiofrequência é liberada, atingindo camadas mais profundas.
• Ajustes personalizados: o profissional realiza ajustes nas configurações do Morpheus® de acordo com as necessidades específicas do paciente, personalizando a profundidade da penetração das agulhas e a intensidade da radiofrequência.

Quanto tempo dura cada sessão de Morpheus®? Quantas sessões terei que realizar?

Cada sessão do Morpheus® dura geralmente de 20 a 30 minutos, dependendo da área tratada e das configurações escolhidas. O tempo exato pode variar, mas o procedimento é projetado para ser rápido e eficiente.

O número de sessões de Morpheus® pode variar dependendo das necessidades estéticas individuais do paciente, da área tratada e das expectativas em relação aos resultados. No entanto, em geral, são recomendadas de 1 a 3 sessões para obter resultados ótimos. A decisão sobre o número exato de sessões será determinada durante a consulta inicial entre o paciente e o profissional de saúde. Durante essa consulta, o profissional avaliará as preocupações específicas do paciente, a condição da pele, e discutirá as metas desejadas. Com base nessas informações, será elaborado um plano de tratamento personalizado, incluindo o número estimado de sessões necessárias.

Qual a sensação durante o procedimento?

Durante o procedimento, o paciente pode sentir uma sensação de calor e desconforto pela penetração das microagulhas e à ação da radiofrequência. O uso de cremes anestésicos e resfriamento da pele ajuda a minimizar esse desconforto.

Como é a recuperação após o Morpheus®?

Após o Morpheus®, é possível observar vermelhidão e inchaço temporários na área tratada. Os pacientes podem aplicar cremes e corretivos recomendados para aliviar qualquer desconforto.

Com quanto tempo é percebido o resultado? Quando terei o resultado final do Morpheus®?

Os resultados do Morpheus® variam caso a caso, mas, em geral, podem ser percebidos aproximadamente 3 semanas após a primeira sessão. No entanto, é importante observar que o Morpheus® é projetado para oferecer melhorias progressivas ao longo do tempo.

O resultado final do Morpheus® pode continuar a melhorar até vários meses após a conclusão do tratamento. A produção de colágeno estimulada pela radiofrequência leva algum tempo para se manifestar completamente, proporcionando uma melhora gradual na textura da pele, redução de rugas, linhas finas e flacidez.

Quais as contraindicações ao Morpheus®?

• Gestação e lactação: Morpheus® é contraindicado para mulheres grávidas ou em período de amamentação devido à falta de dados suficientes sobre os efeitos do procedimento durante essas fases.
• Feridas abertas ou infecções na área de tratamento: pacientes com feridas abertas ou infecções na área a ser tratada não são candidatos ideais ao Morpheus®, pelo risco de agravamento da lesão.
• Histórico de quelóides e cicatrizes patológicas: pessoas com histórico de formação de queloides podem não ser adequadas para o Morpheus®, pois há o risco de estimular uma resposta cicatricial exagerada.
• Condições médicas preexistentes ou doenças crônicas descompensadas: certas condições médicas preexistentes podem contraindicar o Morpheus®. Pacientes com distúrbios de coagulação sanguínea, por exemplo, podem estar em maior risco de complicações. Hipertensão e diabetes descompensadas, bem como outras patologias mal tratadas também contraindicam o procedimento.
• Uso de medicamentos específicos: alguns medicamentos podem interferir no processo de cicatrização ou aumentar o risco de complicações. O profissional de saúde avaliará o uso de medicamentos específicos antes de recomendar o Morpheus®.
• Histórico de reações adversas a procedimentos similares: indivíduos que tiveram reações adversas a tratamentos estéticos semelhantes podem ser considerados de maior risco e, portanto, podem ser contraindicados ao Morpheus®.
• Avaliação individual do histórico médico: cada paciente é único, e uma avaliação detalhada do histórico médico é crucial. Informações como condições de saúde específicas, alergias e tratamentos anteriores serão consideradas para determinar a adequação ao Morpheus®.

É fundamental ressaltar que apenas um profissional de saúde qualificado pode determinar se o Morpheus® é apropriado para um paciente específico. A avaliação individualizada leva em consideração fatores únicos que podem influenciar a segurança e eficácia do procedimento para cada indivíduo.

Quais as principais vantagens do Morpheus®?

Suas principais vantagens são:

• Rejuvenescimento da pele: o Morpheus® é projetado para rejuvenescer a pele, melhorar sua textura e reduzir rugas e linhas finas, proporcionando uma aparência mais jovem e revitalizada.
• Versatilidade nas áreas de aplicação: pode ser aplicado em várias áreas do corpo, incluindo o rosto, pescoço e corpo, oferecendo uma solução versátil para diversas preocupações com a pele.
• Estímulo ao colágeno: ao combinar microagulhamento fracionado com radiofrequência, o Morpheus® estimula a produção de colágeno e elastina, promovendo a regeneração celular e melhorando a saúde geral da pele.
• Procedimento minimamente invasivo: o Morpheus® é menos invasivo do que procedimentos cirúrgicos, o que resulta em um menor tempo de recuperação em comparação com intervenções mais agressivas.

Acompanhamento pós Morpheus®

O paciente realiza consultas de acompanhamento conforme recomendado pelo profissional de saúde para avaliar os resultados, monitorar a recuperação e ajustar o plano de cuidados, se necessário.

É essencial que todas as etapas do procedimento sejam realizadas por um profissional qualificado e experiente para garantir a segurança e eficácia do Morpheus®. Cada paciente recebe um plano de tratamento personalizado para atender às suas necessidades específicas.

BODYTITE®

O que é o BodyTite®? Como ele funciona?

O BodyTite® é uma avançada tecnologia estética que visa remodelar a silhueta, eliminar gordura localizada e tratar a flacidez cutânea. Sua diferenciação está na aplicação de radiofrequência bipolar, que não apenas queima a gordura, mas também estimula a retração da pele.

O procedimento utiliza ponteiras com cânulas finas e sondas externas para transferir a radiofrequência aos tecidos adiposos. A distribuição uniforme do calor preserva a integridade de nervos e estruturas delicadas. A tecnologia RFAL (Radiofrequency-Assited Lipolysis ou Lipólise Assistida por Radiofrequência) combina a aplicação de radiofrequência com a lipólise (processo de quebra de gordura). Essa abordagem busca não apenas eliminar a gordura localizada, mas também estimular a retração da pele, promovendo um contorno corporal mais firme e tonificado. A aplicação da RFAL no BodyTite® visa alcançar uma remodelação tridimensional, atuando nas camadas de gordura subcutânea, tecido conjuntivo e derme. Essa técnica contribui para resultados estéticos associados a um menor tempo de recuperação em comparação a procedimentos mais invasivos.

Como é o procedimento do BodyTite®?

O procedimento é realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral ou bloqueio. Pequenas incisões, semelhantes às da lipoaspiração, são feitas para a inserção das cânulas de radiofrequência. A energia de é aplicada nas camadas profundas da pele, promovendo a lipólise e estimulando a produção de colágeno.

O tempo do procedimento pode variar, geralmente durando de 1 a 3 horas, dependendo da extensão e áreas tratadas. O tempo de internação depende do porte cirúrgico, podendo durar 1 dia, ou o paciente pernoitar no hospital.

Como é a recuperação do BodyTite®?

A recuperação varia conforme o porte cirúrgico e procedimentos associados. Quando procedimento isolado é, em geral, relativamente rápida, com retorno às atividades normais em 1 a 10 dias. Os resultados começam a ser clinicamente visíveis a partir do segundo mês, alcançando o pico de formação de colágeno entre o sexto e nono mês. A retração da pele persiste, proporcionando resultados duradouros.

Quais as indicações do BodyTite®?

Indicado para:

• Remodelação da silhueta.
• Eliminação de gordura localizada.
• Tratamento da flacidez de pele.

Pode ser associado a outros procedimentos?

Sim, o BodyTite® pode ser associado a procedimentos cirúrgicos tradicionais, oferecendo uma abordagem complementar para resultados mais abrangentes. Sua associação mais comum é com a lipoescultura, promovendo uma retração de pele adicional em áreas com maior tendência à flacidez.

Quais as complicações do BodyTite®?

O BodyTite® apresenta menor incidência de hematomas, inchaço e dor em comparação com procedimentos mais invasivos. As cicatrizes são mínimas, e complicações são geralmente limitadas. A segurança é reforçada pelo controle preciso de temperatura durante o procedimento, garantindo a integridade dos tecidos.

Como é o pós operatório do BodyTite®?

Após o procedimento, é crucial seguir cuidados específicos para garantir uma recuperação tranquila e resultados estéticos satisfatórios. Aqui estão as orientações para o período pós-operatório:

• Utilize de malhas de compressão: o uso de malhas de compressão é recomendado. Essas peças desempenham um papel essencial na minimização do inchaço, oferecendo suporte à área tratada e auxiliando na modelagem adequada da pele durante o processo de cicatrização.
• Repouse e evite atividades intensas: é fundamental respeitar o período de repouso. Evitar atividades físicas intensas contribui para uma recuperação mais eficaz e minimiza o risco de complicações.
• Siga a prescrição médica rigorosamente: o uso correto dos medicamentos prescritos pelo médico é essencial para o controle da dor e desconforto pós-operatório. Seguir rigorosamente a prescrição contribui para uma recuperação mais tranquila.
• Evite exposição ao sol: recomenda-se evitar a exposição direta ao sol na área tratada durante os seis primeiros meses após o procedimento. Quando a exposição solar não puder ser evitada, é aconselhável utilizar protetor solar e roupas com fator de proteção solar.
• Fisioterapia especializada: dependendo do caso, o seu cirurgião pode recomendar fisioterapia especializada. Essa abordagem visa restaurar a mobilidade, reduzir o desconforto e contribuir para uma recuperação mais eficaz.
• Respeite os retornos pós operatórios: o acompanhamento regular com o cirurgião plástico é fundamental. Durante essas consultas, o médico avaliará o progresso da recuperação, realizará a remoção dos pontos de sutura conforme necessário e ajustará o plano de cuidados de acordo com a evolução do paciente.

É essencial observar que o pós-operatório pode variar de paciente para paciente, e as orientações específicas serão fornecidas pelo cirurgião plástico responsável pelo procedimento. O cumprimento rigoroso dessas orientações é essencial para uma recuperação bem-sucedida e para alcançar os melhores resultados estéticos possíveis.

ARGOPLASMA®

O que é Argoplasma®? Como funciona?

O Argoplasma® é uma tecnologia que emprega a combinação de energia de plasma e radiofrequência com o propósito de tratar a flacidez cutânea em diversas regiões do corpo, proporcionando resultados visíveis e de longa duração. No decorrer do procedimento, uma ponteira especial emite energia de plasma de argônio, gerando pontos de calor controlados. Esse processo estimula a produção de colágeno e promove a contração da pele. Esta abordagem minimamente invasiva revela-se eficaz na melhoria da firmeza e elasticidade cutânea.

Como é o procedimento?

O procedimento de Argoplasma® envolve uma técnica cirúrgica meticulosa, conduzida por um cirurgião plástico qualificado. Este profissional realiza pequenas incisões na pele para permitir o acesso da ponteira especial que emite energia de plasma de argônio e radiofrequência. 

O procedimento geralmente é realizado sob anestesia geral. Porém, a escolha da anestesia é determinada em conformidade com as características individuais do paciente e a extensão da intervenção. Quanto ao tempo de internação, este varia de acordo com o porte cirúrgico, associação de procedimentos e características individuais de cada paciente.

Como é a recuperação após o procedimento de Argoplasma®?

A recuperação varia de acordo com a extensão da cirurgia e a resposta individual do paciente. Geralmente, é recomendado um período de repouso e cuidados especiais nas primeiras semanas. A incorporação do plasma de argônio® visa acelerar o processo de regeneração tecidual, colaborando para uma recuperação mais breve.

Quais as indicações do Argoplasma®?

O Argoplasma® é recomendado para o tratamento da flacidez cutânea em regiões como braços, abdome, coxas e glúteos. Adicionalmente, apresenta-se como uma opção complementar, podendo ser associado a procedimentos de lipoaspiração e outras intervenções estéticas.

Pode ser associado a outros procedimentos?

Sim, o Argoplasma® pode ser associado a lipoaspiração e outros procedimentos estéticos, oferecendo resultados mais abrangentes. 

Quais as complicações do Argoplasma®?

Como em qualquer procedimento médico, existem riscos potenciais que serão discutidos durante a consulta. Complicações podem incluir vermelhidão, inchaço, sensibilidade e formação de crostas temporárias e, menos frequentemente, fibroses e discromias (alteração da coloração da pele).

Quais as contraindicações do Argoplasma®?

• Gravidez e amamentação: como todo procedimento cirúrgico estético, Argoplasma® não é recomendado para mulheres grávidas ou em período de amamentação.
• Problemas dermatológicos ativos: condições dermatológicas ativas, como infecções cutâneas ou dermatites.
• Histórico de cicatrizes patológicas: pacientes com histórico de queloides ou cicatrizes hipertróficas.
• Doenças autoimunes e imunossupressão: indivíduos com doenças autoimunes ou que estejam em terapias imunossupressoras devem evitar o Argoplasma®, pois a estimulação da resposta imunológica pode ser contraproducente.
• Doenças crônicas descompensadas
• Histórico de reações adversas a procedimentos estéticos: indivíduos com histórico de reações adversas significativas a procedimentos estéticos similares.

É fundamental que cada paciente passe por uma avaliação médica detalhada para determinar a adequação do Argoplasma®, levando em consideração a sua condição de saúde específica e histórico médico.

QUAL A MELHOR TECNOLOGIA PARA RETRAÇÃO DE PELE?

Renuvion®, BodyTite®, Morpheus®, Argoplasma® são inovações tecnológicas recentes que têm revolucionado o cenário do tratamento de flacidez cutânea. Cada uma dessas tecnologias oferece abordagens únicas, apresentando vantagens e desvantagens que podem ser consideradas pelo cirurgião em consonância com as necessidades específicas de cada paciente.

É crucial destacar que a escolha entre essas tecnologias dependerá das características individuais de cada paciente, bem como das metas específicas do procedimento. O cirurgião, ao considerar fatores como a extensão da flacidez, a preferência do paciente e o tempo de recuperação desejado, poderá selecionar a tecnologia mais apropriada para otimizar os resultados.

Em suma, não é possível determinar uma tecnologia como sendo superior às demais, uma vez que cada uma delas oferece benefícios distintos. A decisão reside na habilidade do cirurgião em avaliar as necessidades individuais de seus pacientes e escolher a abordagem mais adequada para proporcionar resultados estéticos eficazes e seguros.

AS TECNOLOGIAS (RENUVION / BODYTITE / ARGOPLASMA) SUBSTITUEM A ABDOMINOPLASTIA?

Em casos de flacidez leve ou moderada, o uso dessas tecnologias pode, sim, substituir a retirada de pele. No entanto, é importante destacar que o resultado esperado é individual. É crucial lembrar que as incisões para a aplicação desses aparelhos são pequenas. Portanto, caso haja a substituição, as diástases do músculo reto abdominal e hérnias de parede abdominal não são corrigidas, ou é necessário recorrer a procedimentos associados, como a correção por meio de cirurgia robótica, para realizar esse tratamento.

Excesso de pele, evidência de bolsas de gordura e ptose (queda) do ROOF promovem esse aspecto envelhecido e podem ser tratados cirurgicamente. 

Gordura retro-orbicular (ROOF)

A gordura retro-orbicular (ou ROOF) é um tecido adiposo que se localiza na região profunda do supercílio (ou sobrancelha). 

Com o processo do envelhecimento, ou mesmo como característica individual em jovens e prevalente em algumas etnias, esse tecido descende (cede), posicionando-se na região lateral da pálpebra superior. Seu prolapso apresenta-se como um aumento de volume local, conferindo à região um aspecto de “inchado” e “cansado”.

Foto 1: Posição esperada do ROOF

Consequentemente, além da pele, as estruturas de gordura profundas também devem ser corrigidas. 

A cirurgia é realizada através de uma incisão localizada no sulco palpebral superior (a mesma utilizada na blefaroplastia). As cicatrizes são posicionadas de forma que fiquem bem escondidas nas estruturas da região.

A ressecção da gordura retro-orbicular do olho (ROOF) em conjunto com a blefaroplastia  estética consiste na capacidade de suavizar e reduzir o peso e o volume na região palpebral superior. Essa combinação cirúrgica é realizada em, aproximadamente, 90% das cirurgias palpebrais da minha prática clínica atual.

O procedimento dura, em média, 1h e o paciente tem alta hospitalar no mesmo dia.

Foto 2: Blefaroplastia superior (a retirada de ROOF pode ser realizada através das mesmas incisões cirúrgicas.

A blefaroplastia é um dos procedimentos faciais mais realizados no mundo. Pacientes com queixas de olhos cansados, excesso de pele, pálpebras caídas ou olheiras, podem beneficiar-se do procedimento e/ou de outras abordagens que promovem o rejuvenescimento facial, como: lifting de supercílio, lasers ou peelings químicos e outros tratamentos na região periocular. Porém, suas indicações são distintas e dependem de um correto diagnóstico do problema a ser tratado. O exame físico e a sua indicação devem sempre ser realizados por um profissional capacitado.

Referências:

1990. May, J. Fearon, P. Zingarelli, Published 1 October 1990. Medicine Plastic and Reconstructive Surgery

Saldanha O. Lipoabdominoplastia. Rio de Janeiro:Di Livros; 2004.

Wang X, Wang H. Anatomical Study and Clinical Observation of Retro-orbicularis Oculi Fat (ROOF). Aesthetic Plast Surg. 2020 Feb;44(1):89-92.

Essa pesquisa, produzida pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), comparou o uso da toxina, no decorrer de 13 anos, em duas irmãs gêmeas idênticas. Uma delas fazia uso do tratamento regularmente, já a outra fez um tratamento mínimo. E o resultado foi surpreendente.

É sabido que as rugas dinâmicas, como as linhas frontais horizontais (da testa), as linhas glabelares e os pés de galinha, derivam da contração de determinados músculos. Quando inibimos a contração desses músculos, através do uso da toxina botulínica, temos uma melhora significativa dessas linhas faciais. O uso da toxina botulínica para tratamentos como estes tem duração de 3 a 6 meses e, quando repetido, há uma progressiva e mais longa melhora na sua ação (para relembrar um blog anterior, mais detalhado sobre esse assunto, clique AQUI).

Esse estudo, que comparou a ação da toxina botulínica em gêmeas idênticas por longos anos, foi uma inovação no meio, já que a maioria dos trabalhos limitam-se a avaliar a eficácia da toxina em apenas 1 ano.

Metodologia

Na análise, uma das gêmeas recebeu a toxina na testa (região frontal) e na região glabelar por aproximadamente 2 a 3 vezes no ano, durante os últimos 13 anos. E nos últimos 2 anos, também recebeu a aplicação na região dos pés de galinha. 

Já outra irmã recebeu apenas 2 tratamentos, na fronte e na região glabelar, sendo um deles aplicado há 7 anos e o segundo há 3 anos.

Resultados

Através da comparação das suas fotografias, foi possível perceber que as linhas de expressão frontais e na região glabelar são imperceptíveis na gêmea que recebeu um maior número de tratamento.

Não houve diferença entre elas quanto a análise dos pés de galinha em repouso (análise estática). Porém, quando as gêmeas sorriem, há uma diferença significativa entre a que recebeu o tratamento e a que não recebeu (análise dinâmica).

Os sinais de envelhecimento foram similares nas áreas que não receberam aplicação da toxina.

Conclusão

Já são de conhecimento popular os benefícios da toxina botulínica em relação ao rejuvenescimento da pele e seu papel na atenuação de rugas e linhas de expressão. Porém, com esse estudo, foi possível comprovar que o seu uso prolongado pode, além de tratar sinais já existentes, prevenir o surgimento de novas rugas, retardando o envelhecimento facial.

Além disso, também já foi comprovado em literaturas anteriores, que aplicações repetidas, em intervalos regulares, podem aumentar as taxas de resposta à toxina botulínica, prolongar sua ação e diminuir os efeitos adversos, quando comparados a aplicações únicas.

Meus pacientes sabem que eu sempre indico a toxina como parte de um tratamento prolongado para retardar o envelhecimento facial, e não somente como melhora temporária durante sua ação. Aí está o motivo!

Já fiz alguns textos sobre a toxina, se quiser relembrar:

• Qual a diferença entre toxina botulínica e preenchimento facial?
• Quando não aplicar toxina botulínica?
• Perguntas e respostas sobre toxina botulínica

Referência:

MD, William J. Binder. Long-Term Effects of Botulinum Toxin Type A (Botox) on Facial Lines: A Comparison in Identical Twins. In: Arch Facial Plast Surg. vol.8. p. 426-431. nov/dec 2006.

Cientistas italianos descobriram mais 1 efeito negativo do consumo excessivo de álcool: o envelhecimento precoce.

A ligação entre o álcool e o seus danos relacionados ao envelhecimento começam no nível celular, com o encurtamento dos telômeros (região na extremidade dos cromossomos que determina o envelhecimento).

Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade de Pádua, em colaboração com a Universidade de Milão e a Fundação IRCCS de Milão (Centro de Epidemiologia Molecular e Genética).

Ela foi dirigida pelos médicos Andrea Baccarelli e Sofia Pavanello, e apresentada na 101ª Reunião Anual da Associação Americana de Pesquisa para o Câncer, em 2010, em Washington.

Posteriormente, em 2017, um estudo japonês, liderado por Narushia Yamaki, da Escola de Medicina da Universidade de Kobe, chegou à mesma conclusão.

Esse segundo trabalho foi apresentado durante a reunião da Sociedade de Pesquisa em Alcoolismo (RSA).

As conclusões de ambas as pesquisas são similares: o consumo excessivo de álcool causa danos aos telômeros, acelerando o processo de envelhecimento celular.

Agora que você já sabe que consumir álcool demais é um problema na luta antienvelhecimento, venha entender um pouco mais sobre os danos que ele causa.

Mas, antes, vou te explicar a correlação dos telômeros com as descobertas destes estudos.

Afinal, o que são telômeros e o que eles têm a ver com o envelhecimento?

Conhecidos como a chave do envelhecimento, telômeros são as extremidades dos cromossomos.

Sua principal função no DNA é proteger o material que o cromossomo transporta.

Na medida em que nossas células se dividem,  multiplicando-se  e regenerando os tecidos e órgãos do nosso corpo, o tamanho dos telômeros vai se reduzindo com o passar do tempo. Quando finalmente ficam pequenos e não mais capazes de proteger o DNA, o processo de divisão celular cessa.

Por isso, seu tamanho é conhecido como um sinal de envelhecimento celular. Uma outra pesquisa, ganhadora do Prêmio Nobel de medicina, também correlacionou tal envelhecimento celular com o câncer.

Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak descobriram que a enzima telomerase pode proteger os cromossomos deste envelhecimento , regenerando os telômeros.

O que isso significa? Que é possível retardar o envelhecimento celular.

Isso acontece porque essa enzima ajuda a impedir seu encolhimento a cada divisão celular, o que ajuda a manter a juventude biológica.

Agora que você já entendeu um pouco mais sobre os telômeros, sobre o envelhecimento celular e suas consequências, inclusive sobre a incidência de câncer, vamos entender um pouco mais sobre o estudo deste nosso artigo.

A influência do álcool na luta antienvelhecimento

O estudo, liderado por Andrea Baccarelli e Sofia Pavanello, incluiu 200 usuários de álcool e 57 pessoas no grupo de controle.

Os telômeros foram quase divididos pela metade em usuários de álcool em comparação com o grupo de  abstinentes.

Ele diminuiu de acordo com a quantidade de bebida, particularmente em indivíduos que ingerem mais de 4 doses por dia.

Estudos epidemiológicos também mostraram que, entre indivíduos da mesma idade, aqueles com telômeros mais curtos apresentam maior risco de doenças relacionadas à idade, como câncer.

Esse foi o primeiro estudo que relacionou este encurtamento ao abuso de álcool.

Foi encontrada uma associação estatisticamente significante entre idade e redução no telômero de usuários de álcool, mas não no grupo de controle.

Como eles tornam-se mais curtos a cada divisão celular, com o passar dos anos ficam tão pequenos que impedem a divisão das células – o que as danifica seriamente ou até mesmo as destrói.

Diminua seu consumo de álcool para vencer a luta antienvelhecimento e ter mais saúde. Seu corpo agradece!

Andrea Baccarelli, um dos líderes do estudo, explica que pessoas que bebem em demasia costumam ter o olhar abatido e frequentemente têm a aparência envelhecida.

Eles também costumam desenvolver doenças típicas do envelhecimento ainda jovens.

Assim, hoje descobrimos que o abuso do álcool influencia diretamente no envelhecimento celular.

Também mostramos aqui como esse envelhecimento pode influenciar no aparecimento de doenças como o câncer, conhecendo suas possíveis consequências.

Não importa se você está preocupado com a sua aparência, a conclusão da pesquisa é um alerta para que você evite o abuso do álcool de maneira geral.

Nunca é demais alertar para que você beba com moderação, para que seus momentos de lazer e diversão não tenham graves consequências no futuro.

Já falei sobre a relação do envelhecimento com o encurtamento do telômero em 2 artigos anteriores, que podem te interessar:

1. O estresse e o envelhecimento;
2. Dia mundial do exercício físico.

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Fontes:

1. Biblioteca de Medicina dos Estados Unidos;
2. Jornal de Pesquisas Psiquiátricas;
3. NewsFood;
4. Biblioteca Médica da Universidade de Pádua;
5. BBC News;
6. Sky TG24.

O tempo é uma realidade para todos. Queira ou não, seja você pobre ou rico, ele vai passar. Mas, já pensou em retardar o envelhecimento?

A passagem do tempo é democrática: ela acontece para todos, independentemente de gênero, classe social, cor, ou religião.

Mas, se eu te dissesse que um estudo descobriu, pela primeira vez, que é possível diminuir a sua idade?!

Isso mesmo, reduzir sua idade biológica e, com isso, retardar o envelhecimento.

Um estudo completo sobre a reversão do envelhecimento foi publicado na última edição do periódico científico Nature.

Vamos trazer um resumo sobre esse artigo científico para você entender o que a pesquisa descobriu e como isso pode beneficiar a batalha antienvelhecimento.

O envelhecimento populacional

O estudo parte do envelhecimento populacional, um problema cada vez mais importante nos países desenvolvidos, trazendo consigo uma série de impactos médicos, sociais, econômicos, políticos e psicológicos.

Nos últimos anos, muitas abordagens médicas para melhorá-lo foram investigadas em animais e, algumas delas parecem capazes de reverter aspectos gerais do envelhecimento em mamíferos adultos.

Por esses motivos, John Wiley e sua equipe da Intervene Immune Inc. realizaram o que pode ser o primeiro ensaio clínico em humanos projetado para reverter aspectos do envelhecimento .

O ensaio, batizado de TRIIM (Thymus Regeneration, Immunorestoration, and Insulin Mitigation, em tradução livre, Regeneração do timo, imunorestauração e mitigação de insulina) foi realizado entre 2015 e 2017.

O timo é uma glândula determinante tanto para o envelhecimento quanto para nosso sistema imunológico. É nela que o corpo compõem parte da defesa do organismo contra doenças infecciosas e tumores, por exemplo. Com o passar dos anos, porém, ela tende a reduzir de tamanho e acumular gordura.

Assim, objetivo do estudo TRIIM foi investigar a possibilidade de usar o hormônio do crescimento humano recombinante (rhGH) para prevenir ou reverter os sinais da idade biológica em uma população de homens saudáveis com idades entre 51 e 65 anos.

A chamada idade biológica (que pode ser igual, maior ou menor do que o número de anos que o indivíduo de fato viveu) aponta a saúde do corpo e os anos que ele aparenta, de acordo apenas com o estado físico.

Por dentro do estudo

Os resultados apoiam a viabilidade desse objetivo, mas inesperadamente também trazem à tona evidências robustas de que a regressão de múltiplos aspectos do envelhecimento é possível em seres humanos.

A regeneração e reativação do timo através do hormônio do crescimento foram estabelecidas em ratos e cães pela restauração da histologia tímica jovem.

O estudo estabelece evidências altamente significativas de regeneração em homens com idade normal, acompanhadas de melhorias nos fatores de risco de doenças e parâmetros imunológicos relacionados à idade.

O que foi feito durante o experimento

A pesquisa foi feita na Califórnia e contou com a participação de 9 pessoas.

Cada uma delas passou a ingerir diariamente 3 medicamentos comuns: 1 hormônio de crescimento e 2 medicamentos para diabetes.

Como resultado, os indivíduos perderam, em média, 2,5 anos de sua idade biológica, medidos por meio de análises de seus genomas.

Além disso, os sistemas imunológicos apresentaram sinais de rejuvenescimento, o que pode ser muito útil para futuros tratamentos de doenças degenerativas e até mesmo do câncer.

Depois de muitos exames foi constatado que grande parte do timo dos participantes havia sido regenerada, o que pode ajudar no combate de infecções, por exemplo.

O que podemos concluir com o estudo?

Embora a idade epigenética não mensure todas as características e não seja sinônimo de envelhecimento, é a medida mais precisa da idade biológica e do risco de doença relacionada disponível atualmente.

O estudo apoiou fortemente essa abordagem, tendo demonstrado regressão da idade com alta significância estatística, mesmo em um estudo piloto envolvendo apenas 9 voluntários.

Embora ainda haja muito a ser feito, as perspectivas gerais de melhoria do envelhecimento humano parecem ser notavelmente promissoras.

A conclusão foi uma surpresa para os cientistas, que não imaginavam ser possível reverter o relógio biológico de um ser humano.

Vale ressaltar que tratam-se de descobertas preliminares, já que o experimento foi feito com poucas pessoas e sem um grupo de controle, a fim de comprar os efeitos dos medicamentos. O próximo passo é a continuidade da pesquisa, agora incluindo mulheres e pessoas de etnias e idades diversas.

Já falei sobre uma matéria, publicada na Revista Galileu, de um estudo, igualmente curioso, para retardar o envelhecimento celular. Se quiser relembrar clique aqui!

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Fontes:

[1] Revista Veja;

[2] Blog Hypeness;

[3] Revista Científica Aging Cell.