Nos últimos anos, o preenchimento facial tornou-se um dos procedimentos estéticos mais populares. No entanto, um fenômeno conhecido como “fadiga do preenchimento” tem sido cada vez mais comentado por especialistas e pacientes. Mas o que é exatamente e como evitá-la?
O que é a fadiga do preenchimento?
A fadiga do preenchimento é um termo utilizado para descrever o efeito cumulativo de preenchimentos faciais, pelo seu uso excessivo ao longo do tempo. Em vez de manter a aparência jovem e natural, o seu excesso pode levar a um aspecto artificial, com perda da expressividade facial e alteração das proporções naturais do rosto.
Com o passar do tempo e aplicações sobrepostas e repetidas, o produto pode causar estiramento da pele, retenção de líquidos e uma mudança na estrutura dos tecidos faciais.
Por que isso acontece?
O preenchedor é uma substância biocompatível mas, quando aplicado em excesso ou de maneira repetitiva sem um planejamento adequado, pode gerar acúmulo de produto e alterar a anatomia do rosto.
Além disso, o ácido hialurônico é hidrofílico e atrai mais água, retida nas moléculas do preenchimento. Não é difícil concluir que quanto maior a quantidade de produto, maior essa absorção e pior o aspecto edemaciado. Esse edema sobrecarrega o sistema linfático, resultando em drenagem deficiente e edema (inchaço) crônico.
Concomitantemente, o envelhecimento natural continua ocorrendo, o que pode tornar os efeitos do preenchimento mais evidentes e menos naturais.
O resultado é um rosto superinflado que está longe do resultado final esperado.
Principais sintomas da fadiga do preenchimento
- Aspecto inchado ou “pesado” no rosto
- Falta de expressão natural
- Pele esticada ou flácida devido ao excesso de produto
- Mudança nas proporções faciais naturais
Áreas mais acometidas
As áreas de maiores queixas são:
- Olheiras
- Linha do maxilar
- Lábios
- Região malar (bochechas)
Como evitar a fadiga do preenchimento?
- Escolha um profissional experiente – Um profissional especializado e capacitado saberá avaliar a quantidade e a necessidade real de preenchimento para cada paciente.
- Menos é mais – Em vez de buscar grandes volumes de uma só vez, prefira retoques sutis ao longo do tempo.
- Intervalos adequados entre os procedimentos – Dê tempo para que os produtos sejam absorvidos antes de novas aplicações.
- Acompanhamento médico regular – Avaliações periódicas ajudam a garantir um resultado harmonioso e evitar excessos.
- Opções alternativas – Em alguns casos, tratamentos como bioestimuladores de colágeno podem ser uma opção para manter a firmeza da pele sem a necessidade de preenchimento excessivo.
- Preenchimento não substitui uma indicação cirúrgica – em sinais de envelhecimento mais avançados e flacidez de pele mais proeminente, a indicação cirúrgica de lifting facial torna-se a melhor alternativa. A tentativa de substituição por preenchimento facial causa as distorções que estamos, infelizmente, acostumados a ver.
Conclusão
O preenchimento facial é uma excelente ferramenta para rejuvenescer e realçar a beleza natural, mas deve ser realizado com moderação e planejamento.
A fadiga do preenchimento pode ser evitada com uma abordagem consciente e personalizada, priorizando sempre a harmonia, características individuais e a saúde da pele.
Se você está pensando em realizar um procedimento, procure um especialista qualificado para orientação adequada. O paciente deve escolher um profissional que tenha um profundo entendimento da anatomia do rosto e das mudanças de longo prazo resultantes do envelhecimento – que devem ser consideradas ao propor o melhor tratamento.
A abordagem e tratamento facial deve ser sempre uma jornada, não uma corrida.
Já fiz um texto sobre edema tardio após o preenchimento, se quiser relembrar: Fiz preenchimento e meu rosto inchou muito tempo após!
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