EXISTEM DIFERENTES TÉCNICAS PARA RETIRADA DE PELE? COMO FICARÃO AS CICATRIZES?

Sim, existem diferentes técnicas para a realização desta cirurgia. A indicação varia de acordo com a quantidade de pele a ser retirada e da flacidez local, resultando cada qual com uma cicatriz diferente. Estas são planejadas para ficarem o mais discretas possível, porém, nem sempre ficarão sob as roupas. Seus formatos e localizações irão variar de acordo com a técnica utilizada:

• Torsoplastia alta, invertida ou toracoplastia (figura 2): reservada para pacientes com excesso de pele e flacidez da região superior das costas, na altura do tórax. A cicatriz é posicionada de forma horizontal, na parte de trás do sutiã. Sua extensão depende do excesso cutâneo e flacidez local, podendo unir-se na linha média e atingir até o prolongamento lateral da mama.

• Torsoplastia inferior ou flancoplastia (Figura 3): retirada do excesso de pele na parte inferior das costas (região dos “pneuzinhos”). A cicatriz resultante posiciona-se logo acima dos glúteos, na linha da sunga ou biquíni. Pode unir-se à cicatriz da abdominoplastia, sendo chamada de dermolipectomia circunferencial. Além da retirada do excesso de pele, permite uma suspensão glútea, com efeito lifting local.

• Cirurgia trocantérica: envolve a retirada de pele entre o início do quadril e o sulco glúteo, permitindo lifting da região dos culotes. Essa cirurgia é menos comum, sendo sua indicação de exceção.

QUANTO TEMPO DURA O ATO CIRÚRGICO?

Em torno de 3 horas, aumentando o tempo em caso de lipoaspiração associada.

EM QUANTO TEMPO ATINGIREI O RESULTADO DEFINITIVO?

Nos primeiros meses, a região apresentará uma insensibilidade relativa, além de estar sujeita a períodos de “inchaço”, que deverão regredir espontaneamente. Com o decorrer dos meses, gradativamente atinge-se o resultado definitivo. Não se deve considerar como definitivo qualquer resultado antes de 12 a 18 meses de pós-operatório. Condutas complementares com esteticistas ou fisioterapeutas, uma dieta balanceada e exercício físico poderão melhorar bastante o resultado final, sempre sob indicação e supervisão do seu cirurgião plástico.

QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO?

O tempo de internação varia de acordo com a evolução e conforto pós-operatório, com uma média de 24 horas, mas podendo estender-se de acordo com cada paciente e/ou procedimentos associados.

O PÓS-OPERATÓRIO É MUITO DOLOROSO?

A dor é mais intensa nos dois ou três primeiros dias, melhorando gradativamente. É facilmente manejada desde que tomadas as medicações analgésicas prescritas e respeitadas as orientações.

DEVE-SE UTILIZAR CINTAS?

Sim. Malhas cirúrgicas são úteis no pós-operatório, pois fornecem pressão consistente e constante, orientando a cicatrização, diminuindo a formação do edema e coleções líquidas (seromas). Estas devem ser justas, porém confortáveis. É recomendado que a paciente experimente-a antes, sendo que o tamanho adequado é aquele que fique confortável antes da cirurgia e cubra toda área operada. Seu uso é indicado pelo período médio de sessenta dias. Fique atento pois uma cinta muito apertada além de ser mais dolorosa e desconfortável, pode causar complicações como feridas e sofrimento de pele.

EM QUANTO TEMPO PODEREI RETORNAR AS MINHAS ATIVIDADES HABITUAIS?

O tempo de retorno varia de acordo com as atividades praticadas pelo paciente, a quantidade de gordura retirada, a extensão do excesso de pele removido, evolução pós-operatória e a resistência individual à dor. Em geral, é recomendado repouso maior nos primeiros dias. A maioria dos pacientes retorna as suas atividades laborativas em torno do 21º ao 30º dia. Atividades físicas mais leves podem ser iniciadas a partir do 30º dia, sendo aumentadas gradativamente de acordo com cada caso e sempre sob a supervisão do seu cirurgião plástico.

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:

• Repousar.
• Usar malha elástica continuamente.
• Evitar movimentos amplos de tronco
• Durma de bruços, preferencialmente
• Alimentação normal (salvo em casos especiais). Recomendo alimentação hiperprotéica (carnes, ovos, leite), verduras (principalmente as verde-escuras, como espinafre, couve, brócolis, etc), legumes e frutas. Não comer doces, gordura, frituras, etc. Esses alimentos são muito calóricos e serão prejudiciais ao resultado final da cirurgia. É importante alimentar-se de forma correta e equilibrada!
• Não se exponha ao sol ou iluminação fluorescente (bronzeamento artificial) enquanto apresentar equimoses (“roxos”), pois elas podem se transformar em manchas, levando longos períodos para desaparecerem. Geralmente somem em torno de 4 a 6 semanas, porém, este período é variável para cada pessoa.
• As cicatrizes não podem apanhar sol direto por um período de 18 meses. Utilize bloqueadores solares, mesmo quando estiverem cobertas.
• O retorno às atividades habituais e ao trabalho varia de acordo com a resistência de cada indivíduo, em média entre 21 e 30 dias. Exercícios físicos mais leves podem ser iniciados com 30 a 40 dias, de forma gradativa e sempre sob orientação do seu cirurgião.
• Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.

A Vaser® Lipo, também conhecida como lipoaspiração ultrassônica, é uma técnica que utiliza ondas sonoras de alta frequência para emulsificar as células de gordura. Essa tecnologia, associada à lipoaspiração, é capaz de remover depósitos de gordura em locais específicos. As ondas sonoras vibram a gordura, facilitando sua remoção por sucção. 

Como funciona o procedimento?

Vaser® Lipo é realizada em ambiente hospitalar sob anestesia geral. Através de pequenas incisões na pele, semelhantes às da lipoaspiração tradicional, a cânula do aparelho é inserida. O cirurgião, então, ativa o aparelho e emite as ondas sonoras de alta frequência, que quebram seletivamente as células de gordura sem danificar os tecidos circundantes, como vasos sanguíneos e nervos. Isso facilita a emulsificação da gordura, tornando-a mais fácil de ser removida.

   Após a emulsificação da gordura, cânulas de lipoaspiração tradicionais são utilizadas para aspirar a gordura liquefeita dos tecidos.

Qual o volume máximo que pode ser retirado?

O volume máximo a ser aspirado, de acordo com normas estabelecidas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, é de até 7% do peso corporal. Porém este valor pode variar de acordo com diversos fatores, dentre eles a idade do paciente, resultados dos exames laboratoriais, perda sanguínea durante o ato operatório, tempo cirúrgico, entre outros.

O que devo esperar dos resultados da lipoaspiração ultrassônica?

Os primeiros resultados são perceptíveis em poucas semanas, permitindo que a maioria dos pacientes retorne às atividades normais em 3 a 7 dias. 

Após o procedimento, além da redução dos depósitos de gordura e dos contornos corporais mais definidos, outro benefício importante é o estímulo à produção de colágeno na área tratada. O estímulo do colágeno é uma parte crucial do processo de recuperação e contribui significativamente para a melhoria da qualidade da pele.

Resultados definitivos podem ser observados após 9 meses a 1 ano da cirurgia.

É importante ressaltar que cada caso é único, e o procedimento de Vaser Lipo pode ser adaptado às necessidades e características individuais de cada paciente. O cirurgião plástico é o profissional capacitado para guiar o paciente através de todo o processo, desde a consulta inicial até a recuperação completa.

Quais são as indicações?

Além da proposta clássica de emulsificação de gordura e remodelamento corporal, a técnica também tem boa indicação para lipoaspirações não primárias (em regiões já submetidas a outras cirurgias), já que permite uma quebra da fibrose/cicatriz com maior facilidade, permitindo um procedimento mais seguro.

Quais as vantagens da lipoaspiração ultrassônica?

As principais vantagens são:

– Maior precisão na remoção de gordura

– Menos trauma nos tecidos circundantes: emulsifica a gordura sem danificar os tecidos circundantes, como os vasos sanguíneos e os nervos, o que reduz o trauma nos tecidos adjacentes e resulta em menos dor e desconforto pós-operatório

– Menor sangramento durante o procedimento: as ondas ultrassônicas do Vaser® coagulam pequenos vasos sanguíneos à medida que emulsificam a gordura, o que reduz significativamente o sangramento durante a cirurgia.

– Recuperação mais rápida: devido ao menor trauma nos tecidos, os pacientes geralmente experimentam uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.

– Estímulo de colágeno além de emulsificar a gordura, a tecnologia também estimula a produção de colágeno, melhorando a aparência da pele tratada e reduzindo a flacidez.

Pode ser associado a outros procedimentos?

Sim, o Vaser® pode ser combinado com técnicas como a lipoaspiração de alta definição (Lipo HD), proporcionando resultados mais refinados para quem deseja contornos musculares mais destacados.

Quais as possíveis complicações?

As complicações descritas são necrose dos tecidos, má cicatrização, fibroses, seroma e outros. Porém, como todo procedimento invasivo, essas são raras e minimizadas em mãos experientes e treinadas.

Quais as contraindicações da lipoaspiração ultrassônica?

É contraindicada para gestantes, lactantes, doenças crônicas descompensadas, infecções de pele ou outras condições que elevem os riscos da cirurgia.

Quais as recomendações pós-operatórias?

• Repousar.
• Usar malha elástica continuamente.
• Realize fisioterapia pós-operatória (drenagens e mobilizações) conforme orientação médica.
• Alimentação normal (salvo em casos especiais). Recomendamos alimentação hiperproteica (carnes, ovos, leite), verduras (principalmente as verde-escuras, como espinafre, couve, brócolis, etc.), legumes e frutas. Não comer doces, gordura, frituras, etc, esses alimentos são muito calóricos e serão prejudiciais ao resultado final da cirurgia. É importante alimentar-se de forma correta e equilibrada!
• Não se exponha ao sol ou iluminação fluorescente (bronzeamento artificial) enquanto apresentar equimoses, pois elas podem se transformar em manchas, levando longos períodos para desaparecerem. Os roxos geralmente somem em torno de 4 a 6 semanas, porém este período é variável para cada pessoa.
• As cicatrizes não podem apanhar sol direto por um período de 18 meses. Utilize bloqueadores solares, mesmo quando estiverem cobertas.
• O retorno às atividades físicas e habituais varia de acordo com o volume aspirado e resistência de cada indivíduo, estas orientações serão fornecidas pelo seu cirurgião.
• Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.

Retorne ao consultório para os curativos subsequentes e acompanhamento pós-cirúrgico, nos dias e horários estipulados.

Essas tecnologias são indicadas para diminuir a flacidez cutânea, causada pelo envelhecimento, gestações, perda de peso ou mesmo pela lipoaspiração.

RENUVION®

O que é o renuvion®? Como ele funciona? 

O Renuvion® é um procedimento cirúrgico estético que combina radiofrequência com gás hélio para tratar a flacidez da pele. Durante o procedimento, um dispositivo é inserido sob a pele por meio de pequenas incisões semelhantes às utilizadas em lipoaspiração. Esse dispositivo emite uma energia controlada composta por radiofrequência e gás hélio ionizado, que se transforma em plasma. Essa energia é direcionada para os septos subcutâneos, que conectam a pele à musculatura, promovendo uma retração instantânea dos tecidos.

Além da retração imediata, o calor local gerado pelo Renuvion® estimula a produção de colágeno, contribuindo para melhorias progressivas e duradouras na flacidez da pele. Os resultados imediatos podem variar de 40% a 50%, com a capacidade total de retração atingindo até 80%. Essas melhorias continuam a se desenvolver até 9 meses após o procedimento.

Assim, o tratamento visa oferecer uma alternativa eficaz para quem busca melhorias estéticas significativas, proporcionando uma pele mais firme e rejuvenescida.

Como é realizado o procedimento com Renuvion®? 

O Renuvion® é realizado em um ambiente cirúrgico sob anestesia geral. Após a indução da anestesia, o cirurgião realiza um corte semelhante ao utilizado em procedimentos de lipoaspiração. A cânula do dispositivo Renuvion® é então inserida na área a ser tratada. O tempo de cirurgia é diretamente proporcional ao número de regiões tratadas.

Tempo de internação

O tempo de permanência no hospital após o Renuvion® varia de acordo com o porte cirúrgico e cirurgias associadas. A alta pode ocorrer no mesmo dia do procedimento ou pode ser necessário que o paciente pernoite no hospital.

Quando o Renuvion® é indicado? 

O Renuvion® é indicado para qualquer paciente que apresente queixas de flacidez corporal em diversas áreas, tais como abdome, braços, coxas (incluindo região interna), costas e submento (papada). Lembrando que o candidato ao procedimento deve estar em boas condições de saúde.

O Renuvion® pode ser associado a outros procedimentos? 

Sim, pode ser associado a qualquer cirurgia estética (respeitando sempre porte e tempo cirúrgico seguros). Porém, suas associações mais comuns são com os procedimentos de contorno corporal, principalmente a lipoescultura.

Quais as complicações do Renuvion®? 

Embora complicações sejam raras, como em qualquer procedimento cirúrgico, o Renuvion® pode apresentar riscos potenciais. Possíveis complicações incluem infecções, hematomas, reações adversas à anestesia, cicatrização inadequada, queimaduras e assimetrias. O diálogo aberto com o profissional de saúde de sua confiança é fundamental para uma compreensão completa dos potenciais efeitos colaterais e complicações associadas ao procedimento.

Quais são as contraindicações do Renuvion®? 

Apesar de ser uma opção eficaz para muitos, o Renuvion® possui contraindicações importantes. Gestantes, lactantes, pessoas com histórico de quelóides, distúrbios de coagulação sanguínea, infecções ativas na área de tratamento, e pacientes com condições médicas pré-existentes específicas podem não ser candidatos ideais. A avaliação completa do histórico médico é crucial para garantir a segurança e eficácia do Renuvion® para cada paciente.

Como é o pós operatório do Renuvion®? 

O pós-operatório do Renuvion®, assim como em outros procedimentos estéticos invasivos, requer cuidados específicos para otimizar a recuperação do paciente.

• Use de Malhas de Compressão: essas malhas ajudam a minimizar o inchaço, proporcionam suporte à área tratada e auxiliam na modelagem adequada da pele durante a cicatrização.
• Realize fisioterapia especializada: a fisioterapia especializada desempenha um papel crucial na recuperação, ajudando a restaurar a mobilidade, reduzir o desconforto e garantir uma recuperação mais eficaz.
• Repouse e evite atividades intensas: é essencial que os pacientes respeitem a recomendação de repouso durante os primeiros dias após o procedimento. 
• Utilize medicamentos prescritos corretamente: seguir rigorosamente as instruções do médico em relação à medicação é fundamental para uma recuperação tranquila.
• Evite exposição ao sol: é aconselhável evitar exposição direta ao sol na área tratada durante os 6 primeiros meses de pós cirúrgico. O uso de protetor solar e roupas com fator de proteção solar são recomendadas quando a exposição solar não puder ser evitada.
• Faça o acompanhamento médico recomendado: o acompanhamento regular com o profissional de saúde é crucial. O seu médico acompanhará o progresso da recuperação, removerá os pontos de sutura conforme necessário e ajustará o plano de cuidados conforme a evolução do paciente.

É importante ressaltar que o pós-operatório pode variar de paciente para paciente, e as orientações exatas serão fornecidas pelo cirurgião plástico responsável pelo procedimento. O cumprimento rigoroso dessas orientações é essencial para uma recuperação bem-sucedida e para alcançar os melhores resultados estéticos possíveis.

MORPHEUS®

O que é o Morpheus®? Como ele funciona?

Morpheus® é um tratamento que combina microagulhamento fracionado e radiofrequência para rejuvenescer a pele, reduzir rugas e melhorar a textura cutânea. Esse procedimento não invasivo é adequado para diversas áreas do corpo, proporcionando resultados notáveis.

Pequenas agulhas fracionadas penetram na pele, entregando energia de radiofrequência controlada nas camadas profundas. Essa energia estimula a produção de colágeno e elastina, promovendo a regeneração celular e melhorando a qualidade da pele.

Como é o procedimento do Morpheus®?

• Preparo da pele: antes do procedimento, a pele na área de tratamento é limpa para remover qualquer resíduo de maquiagem, óleo ou sujeira. Em alguns casos, um creme anestésico tópico pode ser aplicado para minimizar o desconforto.
• Aplicação do dispositivo Morpheus®  propriamente dito: o dispositivo, equipado com microagulhas fracionadas e tecnologia de radiofrequência, é cuidadosamente aplicado na área-alvo. As microagulhas penetram na pele, enquanto a radiofrequência é liberada, atingindo camadas mais profundas.
• Ajustes personalizados: o profissional realiza ajustes nas configurações do Morpheus® de acordo com as necessidades específicas do paciente, personalizando a profundidade da penetração das agulhas e a intensidade da radiofrequência.

Quanto tempo dura cada sessão de Morpheus®? Quantas sessões terei que realizar?

Cada sessão do Morpheus® dura geralmente de 20 a 30 minutos, dependendo da área tratada e das configurações escolhidas. O tempo exato pode variar, mas o procedimento é projetado para ser rápido e eficiente.

O número de sessões de Morpheus® pode variar dependendo das necessidades estéticas individuais do paciente, da área tratada e das expectativas em relação aos resultados. No entanto, em geral, são recomendadas de 1 a 3 sessões para obter resultados ótimos. A decisão sobre o número exato de sessões será determinada durante a consulta inicial entre o paciente e o profissional de saúde. Durante essa consulta, o profissional avaliará as preocupações específicas do paciente, a condição da pele, e discutirá as metas desejadas. Com base nessas informações, será elaborado um plano de tratamento personalizado, incluindo o número estimado de sessões necessárias.

Qual a sensação durante o procedimento?

Durante o procedimento, o paciente pode sentir uma sensação de calor e desconforto pela penetração das microagulhas e à ação da radiofrequência. O uso de cremes anestésicos e resfriamento da pele ajuda a minimizar esse desconforto.

Como é a recuperação após o Morpheus®?

Após o Morpheus®, é possível observar vermelhidão e inchaço temporários na área tratada. Os pacientes podem aplicar cremes e corretivos recomendados para aliviar qualquer desconforto.

Com quanto tempo é percebido o resultado? Quando terei o resultado final do Morpheus®?

Os resultados do Morpheus® variam caso a caso, mas, em geral, podem ser percebidos aproximadamente 3 semanas após a primeira sessão. No entanto, é importante observar que o Morpheus® é projetado para oferecer melhorias progressivas ao longo do tempo.

O resultado final do Morpheus® pode continuar a melhorar até vários meses após a conclusão do tratamento. A produção de colágeno estimulada pela radiofrequência leva algum tempo para se manifestar completamente, proporcionando uma melhora gradual na textura da pele, redução de rugas, linhas finas e flacidez.

Quais as contraindicações ao Morpheus®?

• Gestação e lactação: Morpheus® é contraindicado para mulheres grávidas ou em período de amamentação devido à falta de dados suficientes sobre os efeitos do procedimento durante essas fases.
• Feridas abertas ou infecções na área de tratamento: pacientes com feridas abertas ou infecções na área a ser tratada não são candidatos ideais ao Morpheus®, pelo risco de agravamento da lesão.
• Histórico de quelóides e cicatrizes patológicas: pessoas com histórico de formação de queloides podem não ser adequadas para o Morpheus®, pois há o risco de estimular uma resposta cicatricial exagerada.
• Condições médicas preexistentes ou doenças crônicas descompensadas: certas condições médicas preexistentes podem contraindicar o Morpheus®. Pacientes com distúrbios de coagulação sanguínea, por exemplo, podem estar em maior risco de complicações. Hipertensão e diabetes descompensadas, bem como outras patologias mal tratadas também contraindicam o procedimento.
• Uso de medicamentos específicos: alguns medicamentos podem interferir no processo de cicatrização ou aumentar o risco de complicações. O profissional de saúde avaliará o uso de medicamentos específicos antes de recomendar o Morpheus®.
• Histórico de reações adversas a procedimentos similares: indivíduos que tiveram reações adversas a tratamentos estéticos semelhantes podem ser considerados de maior risco e, portanto, podem ser contraindicados ao Morpheus®.
• Avaliação individual do histórico médico: cada paciente é único, e uma avaliação detalhada do histórico médico é crucial. Informações como condições de saúde específicas, alergias e tratamentos anteriores serão consideradas para determinar a adequação ao Morpheus®.

É fundamental ressaltar que apenas um profissional de saúde qualificado pode determinar se o Morpheus® é apropriado para um paciente específico. A avaliação individualizada leva em consideração fatores únicos que podem influenciar a segurança e eficácia do procedimento para cada indivíduo.

Quais as principais vantagens do Morpheus®?

Suas principais vantagens são:

• Rejuvenescimento da pele: o Morpheus® é projetado para rejuvenescer a pele, melhorar sua textura e reduzir rugas e linhas finas, proporcionando uma aparência mais jovem e revitalizada.
• Versatilidade nas áreas de aplicação: pode ser aplicado em várias áreas do corpo, incluindo o rosto, pescoço e corpo, oferecendo uma solução versátil para diversas preocupações com a pele.
• Estímulo ao colágeno: ao combinar microagulhamento fracionado com radiofrequência, o Morpheus® estimula a produção de colágeno e elastina, promovendo a regeneração celular e melhorando a saúde geral da pele.
• Procedimento minimamente invasivo: o Morpheus® é menos invasivo do que procedimentos cirúrgicos, o que resulta em um menor tempo de recuperação em comparação com intervenções mais agressivas.

Acompanhamento pós Morpheus®

O paciente realiza consultas de acompanhamento conforme recomendado pelo profissional de saúde para avaliar os resultados, monitorar a recuperação e ajustar o plano de cuidados, se necessário.

É essencial que todas as etapas do procedimento sejam realizadas por um profissional qualificado e experiente para garantir a segurança e eficácia do Morpheus®. Cada paciente recebe um plano de tratamento personalizado para atender às suas necessidades específicas.

BODYTITE®

O que é o BodyTite®? Como ele funciona?

O BodyTite® é uma avançada tecnologia estética que visa remodelar a silhueta, eliminar gordura localizada e tratar a flacidez cutânea. Sua diferenciação está na aplicação de radiofrequência bipolar, que não apenas queima a gordura, mas também estimula a retração da pele.

O procedimento utiliza ponteiras com cânulas finas e sondas externas para transferir a radiofrequência aos tecidos adiposos. A distribuição uniforme do calor preserva a integridade de nervos e estruturas delicadas. A tecnologia RFAL (Radiofrequency-Assited Lipolysis ou Lipólise Assistida por Radiofrequência) combina a aplicação de radiofrequência com a lipólise (processo de quebra de gordura). Essa abordagem busca não apenas eliminar a gordura localizada, mas também estimular a retração da pele, promovendo um contorno corporal mais firme e tonificado. A aplicação da RFAL no BodyTite® visa alcançar uma remodelação tridimensional, atuando nas camadas de gordura subcutânea, tecido conjuntivo e derme. Essa técnica contribui para resultados estéticos associados a um menor tempo de recuperação em comparação a procedimentos mais invasivos.

Como é o procedimento do BodyTite®?

O procedimento é realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral ou bloqueio. Pequenas incisões, semelhantes às da lipoaspiração, são feitas para a inserção das cânulas de radiofrequência. A energia de é aplicada nas camadas profundas da pele, promovendo a lipólise e estimulando a produção de colágeno.

O tempo do procedimento pode variar, geralmente durando de 1 a 3 horas, dependendo da extensão e áreas tratadas. O tempo de internação depende do porte cirúrgico, podendo durar 1 dia, ou o paciente pernoitar no hospital.

Como é a recuperação do BodyTite®?

A recuperação varia conforme o porte cirúrgico e procedimentos associados. Quando procedimento isolado é, em geral, relativamente rápida, com retorno às atividades normais em 1 a 10 dias. Os resultados começam a ser clinicamente visíveis a partir do segundo mês, alcançando o pico de formação de colágeno entre o sexto e nono mês. A retração da pele persiste, proporcionando resultados duradouros.

Quais as indicações do BodyTite®?

Indicado para:

• Remodelação da silhueta.
• Eliminação de gordura localizada.
• Tratamento da flacidez de pele.

Pode ser associado a outros procedimentos?

Sim, o BodyTite® pode ser associado a procedimentos cirúrgicos tradicionais, oferecendo uma abordagem complementar para resultados mais abrangentes. Sua associação mais comum é com a lipoescultura, promovendo uma retração de pele adicional em áreas com maior tendência à flacidez.

Quais as complicações do BodyTite®?

O BodyTite® apresenta menor incidência de hematomas, inchaço e dor em comparação com procedimentos mais invasivos. As cicatrizes são mínimas, e complicações são geralmente limitadas. A segurança é reforçada pelo controle preciso de temperatura durante o procedimento, garantindo a integridade dos tecidos.

Como é o pós operatório do BodyTite®?

Após o procedimento, é crucial seguir cuidados específicos para garantir uma recuperação tranquila e resultados estéticos satisfatórios. Aqui estão as orientações para o período pós-operatório:

• Utilize de malhas de compressão: o uso de malhas de compressão é recomendado. Essas peças desempenham um papel essencial na minimização do inchaço, oferecendo suporte à área tratada e auxiliando na modelagem adequada da pele durante o processo de cicatrização.
• Repouse e evite atividades intensas: é fundamental respeitar o período de repouso. Evitar atividades físicas intensas contribui para uma recuperação mais eficaz e minimiza o risco de complicações.
• Siga a prescrição médica rigorosamente: o uso correto dos medicamentos prescritos pelo médico é essencial para o controle da dor e desconforto pós-operatório. Seguir rigorosamente a prescrição contribui para uma recuperação mais tranquila.
• Evite exposição ao sol: recomenda-se evitar a exposição direta ao sol na área tratada durante os seis primeiros meses após o procedimento. Quando a exposição solar não puder ser evitada, é aconselhável utilizar protetor solar e roupas com fator de proteção solar.
• Fisioterapia especializada: dependendo do caso, o seu cirurgião pode recomendar fisioterapia especializada. Essa abordagem visa restaurar a mobilidade, reduzir o desconforto e contribuir para uma recuperação mais eficaz.
• Respeite os retornos pós operatórios: o acompanhamento regular com o cirurgião plástico é fundamental. Durante essas consultas, o médico avaliará o progresso da recuperação, realizará a remoção dos pontos de sutura conforme necessário e ajustará o plano de cuidados de acordo com a evolução do paciente.

É essencial observar que o pós-operatório pode variar de paciente para paciente, e as orientações específicas serão fornecidas pelo cirurgião plástico responsável pelo procedimento. O cumprimento rigoroso dessas orientações é essencial para uma recuperação bem-sucedida e para alcançar os melhores resultados estéticos possíveis.

ARGOPLASMA®

O que é Argoplasma®? Como funciona?

O Argoplasma® é uma tecnologia que emprega a combinação de energia de plasma e radiofrequência com o propósito de tratar a flacidez cutânea em diversas regiões do corpo, proporcionando resultados visíveis e de longa duração. No decorrer do procedimento, uma ponteira especial emite energia de plasma de argônio, gerando pontos de calor controlados. Esse processo estimula a produção de colágeno e promove a contração da pele. Esta abordagem minimamente invasiva revela-se eficaz na melhoria da firmeza e elasticidade cutânea.

Como é o procedimento?

O procedimento de Argoplasma® envolve uma técnica cirúrgica meticulosa, conduzida por um cirurgião plástico qualificado. Este profissional realiza pequenas incisões na pele para permitir o acesso da ponteira especial que emite energia de plasma de argônio e radiofrequência. 

O procedimento geralmente é realizado sob anestesia geral. Porém, a escolha da anestesia é determinada em conformidade com as características individuais do paciente e a extensão da intervenção. Quanto ao tempo de internação, este varia de acordo com o porte cirúrgico, associação de procedimentos e características individuais de cada paciente.

Como é a recuperação após o procedimento de Argoplasma®?

A recuperação varia de acordo com a extensão da cirurgia e a resposta individual do paciente. Geralmente, é recomendado um período de repouso e cuidados especiais nas primeiras semanas. A incorporação do plasma de argônio® visa acelerar o processo de regeneração tecidual, colaborando para uma recuperação mais breve.

Quais as indicações do Argoplasma®?

O Argoplasma® é recomendado para o tratamento da flacidez cutânea em regiões como braços, abdome, coxas e glúteos. Adicionalmente, apresenta-se como uma opção complementar, podendo ser associado a procedimentos de lipoaspiração e outras intervenções estéticas.

Pode ser associado a outros procedimentos?

Sim, o Argoplasma® pode ser associado a lipoaspiração e outros procedimentos estéticos, oferecendo resultados mais abrangentes. 

Quais as complicações do Argoplasma®?

Como em qualquer procedimento médico, existem riscos potenciais que serão discutidos durante a consulta. Complicações podem incluir vermelhidão, inchaço, sensibilidade e formação de crostas temporárias e, menos frequentemente, fibroses e discromias (alteração da coloração da pele).

Quais as contraindicações do Argoplasma®?

• Gravidez e amamentação: como todo procedimento cirúrgico estético, Argoplasma® não é recomendado para mulheres grávidas ou em período de amamentação.
• Problemas dermatológicos ativos: condições dermatológicas ativas, como infecções cutâneas ou dermatites.
• Histórico de cicatrizes patológicas: pacientes com histórico de queloides ou cicatrizes hipertróficas.
• Doenças autoimunes e imunossupressão: indivíduos com doenças autoimunes ou que estejam em terapias imunossupressoras devem evitar o Argoplasma®, pois a estimulação da resposta imunológica pode ser contraproducente.
• Doenças crônicas descompensadas
• Histórico de reações adversas a procedimentos estéticos: indivíduos com histórico de reações adversas significativas a procedimentos estéticos similares.

É fundamental que cada paciente passe por uma avaliação médica detalhada para determinar a adequação do Argoplasma®, levando em consideração a sua condição de saúde específica e histórico médico.

QUAL A MELHOR TECNOLOGIA PARA RETRAÇÃO DE PELE?

Renuvion®, BodyTite®, Morpheus®, Argoplasma® são inovações tecnológicas recentes que têm revolucionado o cenário do tratamento de flacidez cutânea. Cada uma dessas tecnologias oferece abordagens únicas, apresentando vantagens e desvantagens que podem ser consideradas pelo cirurgião em consonância com as necessidades específicas de cada paciente.

É crucial destacar que a escolha entre essas tecnologias dependerá das características individuais de cada paciente, bem como das metas específicas do procedimento. O cirurgião, ao considerar fatores como a extensão da flacidez, a preferência do paciente e o tempo de recuperação desejado, poderá selecionar a tecnologia mais apropriada para otimizar os resultados.

Em suma, não é possível determinar uma tecnologia como sendo superior às demais, uma vez que cada uma delas oferece benefícios distintos. A decisão reside na habilidade do cirurgião em avaliar as necessidades individuais de seus pacientes e escolher a abordagem mais adequada para proporcionar resultados estéticos eficazes e seguros.

AS TECNOLOGIAS (RENUVION / BODYTITE / ARGOPLASMA) SUBSTITUEM A ABDOMINOPLASTIA?

Em casos de flacidez leve ou moderada, o uso dessas tecnologias pode, sim, substituir a retirada de pele. No entanto, é importante destacar que o resultado esperado é individual. É crucial lembrar que as incisões para a aplicação desses aparelhos são pequenas. Portanto, caso haja a substituição, as diástases do músculo reto abdominal e hérnias de parede abdominal não são corrigidas, ou é necessário recorrer a procedimentos associados, como a correção por meio de cirurgia robótica, para realizar esse tratamento.

O lipedema é uma alteração crônica que se caracteriza pelo acúmulo, atípico, simétrico e anormal de gordura sob a pele, geralmente localizado nas pernas, nos quadris ou na parte superior dos braços.

Afeta essencialmente o sexo feminino e apresenta uma alta incidência, estimada em cerca de 11% das mulheres, sendo frequentemente sub diagnosticado.

Além do comprometimento estético, pode causar muitas complicações como irregularidades, infecção, dor e prejuízo de mobilidade.

Qual a causa do lipedema?

A causa exata do lipedema ainda não é completamente compreendida, mas fatores metabólicos, genéticos e hormonais desempenham um papel significativo. O estrógeno (hormônio feminino) é um fator de contribuição para o seu desenvolvimento. Por esse motivo, momentos da vida da mulher em que há um aumento hormonal, como puberdade, gestação, uso de anticoncepcionais, tratamentos para engravidar e menopausa podem piorar o quadro ou serem gatilhos para seu desenvolvimento.

Além disso, estilo de vida que promove inflamação pode piorar o quadro existente.

Quais os sintomas do lipedema?

O principal sintoma da doença inclui edema (inchaço) das pernas, que faz com que elas se alarguem dos tornozelos até os quadris, de forma desproporcional ao restante do corpo. Há também sensibilidade aumentada, dor e hematomas, prejudicando a mobilidade do paciente em casos graves.

É bilateral, com aumento simétrico de tecido gorduroso principalmente nas pernas e tornozelos, associado a uma tendência ao edema, que piora ao ficar em pé.

Sintomas mais comuns:

• Dor;
• Hipersensibilidade ao toque e à pressão;
• Acúmulo de gordura da cintura até os joelhos ou tornozelos, podendo associar-se a uma marca anelar acima do tornozelo;
• Não acometimento dos pés;
• Acúmulo de gordura nos braços;
• Perda da elasticidade da pele;
• Hematomas fáceis e frequentes;
• Cansaço geral;
• Teleangectasias (vasinhos) nas pernas;
• Textura borrachosa do membro;
• Início na puberdade, gravidez ou menopausa;
• Podem ocorrer bolsões de gordura/fluído abaixo do joelho.

Quais os graus de lipedema descritos?

• Estágio I : superfície da pele normal com aumento da hipoderme;
• Estágio II: pele irregular, com sulcos. Grandes acúmulos de tecido gorduroso, lipomas e angiolipomas;
• Estágio III: grandes massas de tecido adiposo causando deformidades, especialmente nas coxas e nos tornozelos;
• Estágio IV: lipedema com linfedema (lipolinfedema)

Como é feito o diagnóstico do lipedema?

Não há exames de imagem ou laboratoriais suficientemente conclusivos para diagnosticar a doença, sendo este baseado nos sinais clínicos e sintomas.

Alguns exames complementares podem ser solicitados para comprovar a desproporção corporal, como a tomografia computadorizada, linfocintilografia, ressonância nuclear magnética, DEXA (composição corporal) e bioimpedância.

Observa-se notadamente que o linfedema é frequentemente associado ao lipedema, pois as células de gordura entumecidas podem bloquear os canais linfáticos, causando edema adicional.

É frequentemente acompanhada de outras doenças, como articulares, venosas, obesidade e transtornos psicossociais.

Como tratar o lipedema?

Não há cura identificada para o lipedema, entretanto, sua detecção e tratamento precoces podem reduzir os danos progressivos relacionados.

Esse tratamento é dividido em dois pilares, o conservador e o cirúrgico.

O tratamento conservador consiste em acompanhamento clínico e adoção de alguns cuidados, primordiais no controle dos sintomas. A diminuição do peso, associada a uma dieta controlada e à prática de exercícios físicos podem ajudar a reduzir a gordura não-lipedêmica e controlar a inflamação. Além disso, uso de meias de compressão associada à fisioterapia e drenagem linfática apresentam benefícios comprovados.

Como é feita a lipoaspiração para o lipedema?

A lipoaspiração tem se mostrado uma opção segura para a diminuição da circunferência e melhora da aparência dos membros inferiores. É a única técnica comprovadamente eficaz de remoção de células de gordura doentes. Além disso, há melhora da dor, da movimentação, do edema e diminuição da fragilidade capilar, tendo impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes.

O procedimento cirúrgico pode envolver múltiplas sessões, dependendo do grau da doença, realizadas a cada 5-6 meses. O volume aspirado deve obedecer aos limites de segurança calculados individualmente para cada paciente. 

É importante ressaltar que a lipoaspiração não cura o lipedema, mas pode ajudar a controlar sua progressão e proporcionar maior qualidade de vida ao paciente.

Por ter origens supostamente genéticas e hormonais, seu reaparecimento é possível. Portanto, o paciente não deve abandonar seu tratamento clínico tradicional.

É possível operar acima do peso?

Sim, é possível realizar a cirurgia mesmo estando acima do peso. No entanto, durante a lipoaspiração, não é possível separar a gordura doente da gordura saudável. Assim, em cirurgias realizadas com sobrepeso e considerando o volume máximo de segurança permitido para a lipoaspiração, pode ser que uma quantidade menor de tecido doente seja removida.

Há o uso de tecnologias para melhorar a retração da pele após a lipoaspiração?

Sim, é frequente o uso de tecnologias intraoperatórias para retração de pele, como laser Diodo, Morpheusâ, Bodytiteâ e Renuvion. As tecnologias podem ser combinadas, com o objetivo de estimular a produção de colágeno e promover uma melhor retração da pele após a lipoaspiração.

Como é a recuperação após a lipoaspiração para o lipedema? Quais as recomendações pós-operatórias?

A recuperação depende da região operada. De modo geral, em membros superiores, é recomendado o uso de malhas de compressão e fisioterapia especializada. Em membros inferiores, além das recomendações anteriores, são mantidos inicialmente orifícios de drenagem de líquidos acumulados, tratados durante as sessões com a fisioterapeuta. Além disso, botas de compressão pneumáticas são recomendadas durante o primeiro mês.

São também mandatórios o acompanhamento regular para monitorar a evolução do paciente, o uso correto das medicações prescritas e a não exposição solar por 6 meses a um ano da cirurgia.

Quando verei meu resultado final?

O resultado final é visto 9 meses a um ano após o último procedimento realizado. Período em que houve a regressão do edema e a ação do uso das tecnologias para retração de pele podem ser percebidas. Se quiser ler o blog anterior sobre o assunto, clique aqui.

O que é o ROOF (Retro-Orbicularis Oculus Fat)?

O ROOF, ou Gordura Retro-Orbicular dos Olhos, é um tecido fibrogorduroso localizado em um dos compartimentos de gordura da face, na região do supercílio (ou sobrancelha – Figura 2). Essa gordura tem uma distribuição específica na região periocular superolateral e desempenha um papel na estrutura e na aparência das pálpebras superiores.

Figura 2. Posição esperada do ROOF

O que acontece com o ROOF durante o envelhecimento?A região dos olhos está diretamente associas às características de envelhecimento ou jovialidade da pele. O ROOF pode apresentar um prolapso local como característica individual em jovens e presentes em algumas etnias (principalmente na população asiática, onde metade dos indivíduos não tem o sulco da pálpebra superior, evidenciando ainda mais essa desproporção). Porém, com o processo de envelhecimento, o ROOF pode sofrer alterações, como proliferação ou atrofia. Essas alterações podem levar a uma piora na aparência da pálpebra superior, causando um aspecto edemaciado ou inchado. O envelhecimento geralmente resulta em perda de elasticidade da pele e dos tecidos subjacentes, o que pode levar à protrusão ou ao afundamento do ROOF, contribuindo para as mudanças estéticas observadas na região periocular.

Se quiser ler mais sobre o envelhecimento das pálpebras e os compartimentos de gordura da face, clique aqui.

Qual a indicação para blefaroplastia com retirada do ROOF?A blefaroplastia com retirada do ROOF é indicada para pacientes que apresentam flacidez excessiva na região das pálpebras superiores, especialmente quando há queda significativa da pele da testa (frontal), além da presença de gordura retro-orbicular desproporcional, causando um aspecto edemaciado local.

Qual o tipo de anestesia utilizado nesse procedimento?Geralmente, a blefaroplastia com retirada do ROOF pode ser realizada sob anestesia local com sedação intravenosa ou sob anestesia geral, dependendo das características específicas de cada paciente e da preferência do cirurgião.

Quanto tempo dura a cirurgia?O tempo médio da cirurgia de blefaroplastia com retirada do ROOF varia de 1,5 a 2,5 horas, dependendo da extensão do procedimento e da complexidade do caso, incluindo a sistematização da técnica de ressecção do ROOF.

Como é realizado o procedimento? As cicatrizes ficam evidentes?A cirurgia é realizada através de uma incisão localizada no sulco palpebral superior (a mesma utilizada na blefaroplastia). As cicatrizes são posicionadas de forma que fiquem bem escondidas nas dobras naturais das pálpebras superiores (Figura 3).

A ressecção de gordura retro-orbicular dos olhos (ROOF), em conjunto com a blefaroplastia estética, consiste na capacidade de suavizar e reduzir o peso e o volume na região palpebral superior. Essa combinação cirúrgica é realizada em, aproximadamente, 90% das cirurgias da minha prática clínica atual.

Figura 3. Blefaroplastia superior (a retirada de ROOF pode ser realizada através das mesmas incisões cirúrgicas)

Qual o período de intenação? Em média de 6 a 12 horas (da mesma forma que a blefaroplastia clássica). Esse período pode se estender de acordo com cada paciente e/ou procedimentos associados.

Há dor no pós-operatório?

Durante o pós-operatório, é comum experimentar algum desconforto, mas a dor é geralmente controlada com medicamentos prescritos pelo cirurgião. Pacientes relatam que a maioria das sensações incômodas diminui consideravelmente nos primeiros dias.

Os olhos ficam muito inchados após a cirurgia? Por quanto tempo?

Inchaço é uma reação normal após a cirurgia, mas ele diminui rapidamente ao longo do tempo. Nos primeiros dias, é esperado um inchaço significativo, que gradualmente diminuirá ao longo das semanas seguintes. Geralmente, a maior parte do inchaço desaparece após as primeiras duas semanas, mas pode levar alguns meses para que todo o inchaço seja totalmente resolvido.

A recuperação é pior quando comparada à blefaroplastia clássica?

A recuperação da blefaroplastia com retirada do ROOF pode envolver um período ligeiramente mais prolongado em comparação com a blefaroplastia clássica devido à abordagem adicional para ressecção do ROOF. No entanto, a recuperação varia de paciente para paciente, e o cirurgião plástico fornecerá orientações personalizadas para otimizar o processo de recuperação.

Com quanto tempo terei meu resultado final?

Os resultados finais da blefaroplastia com retirada do ROOF se tornam mais evidentes à medida que o inchaço diminui e a cicatrização progride. Embora haja uma melhora notável nas primeiras semanas, é comum que os resultados finais possam ser observados após 6 a 12 meses de cirurgia.

Quais são as recomendações pós-operatórias?

• Evite esforços. Respeite os limites do seu corpo.


• Realizar compressas de água filtrada gelada ou chá de camomila gelado sobre os olhos ajuda a diminuir o tempo de edema e proporciona certo conforto pós-operatório. Recomendamos sua utilização a cada 2 horas por 15 minutos, de 3 a 7 dias. Não usar gelo!


• Alimentação normal (salvo em casos especiais). Recomendamos alimentação hiperproteica (carnes, ovos, leite), verduras (principalmente as verde-escuras, como espinafre, couve, brócolis, etc.), legumes e frutas. É importante alimentar-se de forma correta e equilibrada!


• Utilize óculos escuros continuamente, protegendo-se da luz e do vento.


• Não coce os olhos.


• Não utilize maquiagem nos olhos durante, pelo menos, 1 mês.


• Durma com a cabeceira elevada e barriga para cima.


• Não se exponha ao sol ou iluminação fluorescente (bronzeamento artificial) enquanto apresentar equimoses (“roxos), pois elas podem se transformar em manchas, levando longos períodos para desaparecerem. Geralmente as equimoses somem em torno de 2 a 4 semanas, porém este período é variável para cada pessoa.


• As cicatrizes não podem apanhar sol diretamente por um período de 18 meses. Utilize bloqueadores solares, mesmo quando estiverem cobertas.


• O retorno às atividades habituais e ao trabalho varia de acordo com a resistência de cada indivíduo e ao tipo de profissão exercida, com uma média de 7 a 10 dias.


• Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.

Retorne ao consultório para os curativos subsequentes e acompanhamento pós-cirúrgico, nos dias e horários estipulados.

Se quiser ler o blog sobre o assunto clique aqui.

A busca pela definição corporal através de procedimentos estéticos avançados permitiu o surgimento de técnicas como a Lipo HD, uma evolução da tradicional lipoaspiração. Para compreendermos o contexto dessa abordagem, é essencial voltar no tempo e conhecer a história do criador da lipoaspiração, Dr. Yves-Gérard Illouz, que descreveu a técnica pela primeira vez em 1980. Essa inovação proporcionou o realce das formas corporais, sendo posteriormente aprimorada pela criação da Lipo HD pelo cirurgião plástico colombiano Alfredo Hoyos em 2012. Esta introdução marca o início dos padrões de definição muscular e contorno corporal. 

LIPO LAD, LIPO HD, LIPO MEDIUM DEFINITION E LIPO SOFT DEFINITION: Compreendendo as diferenças

Ao adentrar o universo das técnicas modernas de lipoaspiração, deparamo-nos com termos como Lipo Lad, Lipo HD, Lipo Medium Definition e Lipo Soft Definition, cada qual desenhada para atender a diferentes expectativas e objetivos estéticos. Abaixo detalho o conceito, diferenças e indicação de cada um:

LIPO LAD (LIPOABDOMINOPLASRIA DE ALTA DEFINIÇÃO)

2. LIPO HD (LIPOASPIRAÇÃO DE ALTA DEFINIÇÃO):

   — A Lipo HD é uma técnica avançada que visa proporcionar uma musculatura mais definida, ressaltando contornos musculares e elevações anatômicas. Utilizando cânulas especiais e considerando o biotipo dos pacientes, essa abordagem busca resultados mais expressivos, principalmente na região abdominal.

3. LIPO MEDIUM DEFINITION OU LIPO MD (LIPOASPIRAÇÃO DE MÉDIA DEFINIÇÃO):

   – A Lipo Medium Definition se situa entre a Lipo HD e a Lipo Soft Definition em termos de intensidade de definição. Projetada para aqueles que desejam uma marcação menos acentuada do que a Lipo HD, mas mais definida do que a Lipo Soft, essa técnica visa equilibrar a escultura corporal com resultados proporcionais e naturais.

4. LIPO SOFT DEFINITION OU SD (LIPOASPIRAÇÃO DE DEFINIÇÃO SUAVE):

   – Voltada para quem busca resultados mais sutis e naturais, a Lipo Soft Definition é uma técnica de lipoaspiração que visa esculpir o corpo de forma delicada. Recomendada para aqueles que desejam uma definição mais suave dos contornos musculares, evitando uma aparência excessivamente marcada.

Cada uma dessas técnicas representa uma abordagem única na busca pela definição corporal, e a escolha entre elas dependerá das metas individuais, características físicas e preferências estéticas de cada paciente. 

PERGUNTAS E RESPOSTAS:

PARA QUEM É INDICADA A LIPO HD, MD E SD?   — A Lipo de definição é indicada para indivíduos que buscam uma definição muscular mais acentuada em áreas específicas do corpo, como abdome, flancos, coxas e braços.

QUEM DEVE FAZER A LIPO HD, MD E SD?   — A Lipo de definição é apropriada para pessoas em boa saúde, próximas ao peso ideal, que já mantenham uma rotina regular de exercícios físicos e desejam ressaltar a definição muscular.

PACIENTES ACIMA DO PESO SÃO BONS CANDIDATOS PARA A LIPO HD, MD E SD?   — Geralmente não. A Lipo de definição destina-se a pacientes que já possuem uma boa forma física, já que seu objetivo é realçar os contornos musculares existentes, não proporcionando emagrecimento significativo. A escultura de tecidos gordurosos simulando musculatura proporciona resultados artificiais e inestéticos, não sendo recomendada.

PODE SER ASSOCIADA A OUTRAS TECNOLOGIAS?   — Sim, a Lipo de definição pode ser associada a tecnologias como ultrassom ou laser para potencializar a quebra de gordura e otimizar os resultados de definição muscular, além de técnicas para retração de pele visando evitar ou tratar flacidez pós-procedimento. Essa associação é, inclusive, muito comum, na prática de consultório.Se quiser ler mais sobre tecnologias, clique aqui!

COMO É O PÓS OPERATÓRIO DA LIPO HD, MD E SD?   — O pós-operatório inclui repouso (individualizado de acordo com o porte cirúrgico realizado), uso de cintas compressivas específicas, drenagem linfática, fisioterapia e manipulações pós cirúrgicas, além  de restrição de atividades físicas intensas. O acompanhamento médico é fundamental para garantir uma recuperação eficaz.

EM QUANTO TEMPO TENHO O RESULTADO FINAL DA LIPO HD, MD E SD?   — Os resultados iniciais podem ser percebidos já nas primeiras semanas, mas a definição completa dos músculos e o resultado final, em geral, levam alguns meses, variando de paciente para paciente (em média 9 meses a 1 ano de pós-operatório).

E SE EU ENGORDAR APÓS A LIPO HD, MD E SD?   — A Lipo de definição não impede o ganho de peso futuro. Engordar após o procedimento pode afetar os resultados. Destaca-se, assim, a importância de manter hábitos saudáveis para preservar o contorno conquistado.

COMO DEVE SER A ROTINA APÓS A CIRURGIA DE LIPO HD, MD E SD?   — Após a cirurgia, seguir as orientações médicas é crucial. Além disso, manter uma rotina saudável com dieta equilibrada, exercícios regulares e o uso adequado de cintas compressivas são recomendados para otimizar os resultados e a recuperação.

Porém, janeiro também é um dos meses mais quentes do ano, o que faz com que os cuidados do pós-operatório sejam redobrados. Nesse texto esclarecerei o motivo pelo qual estes devem ser seguidos à risca.

1. Maior inchaço e desconforto

A região operada apresenta um inchaço, de evolução natural nos primeiros meses. Esse edema e desconforto pioram com a exposição ao sol e ao calor, devido à vasodilatação sanguínea que promovem. Assim, no período de maior inchaço e de equimoses (roxos), ela não é recomendada (esse tempo varia de acordo com o tipo de cirurgia e região operada).

2. O sol escurece a cicatriz

A exposição solar direta está contraindicada até o amadurecimento da cicatriz, que ocorre quando ela deixa de ser avermelhada. Esse período varia de 1 a 2 anos, dependendo do tipo de pele e região da cirurgia.

Esses cuidados são essenciais, já que a queimadura solar precoce pode estimular os melanócitos da região, hiperpigmentando-a, ou seja, escurecendo-a permanentemente.

O período mínimo recomendado para evitar qualquer exposição solar é de aproximadamente 3 meses (idealmente 6 meses), período de maior inchaço local.

Após esse período inicial, não é recomendado tomar sol desprotegido na região. Porém, ela pode ser realizada com alguns cuidados:

• Use um protetor solar adequado para a sua pele e de alto FPS (acima de 60), tendo atenção redobrada com a região da cicatriz. Não esqueça de repassá-lo a cada 2 horas;

• cubra o local operado com roupas, se possível com proteção UV;

• faça uma proteção extra na cicatriz com fita micropore;

• fique embaixo do guarda-sol.

3. Banhos de imersão

Outra informação importante é quanto aos banhos de imersão. Enquanto os cortes não estiverem bem cicatrizados, tais banhos, como de mar e piscina, não são recomendados.

Em uma região recém operada, podem facilitar a entrada de microorganismos e predispor a uma infecção local (comprometendo, inclusive, o seu resultado).

4. Hidratação

Cirurgias grandes (como lipoaspiração e cirurgias combinadas) estão mais propensas à hipotensão, que pode ser potencializada com o calor excessivo.  Portanto, preste atenção na hidratação!

5. Cintas e malhas pós-cirúrgicas

E por último, mas não menos importante, sempre utilize os sutiãs e as cintas pós-cirúrgicas no período indicado pelo seu cirurgião plástico, pois são fundamentais para a boa evolução pós-operatória! É claro, são um pouco desconfortáveis devido ao calor, mas seu uso é indispensável para um bom resultado.

OBS: lembre-se, essas orientações são generalizadas, elas devem ser individualizadas a cada caso, dependendo do tipo de cirurgia, tipo de pele  e fototipo do paciente.

A mamoplastia de aumento é a cirurgia estética mais realizada no mundo. Porém, a preocupação com um explante futuro é cada vez mais  frequente  durante a decisão cirúrgica.

A retirada da prótese sempre é possível, a dúvida é sobre o resultado final após o procedimento.

Do que depende o resultado após o explante?

O resultado e cirurgia proposta dependem de alguns fatores e, basicamente, estão diretamente relacionados à flacidez de pele e da relação do tamanho do implante / tecido mamário residual existente.

            Durante sua vida, a mulher passa por diversas fases hormonais e outras decorrentes do próprio envelhecimento normal. Consequentemente, o corpo passa por diversas mudanças: alterações hormonais (gestações, menopausa, tratamentos medicamentosos), oscilações de peso e outros efeitos do envelhecimento natural que resultam em alterações na constituição corporal.

            O desenvolvimento da mama envolve diversos fatores locais, relacionados à própria glândula, e fatores externos e pessoais, como dieta, etnia, ambiente, entre outros. Em geral, seu amadurecimento completa-se após a primeira gestação e sua involução, normal do envelhecimento feminino, inicia-se tão precoce quanto 30-35 anos. Nesse processo de involução, ocorre uma atrofia natural da glândula, com lipossubstituição (depósito de gordura). Essa gordura, menos densa e menos firme, associa-se à flacidez de pele gradual, promovendo um descenso das estruturas, resultando na ptose mamária. Alguns fatores, como gestação tardia, reposição hormonal, entre outros, atrasam esse processo.

            Além disso, a técnica da mamoplastia realizada previamente também interfere no resultado final pós explante (plano de colocação da prótese, quantidade de retirada de tecido, entre outros).

            É fácil perceber que as variantes são inúmeras e uma projeção de resultado a longo prazo, extremamente difícil.

            De modo geral, mamoplastias de aumento simples, com boa elasticidade de pele, são passíveis de lipoenxertia após a retirada do implante, para melhora do contorno corporal. É importante salientar que a lipoenxertia nunca fornece os mesmos resultados estéticos, em volume e projeção, do que a prótese de silicone.

            Em mamoplastias prévias com flacidez cutânea resultante, há duas situações possíveis:

• volume mamário (glândula + gordura) suficiente: o explante associado à mastopexia, em tempo único pode ser realizado, com um bom resultado estético final.
• conteúdo mamário muito atrófico ou insuficiente: o volume final pós cirurgia será pequeno. Em alguns casos é possível o preenchimento com gordura no mesmo tempo da retirada da prótese. Porém, essa lipoenxertia pode ser insuficiente ou não factível durante essa cirurgia de explante. Nesses casos, a mama resultante será pequena, proporcional ao volume mamário existente e a opção por procedimentos associados fica a critério da paciente, de acordo com a sua satisfação pós operatória.

Assim, a minha recomendação para as minhas pacientes é que, caso a resistência ao implante de silicone seja somente o planejamento cirúrgico futuro, que não se preocupem ou antevejam precipitadamente o resultado. Além das características e variações mamárias serem amplas, expectativas estéticas e objetivos também mudam ao decorrer dos anos. Em casos bem indicados, fugindo de modismos (claro), uma expectativa com um futuro relativamente distante não deve interferir em uma queixa atual. Uma preocupação estética presente pode não ser relevante em uma outra fase da vida.

Fonte: Xavier NL. A evolução e a involução mamária. Rev. bras. mastologia;7(1):35-41, mar. 1997.

Após uma cirurgia estética, alguns pacientes desejam realizar uma tatuagem para esconder a cicatriz.

Antes de discutirmos sobre o tempo ideal para sua realização, precisamos discutir alguns aspectos da cicatrização.

Após uma ferida na pele, o processo de reparo passa por três fases, até sua maturação final. Não entrarei em detalhes sobre todas as fases, pois os termos são extremamente técnicos e não interessam no momento. Porém, é importante salientar que a cicatriz atinge seu resultado final com aproximadamente um ano de cirurgia.

O que isso quer dizer?

Alguns pacientes queixam-se da cicatriz avermelhada nos primeiros meses após a cirurgia. Se esse é o motivo da busca de uma camuflagem local, é importante salientar que, com o término do processo de cicatrização, a grande maioria tornar-se-á clara, quase imperceptível. Mais de 90% dos pacientes não se queixam do aspecto da cicatriz após sua evolução e maturação final (Fig. 2).

Mas, se mesmo com essa informação o desejo permanece, vamos ao momento certo de realizar a tatuagem

A tatuagem é realizada pela aplicação de um pigmento na derme (segunda camada da pele em profundidade). A tinta fica restrita e estável nessa região, visto que são compostas por partículas grandes, que não podem ser eliminadas pelas células do organismo. Caso sejam depositadas mais superficialmente, acabam perdidas pela descamação natural da pele.

Após a realização desse procedimento, o corpo recruta diversos fatores de cicatrização, promovendo também um processo inflamatório local.

Durante o período de recuperação da cirurgia, uma tatuagem pode comprometer os dois processos de cicatrização.

Como expliquei acima, a cicatriz de uma cirurgia demora aproximadamente 1 ano para atingir sua fase final de maturação . Então, não fica difícil compreender que somente após esse período é recomendado um novo processo inflamatório e nova “agressão” sobre a região, certo?

Passando essa fase, o risco de um novo procedimento trazer problemas à cirurgia é reduzido.

Outro ponto é referente à absorção do pigmento em regiões cicatriciais. Cicatrizes não possuem as camadas da pele organizadas e bem estabelecidas como na pele íntegra. Por esse motivo, uma área cicatricial pode ter uma dificuldade maior em absorver a tinta e mais de uma sessão, ou retoques da tatuagem, podem ser necessários.

Mas como fica a tatuagem em regiões operadas, mas sem a cicatriz propriamente dita?

Para regiões manipuladas cirurgicamente (como área de lipoaspiração, abdome pós abdominoplastia, etc.), mesmo que não tenha a cicatriz propriamente dita, a regra é a mesma.

Primeiro porque a região passa pelas mesmas fases de cicatrização e recuperação, mesmo que não visíveis externamente.

Depois, porque a área operada apresenta um edema (inchaço) comum a qualquer região traumatizada. Inchaço esse, que estimamos ter remissão completa após 12 meses de procedimento (quando, enfim, atingimos sua configuração final). Portanto, qualquer desenho realizado durante esse período, pode ficar ligeiramente distorcido após a recuperação total e perder parte de sua beleza.

E quanto à cobertura de quelóides?

Tatuagens em pacientes com quelóides não são, em absoluto, recomendadas. O trauma comum ao procedimento pode reativar o processo e piorar a cicatriz patológica.

Na verdade, não recomendo a tatuagem para nenhum paciente que tenha predisposição ao quelóide. Mesmo em pele íntegra, em regiões nunca manipuladas, a tatuagem pode resultar no aparecimento dessa alteração cicatricial e apresentar um resultado inestético indesejável.

E regiões não operadas e não manipuladas, podem ser tatuadas precocemente após uma cirurgia plástica?

Em qualquer recuperação pós operatória, existe o risco inerente de infecção local. Porém, com os cuidados adequados durante o ato cirúrgico e a colaboração do paciente na sua rotina de recuperação (no que se refere a higiene, uso de medicações e demais cuidados), esse risco é extremamente minimizado.

Durante esse período, o cuidado para evitar portas de entradas para bactérias deve ser redobrado.

Um foco de infecção pode originar-se em uma região distante e atingir, pela corrente sanguínea, os tecidos manipulados cirurgicamente, causando complicações que podem ser severas, além de comprometer o resultado estético.

As implicações tendem a ser mais importantes em cirurgias que envolvam a colocação de próteses de silicone. Ela pode resultar, inclusive, na necessidade da retirada dos implantes para controle infeccioso e, seguindo essa retirada, um período livre das próteses, para  que a cura total possa ser alcançada.

Assim, é importante que o paciente respeite esse período de recuperação inicial da cirurgia antes de se submeter a uma nova tatuagem.

Camuflagem de cicatrizes

Há um vertente, denominada tatuagem estética, onde cicatrizes hipocrômicas (mais claras) são pigmentadas de forma a ficarem com o tom semelhante ao tom da pele natural do paciente.

Cicatrizes hipercrômicas (mais escuras) não podem ser tratadas dessa forma, e requerem outros tipos de abordagens,  individualizadas caso a caso.

Porém, apesar da abordagem e objetivos diferentes, o tempo para a realização desse tipo de pigmentação é o mesmo do que as anteriores, devendo ser respeitado o tempo de maturação da cicatriz.

Orientações gerais

Respeitadas todas as orientações acima, os cuidados, como em qualquer procedimento invasivo, são essenciais:

• escolha um profissional experiente e de confiança, que seja habilitado e esteja acostumado com esse tipo de tatuagem. Além disso, a utilização  de tintas de alta qualidade e o respeito às normatizações de assepsia e antissepsia (lembre-se que, caso não respeitadas, há o risco de contaminação por HIV, hepatites, sífilis, ou mesmo infecções bacterianas) são indispensáveis.
• respeite as orientações pós procedimento, de higiene e demais cuidados locais
• evite exposição solar

Tendo em vista as recomendações acima, as tatuagens podem ser realizadas com segurança e tranquilidade.

Geralmente confundidas com verrugas ou pintas, aparecem como protuberâncias pedunculadas na pele, da mesma cor que esta, amarronzadas ou pretas. Diferentes das verrugas, não tem relação com infecção viral.

São benignas (sem chance de transformação maligna) e assintomáticas.

Por que aparecem?

Mais frequentes em pessoas acima dos 30 anos, sua causa ainda não é bem estabelecida.

Porém, acredita-se que seu surgimento esteja relacionado com:

• predisposição genética
•  resistência à insulina (diabéticos, obesos)
•  fatores hormonais (gravidez, acromegálicos).

Acomete homens e mulheres na mesma proporção.

Tendem a aumentar de tamanho com o passar do tempo, de acordo com as suas causas: evolução natural em hereditárias, com a descompensação glicêmica ou desequilíbrio hormonal.

Apesar de não terem transformação maligna, é causa frequente de traumas locais (pela roupa, uso de correntes, unhas, etc.), algumas vezes seguidos por infecção.

Sua retirada ocorre pelos motivos explicados acima, ou mesmo por queixa estética do paciente.

E como tratar?

O tratamento é simples e pode ser realizado em consultório, com anestesia local. Pode ser através da ressecção simples ou cauterização, dependendo do tamanho da lesão.

 Geralmente esse tratamento é bem tolerado e não deixa cicatrizes evidentes.

Posso usar receitas caseiras para retirar as lesões?

Não! Receitas caseiras para remoção não são recomendadas. O tratamento tanto em ambiente inadequado ou por pessoas não capacitadas podem causar complicações que podem ser reversíveis (como dermatites, retirada parcial com dor local e/ou infecção local) ou resultar em sequelas permanentes (como cicatrizes inestéticas locais).

Tem uma seção direcionada a pequenos procedimentos aqui no site, se quiser ler mais sobre o assunto, clique aqui.