Ginecomastia é o aumento anormal e benigno do tecido glandular mamário em homens.
É comum em jovens adolescentes e, na maioria dos casos, há regressão e resolução espontânea. No entanto, o problema persiste em cerca de 8% dos casos.
Segundo o estudo realizado pelo cirurgião Dr. Brian I. Labow ,membro da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), com a colaboração do Boston Children’s Hospital, concluiu-se que pacientes que desenvolveram ginecomastia podem sofrer de problemas emocionais, de autoestima e, ainda, podem apresentar baixa pontuação no quesito qualidade de vida.
No estudo, pesquisadores aplicaram testes psicológicos a 47 jovens com diagnóstico de aumento da glândula mamária, com idade média de 16 anos, e os resultados foram comparados com o grupo sem esse aumento.
A presença da alteração produz o mesmo efeito psicológico entre adolescentes, independente do seu grau: “Apenas ter ginecomastia foi suficiente para causar déficits significativos na saúde em geral, funcionamento social, saúde mental, autoestima e nos comportamentos alimentares”, escrevem Labow e coautores.
Na maioria das vezes, esses jovens apresentam certo grau de obesidade associados, sendo orientados a perder peso. Porém, após o emagrecimento não conseguem observar melhora da região.
“Como resultado, a intervenção precoce e o tratamento podem ser necessários para melhora dos sintomas físicos e emocionais “, de acordo com os pesquisadores.
“Nossos resultados indicam que uma avaliação cuidadosa e regular pode beneficiar os adolescentes, independentemente do IMC ou do grau da alteração”, concluem os pesquisadores.
A cirurgia de correção da ginecomastia é relativamente simples, com duração de 6o minutos a 3 horas e, em geral, o paciente recebe alta no mesmo dia.
No Brasil, o procedimento cirúrgico para a retirada da glândula costuma ter cobertura pelos planos de saúde (constando no rol da ANS).
Estudo publicado na edição de abril de 2013, no jornal Plastic and Reconstructive Surgery oficial da ASPS.