O tempo é uma realidade para todos. Queira ou não, seja você pobre ou rico, ele vai passar. Mas, já pensou em retardar o envelhecimento?

A passagem do tempo é democrática: ela acontece para todos, independentemente de gênero, classe social, cor, ou religião.

Mas, se eu te dissesse que um estudo descobriu, pela primeira vez, que é possível diminuir a sua idade?!

Isso mesmo, reduzir sua idade biológica e, com isso, retardar o envelhecimento.

Um estudo completo sobre a reversão do envelhecimento foi publicado na última edição do periódico científico Nature.

Vamos trazer um resumo sobre esse artigo científico para você entender o que a pesquisa descobriu e como isso pode beneficiar a batalha antienvelhecimento.

O envelhecimento populacional

O estudo parte do envelhecimento populacional, um problema cada vez mais importante nos países desenvolvidos, trazendo consigo uma série de impactos médicos, sociais, econômicos, políticos e psicológicos.

Nos últimos anos, muitas abordagens médicas para melhorá-lo foram investigadas em animais e, algumas delas parecem capazes de reverter aspectos gerais do envelhecimento em mamíferos adultos.

Por esses motivos, John Wiley e sua equipe da Intervene Immune Inc. realizaram o que pode ser o primeiro ensaio clínico em humanos projetado para reverter aspectos do envelhecimento .

O ensaio, batizado de TRIIM (Thymus Regeneration, Immunorestoration, and Insulin Mitigation, em tradução livre, Regeneração do timo, imunorestauração e mitigação de insulina) foi realizado entre 2015 e 2017.

O timo é uma glândula determinante tanto para o envelhecimento quanto para nosso sistema imunológico. É nela que o corpo compõem parte da defesa do organismo contra doenças infecciosas e tumores, por exemplo. Com o passar dos anos, porém, ela tende a reduzir de tamanho e acumular gordura.

Assim, objetivo do estudo TRIIM foi investigar a possibilidade de usar o hormônio do crescimento humano recombinante (rhGH) para prevenir ou reverter os sinais da idade biológica em uma população de homens saudáveis com idades entre 51 e 65 anos.

A chamada idade biológica (que pode ser igual, maior ou menor do que o número de anos que o indivíduo de fato viveu) aponta a saúde do corpo e os anos que ele aparenta, de acordo apenas com o estado físico.

Por dentro do estudo

Os resultados apoiam a viabilidade desse objetivo, mas inesperadamente também trazem à tona evidências robustas de que a regressão de múltiplos aspectos do envelhecimento é possível em seres humanos.

A regeneração e reativação do timo através do hormônio do crescimento foram estabelecidas em ratos e cães pela restauração da histologia tímica jovem.

O estudo estabelece evidências altamente significativas de regeneração em homens com idade normal, acompanhadas de melhorias nos fatores de risco de doenças e parâmetros imunológicos relacionados à idade.

O que foi feito durante o experimento

A pesquisa foi feita na Califórnia e contou com a participação de 9 pessoas.

Cada uma delas passou a ingerir diariamente 3 medicamentos comuns: 1 hormônio de crescimento e 2 medicamentos para diabetes.

Como resultado, os indivíduos perderam, em média, 2,5 anos de sua idade biológica, medidos por meio de análises de seus genomas.

Além disso, os sistemas imunológicos apresentaram sinais de rejuvenescimento, o que pode ser muito útil para futuros tratamentos de doenças degenerativas e até mesmo do câncer.

Depois de muitos exames foi constatado que grande parte do timo dos participantes havia sido regenerada, o que pode ajudar no combate de infecções, por exemplo.

O que podemos concluir com o estudo?

Embora a idade epigenética não mensure todas as características e não seja sinônimo de envelhecimento, é a medida mais precisa da idade biológica e do risco de doença relacionada disponível atualmente.

O estudo apoiou fortemente essa abordagem, tendo demonstrado regressão da idade com alta significância estatística, mesmo em um estudo piloto envolvendo apenas 9 voluntários.

Embora ainda haja muito a ser feito, as perspectivas gerais de melhoria do envelhecimento humano parecem ser notavelmente promissoras.

A conclusão foi uma surpresa para os cientistas, que não imaginavam ser possível reverter o relógio biológico de um ser humano.

Vale ressaltar que tratam-se de descobertas preliminares, já que o experimento foi feito com poucas pessoas e sem um grupo de controle, a fim de comprar os efeitos dos medicamentos. O próximo passo é a continuidade da pesquisa, agora incluindo mulheres e pessoas de etnias e idades diversas.

Já falei sobre uma matéria, publicada na Revista Galileu, de um estudo, igualmente curioso, para retardar o envelhecimento celular. Se quiser relembrar clique aqui!

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Fontes:

[1] Revista Veja;

[2] Blog Hypeness;

[3] Revista Científica Aging Cell.