#Felicidade – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br Transformando vidas com excelência e cuidado especializado Fri, 25 Oct 2024 12:55:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://marcelascarpa.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cropped-Favicon-Marcela-Scarpa-32x32.png #Felicidade – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br 32 32 Em Busca da Felicidade: Por Que As Pessoas Submetem-se À Cirurgia Plástica? https://marcelascarpa.com.br/por-que-as-pessoas-submetem-se-a-cirurgia-plastica/ Mon, 25 Mar 2019 20:46:44 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=9087 A constante evolução da beleza tem proporcionado um crescimento na busca por procedimentos estéticos cirúrgicos.

Ter um corpo torneado ou um rosto harmônico pode ser considerado um caminho para a felicidade para algumas pessoas.

A maioria dos pacientes que se submetem a cirurgias estéticas afirma que o principal objetivo para realizar o procedimento é sentir-se confortável com sua própria aparência e, consequentemente, sentir-se mais feliz.

A mídia exerce grande influência sobre como esses novos padrões de beleza são percebidos pela sociedade. Afinal, as tendências estão a todo vapor no feed do Instagram e nas manchetes de portais de notícias. Já falei sobre isso nos artigos:

Esse ritmo de novas tendências, notícias e reações praticamente instantâneas gera um novo movimento de motivação que atinge milhares de pessoas. Com isso, a demanda por produtos e procedimentos que possibilitem alcançar esses mesmos resultados também cresce.

Os outros extremos de perfis de pacientes também são comuns: aqueles se são contrários à realização de procedimentos cirúrgicos de motivação puramente estética e os que possuem hipervalorizações desproporcionais às suas queixas. Cabe aos profissionais responsáveis identificar motivações extremas ou desordens psicológicas que possam atrapalhar o sucesso da cirurgia ou a satisfação do paciente.

Um exemplo é o da Dismorfia Corporal. Explico detalhadamente sobre esse distúrbio psicológico no artigo:

Dismorfia Corporal: Um alerta para a Cirurgia Plástica?

Porém, quando bem indicadas, as intervenções cirúrgicas podem trazer grandes benefícios, refletindo, inclusive, nos hábitos sociais e contribuindo para o sentimento de realização individual.

O estudo da felicidade em cirurgias plásticas

É o que mostra um estudo de longa data realizado pelo Professor Dr. Jürgen Margraf, docente de Psicologia Clínica e Psicoterapia do RUB e divulgado pelo jornal Clinical Psychological Science, em 2013.

Os pesquisadores entrevistaram 544 pacientes antes e depois da realização da sua primeira cirurgia estética. Os resultados foram comparados aos de outros dois grupos:

Grupo 1 –  composto por 264 pessoas que desistiram de seus procedimentos

Grupo 2 – composto por 1000 pessoas que nunca demonstraram interesse em uma intervenção estética.

A longo prazo, os resultados psicológicos demonstraram que os pacientes que realizaram a cirurgia estavam satisfeitos e acreditavam terem atingido seus objetivos. Quando comparados com aqueles que optaram por não realizar uma cirurgia estética, eles se sentiam mais saudáveis, menos ansiosos, com autoestima elevada e com a aparência geral mais atraente.

Os pesquisadores concluíram então que a realização dos procedimentos cirúrgicos não proporcionou apenas bons resultados físicos aos pacientes, mas também benefícios psicológicos.

Além disso, identificou-se também que os pacientes mais jovens e com melhores posições sociais apresentaram um desejo maior de melhorar a aparência através da cirurgia plástica (destes, 87% era do sexo feminino). De maneira geral, não houve diferenças significativas entre os grupos em termos como saúde mental, satisfação pessoal e depressão, por exemplo.

Os pacientes buscam satisfação

O estudo foi realizado a partir da metodologia “Goal Attainment Scalling”, ou Escala de Objetivos, em tradução livre. Esse método possibilitou que os pesquisadores soubessem como os pacientes se sentiam e imaginavam suas vidas em relação aos resultados da cirurgia plástica.

Com isso, o estudo ajudou a desmitificar a concepção de que todos os pacientes desejavam resultados ilusórios. De acordo com os dados, apenas 12% dos participantes tinham objetivos impossíveis de serem alcançados, como: “Após a cirurgia todos os meus problemas estarão resolvidos” ou “Eu serei uma pessoa completamente nova”.

A maioria dos pacientes definiram seus objetivos em: sentir-se melhor consigo mesmo, eliminar “defeitos” ou elevar a autoconfiança.

Dessa forma, podemos concluir que a realização de uma cirurgia plástica envolve fatores muito maiores do que apenas uma melhoria física.

A auto percepção sobre o corpo e seus “defeitos” pode influenciar na maneira como o paciente se enxerga e impactar negativamente sua autoestima. Corrigir imperfeições que o incomodam podem, portanto, estimular a autoconfiança pessoal e fazer com que a pessoa sinta-se psicologicamente apta a enfrentar todos os aspectos de sua vida.

Referência:

SCIENCE DAILY. Why people put themselves under the knife: Plastic Surgery Makes People Happy. 2013

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Pesquisadores Tentam Identificar Fatores Que Realmente Nos Deixam Felizes https://marcelascarpa.com.br/o-que-realmente-nos-faz-felizes/ Tue, 04 Sep 2018 20:44:58 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=8653 Talvez a pergunta mais feita e ao mesmo tempo das mais difíceis de responder: o que nos faz felizes? É difícil encontrar alguém que nunca se perguntou ou discutiu sobre esse assunto.

Para especialistas dos Estados Unidos, entretanto, isto é objeto de estudo científico há mais de 70 anos. Esta pesquisa é conduzida por membros da Universidade de Harvard, uma das mais reconhecidas do mundo.

O atual diretor deste estudo é Robert Waldinger, que divide seu tempo entre ser psiquiatra e um sacerdote zen. Waldinger espalha seus ensinamentos e alguns dos resultados da investigação pelas diversas entrevistas por onde vai.

Metodologia da pesquisa

Por onde passa, o psiquiatra aborda igualmente alguns detalhes da condução da pesquisa. Eles dizem respeito, sobretudo, à metodologia.

Waldinger conta, por exemplo, que os participantes selecionados no ano de 1938 foram acompanhados durante todas as suas vidas. Depois deles, seus primogênitos continuaram a fazer parte do estudo.

Quem participa responde a alguns questionários para a avaliação dos especialistas. Durante todo esse tempo, essas pessoas falaram sobre suas vidas sociais, seus trabalhos e suas famílias.

De forma complementar, os pesquisadores são autorizados a utilizar igualmente os registros médicos daqueles que participam do estudo. Isso serve para analisar a saúde deles além do que falam. Isto é, ver não só o que é relatado pelos pacientes, como também o que os seus médicos e exames demonstram.

A importância dos relacionamentos

Segundo o psiquiatra, embora ao passar das décadas já tenham ouvido várias respostas, o que parece ser o essencial para responder essa pergunta é a qualidade nos relacionamentos. Quanto melhores eles forem, mais felizes e até mesmo saudáveis as pessoas tendem a ser.

Waldinger define um relacionamento de qualidade como sendo aquele em que a pessoa pode ser ela mesma, sem receios. Isso demonstra o quanto se sente segura, uma vez que vai ser aceito pelo outro sem ter de inventar alguém que não é.

Isto cria, de fato, uma conexão entre os que se relacionam. Quanto mais forte for esta conexão, mais haverá satisfação. Por conseguinte, não só a mente, mas o corpo também estará mais saudável.

conectividade e, como resultado, também os relacionamentos, se fortalecem do mesmo modo. Isso acontece através da presença, de prestar mais atenção no outro.

Por outro lado, quanto mais fracos forem os relacionamentos, mais presente é o sentimento da solidão. Este é, claro, mais ligado à tristeza. A solução seria justamente o fortalecimento de laços com os outros.

Como melhorar nos relacionamentos

Engana-se quem pensa que Waldinger apenas fala sobre a condução desta pesquisa quase centenária. O psiquiatra dá também dicas para aqueles que desejam melhorar os seus relacionamentos e, dessa forma, tornarem-se mais felizes.

Segundo ele, o grande modo de testar se está no caminho certo é com uma simples pergunta. Quem está pensando nisso, deve questionar se as coisas as quais tem feito possuem algum significado para si. Se a resposta for positiva (ou seja, se tem valor), então está no caminho certo.

Diz ainda Waldinger que ser feliz a todo tempo é impossível. Todo mundo passa por momentos difíceis na vida. O importante é como cada um trata de se relacionar com os outros como um todo, não apenas em momentos específicos.

Além disso, também diz que fama e dinheiro não necessariamente trazem felicidade. Sobre a questão financeira, por exemplo, chega a afirmar que o estudo demonstra que ela só é importante para a felicidade até garantir um nível de vida o qual as necessidades estejam satisfeitas. Após isso, não faz diferença.

Em conclusão, o próprio Waldinger, que aliás possui um site onde conta suas experiências (http://robertwaldinger.com), fala sobre a sua própria vida. Ele garante que tenta se manter afastado de tentações modernas como as redes sociais ou a televisão. Tudo para estar presente em seus relacionamentos.

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