Câncer de Pele – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br Transformando vidas com excelência e cuidado especializado Fri, 25 Oct 2024 12:58:23 +0000 pt-BR hourly 1 https://marcelascarpa.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cropped-Favicon-Marcela-Scarpa-32x32.png Câncer de Pele – Dra. Marcela Scarpa https://marcelascarpa.com.br 32 32 Ex-Miss Descobre Câncer Raro e Agressivo na Unha. Suspeitas Recaem Sobre as Unhas em Gel. https://marcelascarpa.com.br/unhas-em-gel-e-o-cancer-de-pele/ Sun, 05 May 2019 21:22:00 +0000 https://marcela.local/?p=11239 Entenda porque os especialistas estão alertando sobre a técnica

Unhas em gel tornaram-se muito populares nos últimos anos devido as suas cores vibrantes e longa duração. No entanto, o melanoma diagnosticado na modelo Karolina Jasko provocou uma série de novas preocupações sobre a técnica, principalmente com relação ao câncer de pele.

Miss Illinois, então com 21 anos, percebeu uma pequena linha preta em seu polegar enquanto fazia a remoção das unhas em gel. Uma semana depois, a região começou a apresentar edema (inchaço) e vermelhidão. Karolina foi diagnosticada com melanoma, uma variação agressiva de câncer de pele.

Aos 21 anos, Karolina revelou que teve toda a unha do polegar removida em cirurgia e, complexada, cobriu o dedo com um curativo por praticamente um ano.

Melanoma de unha

“melanoma de unha” ou “melanoma subungueal” é um câncer que,  como o nome diz, afeta os tecidos abaixo da unha das mãos e/ou dos pés. Esse câncer é mais comum nos polegares, mas pode afetar qualquer dedo, seja da mão ou do pé.

Os sinais incluem uma faixa de pigmentação escura que cobre a unha, e causa fragilidade e sangramento no local afetado. O câncer é difícil de ser diagnosticado por ter características semelhantes a um hematoma ou infecção, como foi o caso de Karolina.

A causa do melanoma subungual ainda não é totalmente clara para a medicina. Porém, é consenso que causas multifatoriais, como a genética e fatores ambientais (entre eles a exposição ao raio UV, utilizado na fixação das unhas de gel), podem favorecer seu aparecimento.

A aplicação da Unha em Gel

As unhas em gel são bastante populares, mas aplicá-las e removê-las envolve um grande processo. A substância do gel assemelha-se à composição de um acrílico, e sua “secagem” é finalizada com exposição à luz UV. Especialistas alertam que a exposição, apesar de breve, é intensa, e não é recomendada para pessoas com maior predisposição a desenvolver a doença.

Sua remoção envolve processos que desgastam a unha e podem deixá-las ressecadas e quebradiças, principalmente devido ao uso intenso da acetona.

melanoma lentiginoso acral, como esse que acometeu Karolina e também vitimou o cantor Bob Marley, é incomum e geralmente diagnosticado através da investigação após o aparecimento de novas manchas nas unhas.

Já falei em detalhes sobre ele no artigo: O melanoma acral de Bob Marley, clique aqui para ler.

Miss Karolina Jasko conta com um histórico familiar de câncer – sua mãe desenvolveu a doença 2 vezes e se recuperou – no entanto, seu médico acredita que a frequente exposição a luz UV para colocar suas unhas em gel pode ter contribuído para a manifestação da doença.

“De maneira geral, a luz ultravioleta utilizada na secagem das unhas em gel é mínima e, por isso, pode ser considerado seguro utilizá-la. Para que o procedimento cause algum dano, seriam necessárias muitas exposições. ”, disse Dr. Rubestein, médico responsável pelo atendimento de Karolina.

Luzes UVA

“As lâmpadas utilizadas nestes casos emitem raios ultravioletas do tipo A, que possuem comprimento de onda maior que o tipo B, e, portanto, penetram mais profundamente na pele”, explica a Dra. Susan Swetter, diretora de estudos sobre Lesões Pigmentadas e Melanoma, professora de dermatologia do Centro Médico da Universidade de Stanford e do Instituto do Câncer.

“Nós sabemos que ambos (UVB/UVA) contribuem para o risco de câncer de pele, incluindo o melanoma, porém nesses casos a exposição é muito pequena, e dificilmente oferece grandes riscos”, completa a especialista.

Devemos nos preocupar?

Um estudo divulgado pelo periódico JAMA Dermatology, em 2014, mensurou a concentração das emissões UV das lâmpadas utilizadas na secagem das unhas e descobriu que mesmo após muitas aplicações, o risco de câncer de pele se mantém baixo.

Já em um artigo publicado recentemente pelo mesmo jornal, uma análise dos casos de duas mulheres saudáveis ​​de meia idade, sem histórico pessoal ou familiar, que desenvolveram câncer de pele não-melanoma no dorso de suas mãos. Ambas as mulheres relataram exposição prévia a luzes UV durante a aplicação das unhas em gel. Os pesquisadores consideram que a exposição às luzes UV nas unhas pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pele e, por isso, recomendam enfaticamente a realização de novas pesquisas sobre os efeitos fisiológicos provocados pela técnica.

É importante proteger as mãos

Os autores dos estudos recomendam o uso de protetor solar nas mãos ou luvas de proteção durante a utilização das lâmpadas UV.

No caso das luvas, é importante optar pelos tons escuros e opacos, uma vez que as luvas brancas de algodão possuem FPS 4 (muito baixo).

Apesar do baixo risco de câncer de pele, o procedimento evidentemente contribui para o fotoenvelhecimento precoce.

Sintomas

Independentemente de utilizar ou não a técnica de unhas em gel, é importante visitar um especialista assim que notar algo diferente na pele.

Feridas avermelhadas e não cicatrizantes nas mãos podem ser indícios de um câncer de pele.

Já falei detalhadamente sobre os tipos de Câncer de Pele e alguns métodos para identificá-lo no artigo: Fã alerta medalhista olímplico Rio-2016 sobre Melanoma, clique aqui para ler.

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Uso Diário de Protetor Solar Reduz Em 40% o Risco de Melanoma Em Jovens https://marcelascarpa.com.br/protetor-solar-diario-reduz-em-40-risco-de-melanoma/ Sat, 08 Dec 2018 17:38:55 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=8906 Uma das mais renomadas instituições de ensino da Austrália, a University of Sydneyvem desenvolvendo pesquisas ao longo dos anos sobre os benefícios do uso do protetor solar desde a infância.

Este estudo foi realizado através de análises comparativas entre australianos que usavam protetor solar diariamente desde a infância e os que raramente usavam, ou não usavam. Como resultado, constatou-se que os cidadãos australianos em idades entre 18 e 40 anos, que aplicavam o protetor solar desde a infância, reduziram em 40% o risco de desenvolver melanoma.

O que é melanoma?

De acordo com o site da organização americana Melanoma Research FoundationMelanoma é geralmente, mas nem sempre, um câncer da pele. Se origina dos melanócitos – as células que produzem o pigmento melanina que colore a pele, o cabelo e os olhos. Os melanócitos também formam pintas na pele, onde o melanoma geralmente se desenvolve. A presença desses sinais pode ser um fator de risco para melanoma, mas é importante frisar que a maioria deles não oferece risco de malignização”.

Esse tipo de câncer é o mais recorrente em cidadãos australianos, sendo diagnosticado como principal causa de câncer entre homens de 25 a 49 anos. Entre mulheres nesta mesma faixa etária, o melanoma encontra-se em segundo lugar, atrás apenas do câncer de mama.

Quais são as causas de melanoma?

Pesquisas sugerem que aproximadamente 90% dos casos de melanoma podem ter conexão com à exposição a raios UV (ultravioleta) – que são emitidos na maioria das vezes pelo sol, ou menos frequentemente, por fontes artificiais, como as câmaras de bronzeamento artificial.

Porém, sua origem pode ser em qualquer melanócito presente no corpo, até mesmo naqueles não expostos ao sol. Os raios ultravioletas nem sempre são os responsáveis pelo seu desenvolvimento, a exemplo do melanoma mucoso e ocular.

histórico familiar, a genética e fatores ambientais, podem ser apontados como predisponentes ao aparecimento do melanoma (também abordei esse tema em outro artigo, no qual detalho melhor as causas e os sintomas do Melanoma, se quiser relembrar acesse: Alerta Medalhista Olímpico Rio-2016 sobre Melanoma).

Existe tratamento para melanoma?

De acordo com a American Cancer Societytratamento de melanoma é variável de acordo com o estadiamento (nível) da doença no paciente. A melhor chance de cura ocorre quando é diagnosticado em seu estágio inicial, sendo tratado cirurgicamente pela ressecção da lesão. Nesses casos não há necessidade de tratamentos adjuvantes. No entanto, para os níveis avançados outros tratamentos podem ser necessários como:

  1. Cirurgias ampliadas
  2. Imunoterapia
  3. Terapia alvo
  4. Quimioterapia
  5. Radioterapia

Segundo a revista acadêmica de medicina JAMA Dermatology, esse estudo realizado pela University of Sydney e divulgado em 2018, é pioneiro na realização de pesquisas que relaciona o uso de filtro solar e o perigo eminente de melanoma entre jovens com menos de 40 anos de idade. Cerca de 1700 pessoas que participaram do Australian Family Melanoma Study tiveram dados coletados e analisados pelos pesquisadores.

O trabalho científico apontou que os usuários que mais utilizavam o protetor solar eram do sexo feminino, jovens, de origem européia, pigmentação mais clara da pele e com um forte histórico de queimaduras solares.

Ainda que existam no mercado diversos tipos de protetores solares e também uma gama variada de preços, o uso deste produto ainda é restrito a apenas a uma pequena parcela da população. E conclui: “Este estudo confirma que o protetor solar é uma forma eficaz de proteção solar e reduz o risco de desenvolver melanoma quando adulto. Este deve ser aplicado regularmente durante a infância e na idade adulta, sempre que o índice UV for igual ou superior a 3, para reduzir o risco de desenvolver melanoma”.

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Bob Marley e o Melanoma Acral https://marcelascarpa.com.br/melanoma-acral-de-bob-marley/ Fri, 11 May 2018 16:45:05 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=8249 Hoje, 11 de maio de 2018, completam-se 37 anos que o músico e compositor jamaicano Bob Marley deixou milhares de fãs inconsoláveis com sua partida precoce, em 1981.  Ele foi diagnosticado com um câncer de pele extremamente grave, o melanoma acral maligno.

Enquanto a maioria dos melanomas tem como causa principal a exposição à radiação ultravioleta (UV) solar, este tipo desenvolve-se independentemente desta condição. Ocorre em regiões como plantas dos pés (mais comum), palmas das mãos ou abaixo das unhas. Suas causas mais prováveis originam-se de fatores genéticos, apesar de não serem conhecidos fatores de riscos específicos para seu desenvolvimento. Ocorre predominantemente em idosos, com idade média de 60 anos.

É muitas vezes confundido com lesões benignas, como uma simples micose ou até mesmo um hematoma. Geralmente tem início com uma mancha irregular, castanha clara ou até preta. O subtipo amelanótico (sem cor) é o de diagnóstico mais difícil.

Por este motivo, Bob Marley não se preocupou quando uma mancha escura apareceu sob sua unha do pé, atribuindo seu desenvolvimento a uma lesão local recente simples, consequente a um “machucado” durante uma partida de futebol.

Embora esta forma de melanoma seja rara, é um dos subtipos mais comuns em pessoas de pele mais escura. Normalmente tem comportamento mais agressivo devido sua detecção tardia.

Em 1980, Bob recebeu o diagnóstico e foi aconselhado pelos médicos à  realizar a amputação do dedo. A conduta foi imediatamente recusada, pois contrariava os princípios de sua filosofia rastafári , além da preocupação em ter os movimentos de sua dança prejudicados, num momento em que vivenciava o auge de sua carreira.

Devido à sua escolha, o melanoma acral do cantor jamaicano evoluiu e sofreu metástases, acometendo seu cérebro, pulmão e estômago.

Ele lutou durante 8 meses contra a doença, buscando tratamentos alternativos como os do médico naturalista alemão Dr. Joseph IsselsBob Marley faleceu aos 36 anos, durante uma viagem de regresso à Jamaica.

O Melanoma

Atualmente os avanços tecnológicos nos tratamentos dos tipos de melanoma poderiam ter poupado ou prolongado a vida de Bob Marley.

Suas variantes cutâneas incluem:

  • Melanoma Extensivo Superficial: tipo mais comum e menos agressivo de melanoma.
  • Melanoma Nodular: tipo mais agressivo.
  • Melanoma Lentigo Maligno: mais comum em áreas expostas ao sol e mais prevalente em idosos.
  • Melanoma Lentiginoso Acral: o tipo mais raro e que acometeu Bob Marley

O INCA (Instituo Nacional de Câncer) estimou quase 6 mil novos casos de melanoma no Brasil em 2016.

Todas essas formas de tumores originam-se dos melanócitos (células produtoras de melanina), que proporcionam cor à pele e ao cabelo, protegendo-os dos raios UV.

Embora suas origens biológicas sejam as mesmas, existem fundamentais diferenças entre seus subtipos, afetando a maneira como crescem, sua disseminação e até mesmo a forma como respondem ao tratamento.

Pesquisas contra o câncer

Pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer de Manchester, no Reino Unido, divulgaram em 2014 em seu website, uma pesquisa genética liderada pelo Professor Richard Marais.

Eles contaram com avançadas técnicas de análise e sequenciamento de DNA, que facilitaram a compreensão de muitos tipos de câncer. Foi possível “ler” toda a informação genética dentro das células de um tumor (em seu genoma) em questão de dias, revelando o catálogo de falhas genéticas que carregavam.

Em um artigo publicado na revista Cellment Cell & Melanoma Research em 2014, o professor Marais e sua equipe analisaram detalhadamente amostras dos genomas de melanoma acral de 8 pacientes e compararam com dados de 5 melanomas mucosos, 12 uveais e 25 melanomas cutâneos.

Sua análise revelou que o padrão de falhas genéticas do melanoma acral são bastante diferentes das dos outros tipos de câncer de pele.

Apesar disso, ao examinar genes específicos, os pesquisadores verificaram que essas distorções nos melanomas acrais levaram à mutações em vários outros genes, também implicados como risco para outros tipos de câncer. Dentre eles estão os genes denominados BRAF e KIT, já conhecidos por causar alterações no melanoma cutâneo.

A equipe também identificou uma seleção de outros genes defeituosos como, P53, PTEN, NRAS e APC – todos bem conhecidos por fazer com que as células cresçam sem controle, levando ao câncer.

O que torna esses tumores tão distintos?

Sabe-se já há alguns anos, que os tumores de pele carregam sinais característicos de danos em seu DNA, provenientes da exposição a raios ultravioleta (UV). No entanto, mesmo tendo encontrado esse tipo de evidência em amostras anteriores, o estudo do professor Marais não concluiu esta alteração nas atuais formas de melanoma acral analisadas.

Isso pode sugerir que, embora a exposição ao raios UV possa desempenhar um papel importante nos melanomas acrais de alguns pacientes, não é um fator determinante.

O outro achado interessante de sua análise é que os melanomas acrais e de mucosa parecem ser amplamente semelhantes quando se trata da quantidade e do tipo de dano genético .

Compreender as falhas genéticas individuais que determinam diferentes formas e subtipos de câncer parece fundamental para a determinação eficaz do tipo de tratamento a ser indicado, principalmente nos quadros mais agressivos da doença.

Conforme as pesquisas avançam, descobre-se que as complexidades genéticas do câncer podem variar em diferentes regiões do corpo de um mesmo paciente, e até mesmo dentro do mesmo tumor. Essas falhas genéticas podem, inclusive, mudar e evoluir à medida que a doença progride, ajudando a desenvolver resistência ao tratamento.

Existe um campo imenso a ser explorado no diagnóstico e tratamento do câncer, principalmente na área de terapias geneticamente direcionadas para melhorar a taxa de sobrevivência, além do desafio político e econômico de tornar os custos dos medicamentos acessíveis.

Em todo o mundo existem pacientes ansiosos esperando por opções de tratamentos mais eficazes e que ofereçam maiores chances de cura. Por isso é tão importante que esses avanços continuem acontecendo e movimentando a ciência.

Saiba mais sobre os tipos de melanoma, a maneira como manifestam-se e como identifica-los nessa matéria.

Se você estiver com mais dúvidas ou quiser saber mais sobre isso, procure ajuda profissional médica.

Fontes:
https://goo.gl/zLwLku
https://goo.gl/n1vtpv

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Fã Alerta Medalhista Olímpico Rio-2016 Sobre Melanoma https://marcelascarpa.com.br/fa-alerta-medalhista-olimpico-rio-2016-sobre-melanoma/ Fri, 02 Mar 2018 16:37:21 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=7925 Mack Horton é o nome do nadador australiano vencedor na modalidade 400m livres das Olimpíadas do Rio 2016, conquistando o cobiçado ouro olímpico.

Mesmo contando com a federação médica australiana, Mack foi surpreendido com o e-mail de um fã. Nesse contato, ele alertava o médico da Federação Australiana de Natação sobre uma mancha suspeita na região do tórax do nadador de 20 anos.

Logo em seguida, seguindo as orientações de seus médicos, Mack passou por um procedimento cirúrgico, em Melbourne, para removê-la, e aguardou a confirmação anatomopatológica para saber a natureza da pequena lesão. Para a surpresa de todos, veio o diagnóstico de Melanoma Maligno, um dos tumores com comportamento mais agressivos, com a cura diretamente dependente do seu tratamento precoce.

Na rede social, Mack Horton postou uma mensagem de agradecimento ao fã:
“Agradecimento à pessoa que mandou um e-mail ao médico da equipe de natação e disse para que eu examinasse minha verruga. Boa decisão. Muito boa decisão”, escreveu o nadador no Instagram.

Ao jornal Herald Sun, Mack contou: “Ele mandou o e-mail ao médico da equipe de natação e disse: ‘Eu observo essa verruga há um tempo, Mack provavelmente deveria ir fazer um teste’, então o médico me mandou a recomendação.”

No Facebook, o Melanoma Institute Australia deixou uma mensagem para Mack: “Ficamos felizes em saber que você foi checar a pinta. Obrigado por ajudar a divulgar a importância de sempre examinar a pele :)”.

A Austrália conta com o maior índice de melanoma do mundo: 1 em cada 24 mulheres e 1 em cada 14 homens são diagnosticados com câncer de pele em algum ponto de suas vidas.

O que é Melanoma?

É um tipo de tumor maligno originado das células que produzem melanina (melanócitos, que proporcionam a pigmentação do corpo).

O câncer de pele é muito comum em nosso país, e o diagnóstico de Melanoma Maligno está presente em 3% dos casos. Esta é a forma mais agressiva e letal, necessitando de detecção precoce e tratamento eficiente.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2016 estimou-se 5670 novos casos de melanoma no país.

Quais as Causas?

A maioria dos casos está relacionada à alta exposição solar principalmente aos raios UV, que tem efeito cumulativo durante a vida. Alguns fatores genéticos podem também contribuir para uma maior chance de desenvolver o câncer de pele. Em geral, as causas e os fatores de riscos são:

  • Exposição prolongada ao sol
    Exposição excessiva aos raios solares (principalmente sem proteção) acelera o envelhecimento da pele, além de aumentar as chances de desenvolver câncer de pele no futuro.
  • Pele clara
    Pessoas de pele clara têm maiores riscos de desenvolver a doença do que as de pele escura, no entanto, pessoas de pele negra também desenvolvem câncer de pele.
  • Queimadura grave de sol
    Prévias queimaduras solares graves aumentam as chances de desenvolvimento da doença no futuro.
  • Doença na família
    O histórico familiar de melanoma aumenta o risco em 2,2 vezes.
  • Imunidade Baixa
    Pessoas que possuem o organismo com baixa imunidade devido a leucemia, transplante de órgãos ou ao efeito da utilização de certos remédios, podem apresentar maior disposição à desenvolver o câncer de pele
  • Idade
    A maioria dos casos de melanoma é identificada em pessoas com idades a partir de 50 anos.

Quais os Sintomas?

Na maior parte dos casos, o acometimento do melanoma inicia-se com uma lesão cutânea. O envolvimento de outros órgãos, como pulmão, trato gastrointestinal, cérebro, entre outros, relaciona-se à disseminação da doença (metáteses), determinando maior gravidade do quadro.

Muitas pessoas podem ou não apresentar os sintomas listados abaixo, porém, é importante consultar um especialista em caso de dúvidas. Os principais sintomas são:

  • Surgimento de uma nova pinta ou mancha com forte pigmentação ou aparência incomum;
  • Mudanças da característica de uma pinta ou mancha pré existente;
  • Coceira, sangramento e não cicatrização de determinada área.

Para facilitar à prevenção e o auto-exame , lançou-se uma sequência ABCDE que facilita a detecção de possíveis sinais da doença:

  • Assimetria
    Ao dividir a extensão da pinta/mancha ao meio e verificar que as partes não são simétricas.
  • Bordas irregulares
    Ao analisar as bordas da pinta/mancha e perceber que são irregulares, apresentam sinais de serrilhamento.
  • Cor
    A presença de cores diferentes dentro dessa mesma pinta/mancha é um grande sinal de alerta.
  • Diâmetro
    Verificar se a dimensão da área esta se tornando maior progressivamente. Melanomas apresentam diâmetros acima de 6mm, geralmente.
  • Evolução/Elevação
    Mudança no tamanho, forma, cor ou características ao longo do tempo

Ao verificar a presença de algum desses sinais, deve-se procurar ajuda de um especialista, podendo ser um dermatologista, cirurgião plástico ou oncologista.

É extremamente importante a detecção da doença no estágio inicial, aumentando consideravelmente as chances de cura.

Quer saber mais sobre tumores de pele? Veja no nossa página de pequenas cirurgias.

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Fotoenvelhecimento: Como Prevenir https://marcelascarpa.com.br/como-prevenir-o-fotoenvelhecimento/ Mon, 11 Dec 2017 15:09:12 +0000 http://srv246.teste.website/~marcelascarpacom/?p=7277 O Fotoenvelhecimento são as alterações na pele causadas pela exposição solar abusiva, além do natural causado pela idade, resultando em rugas, manchas, asperezas e teleangectasias (vasinhos na superfície da pele). Isso ocorre como consequência a uma alteração do colágeno cutâneo que, em exposições abusivas repetidas, podem resultar em câncer de pele.

A luz solar é essencial para a formação de Vitamina D pelo corpo, e traz muitos benefícios, como melhora da imunidade, fortalecimento de ossos e músculos, proteção do coração, regulação do sistema imunológico entre outros. Porém, o excesso de sol, principalmente em horários de maior incidência de raios ultravioletas (das 10 às 16 horas) trazem danos permanentes à pele.

Conheça os tumores de pele malignos mais comuns relacionados à exposição solar:

Carcinoma Basocelular

Carcinoma Basocelular – Imagem da internet

Carcinoma Basocelular: mais frequente (70% de todos os tipos) e tem relação direta com exposição solar ao decorrer da vida. Aparece geralmente em áreas de exposição solar e pode apresentar diversas formas, sendo a mais comum nódulos róseos, lisos, brilhantes e com pequenos vasos em sua superfície. Cresce lentamente e pode sangrar com pequenos traumatismos. Seu tratamento é com retirada cirúrgica e tem altas taxas de cura e poucas sequelas quando tratadas no início. (Ver pequenas cirurgias).

Carcinoma Espinocelular ou de células escamosas

Carcinoma Espinocelular – Imagem da internet

Carcinoma Espinocelular ou de células escamosas: é o segundo tipo mais comum. Pode estar relacionado, além da exposição ao sol, à infecção pelo HPV, cigarro, entre outros. Geralmente começa como uma crosta, um nódulo ou úlcera na superfície da pele. Tende a ser mais agressivo que o basocelular, porém com tratamento bem-sucedido com cirurgia precoce.

Melanoma Maligno

O pior tipo de tumor de pele existente, com maior malignidade. Mais relacionados à exposição solar esporádica e sem proteção durante a vida, além de histórico familiar e fatores individuais. Podem aparecer em pele saudável ou originar-se de lesão pré-existente, devendo ficar atentos a qualquer mudança de aspecto de pintas e manchas.

Seu tratamento deve ser precoce e cirúrgico para maior chance de sucesso.
Entenda mais sobre o procedimento:

Com essas 4 dicas essenciais.

Você pode prevenir fotoenvelhecimento e aparecimento de tumores de pele:

  • Evite exposição solar entre 10 e 16 horas
  • Aplique regularmente protetor solar durante o dia, principalmente após entrar na água ou suor excessivo
  • Use chapéu ou bonés
  • Na praia, use guarda-sol para se proteger. Os raios solares são refletidos pela areia e pioram sua ação

Agora, caso já tenha sinais de envelhecimento ou tenha percebido o aparecimento de lesão, ou pinta ou mudança nas características em uma existente, solicite uma avaliação.

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